AGARRADA EM MIM


Uma Noite. Um Luar. Uma Música.
Os ingredientes de uma Louca Paixão. E uma linda História de Amor
AGARRADA EM MIM  - ONE SHOT / SONGFIC


NOVA YORK
Edward- POV

 - Edward Vamos! – gritou Emmett da porta do nosso ônibus – Vamos nos atrasar!
- Hummm gata! Preciso ir .. – eu gemia na boca da loira que passou a noite no meu quarto. Como era mesmo seu nome?
- Edward onde você está indo? Quando você volta? – perguntou manhosa.
Alerta Vermelho! Pegajosa de mais!!
- Telma. Olha! – pedi retirando seus braços do meu pescoço – Eu não sei gata. Estamos indo em turnê. Não sei quanto tempo vamos demorar. Porque você não me dá seu telefone, e eu te procuro quando eu voltar?
- Tânia Edward. Meu nome é Tânia – bufou – Me dê seu telefone para anotar meu número e me fala o seu – pediu irritada.
A qual é! Tânia, Telma.. tudo igual!
- Olha gata! – acariciei sua bochecha – Meu celular está com meu agente. Nem lembro o número. Afinal eu não me telefono – tentei fazer graça – Anota aqui nesse papel – pedi, retirando do meu bolso um cartão de outra garota que havia me comido com os olhos na noite passada.
- EDWARD PORRA! – chamou dessa vez Jasper irritado.
- Nossa! Seus amigos são stressados – bufou novamente – Tome está anotado – disse me entregando o cartão com o telefone marcado com batom. – Me liga assim que você chegar. Vou esperar com uma surpresa – piscou lambendo os lábios.
Gemi. Eu ainda me recordava o que aqueles lábios podiam fazer.
- Pode deixar – menti – Assim que terminar a turnê, eu te procuro. Sorri torto, me despedindo com um beijo.
Segui para o ônibus. Sorrindo, Telma era boa de cama. A noite havia sido produtiva.
Assim que entrei no veículo, entreguei o cartão para Alice.
- O que você quer que eu faça com esse Edward? Coloco em qual pilha?               “Provável Segunda Foda” ou “Pegajosa Demais” – disse com escárnio.
Alice era minha irmã e minha agente. Ela odiava meu estilo de vida com as mulheres. Cada noite em uma cama. Nunca repetindo, nunca me entregando.
Essa era nossa discussão constante. Ela não entendia que eu como músico, tinha a sorte de ter mulher com uma simples piscada. A tentação era grande.
E eu, não entendia porque ela queria, que eu encontra-se uma pessoa decente. Alguém que eu pudesse amar.
Amar? Porra! Eu queria transar! Sem amarras. Sem complicações.
Mas lá no fundo eu entendia Alice. Ela era casada com o guitarrista da nossa banda. Jasper Withlock. E Emmett, meu irmão mais velho, havia se casado recentemente, em nossa passagem por Las Vegas, com Rosalie Hale. Nossa Personal Stylist.
Até Jacob Black, meu antigo parceiro de farras, debandou-se para o grupo dos  “Sou feliz sendo monogâmico”, casando-se com Leah.
Fodam-se!
Confesso, que lá no fundo. Bem no fundinho. Naquela região do cérebro, onde guardamos as coisas que nunca queremos lembrar;  Eu sentia uma pontada, de ciúmes e inveja.
Mas era só um par de pernas como o de “Telma”, chamar minha atenção como na noite de ontem. Que novamente eu ficava em paz comigo mesmo.
- Alice! Não começa! Pode jogar fora essa merda! – bufei irritado, indo pra o fundo do ônibus onde ficava meu minúsculo quarto.
- Você se irrita com você mesmo Edward. Eu só gostaria de saber quanto tempo mais, vai viver essa vida. – disse triste me seguindo.
- Allie, eu escolhi essa vida. Sou feliz assim. – respondi me jogando na como e fechando os olhos. Estava com sono, afinal não havia dormido á noite toda.
- Ninguém é feliz sendo sozinho Edward. Um dia todo esse sucesso vai acabar. Você vai envelhecer. E o que vai restar? Uma foda de vez enquanto? Um quarto?. Uma noite? E ao amanhecer? Não quer ter uma família para onde voltar? Uma mulher sempre te esperando com um sorriso? Um abraço? Um jantar? Não quer poder chegar em casa e ver um miniatura sua correndo em sua direção, com os olhos admirados porque você é o seu herói? Morrendo de vontade de mostrar o machucado que ele conseguiu no joelho, quando ele caiu chutando a bola que você ensinou a jogar? Pense nisso irmão! Porque sinceramente eu me cansei dessa vida. E se você não quer tudo isso. Eu quero para mim. Cansei de ver você se destruir.
Alice estava jogando baixo comigo. Ela sempre fazia. Mas hoje, usar as recordações de quando eu era pequeno e como agia com meu pai, atingiu-me em cheio.
- Que Merda que você quer que eu faça Alice! – quase gritei me levantando – Você pensa que todo mundo vive em um conto de fadas como você? Sinto muito te informar querida irmã – falei com cinismo – Aqui é o mundo Real. Essas coisas não existem.
- Nossos pais, são a prova de que isso pode ser real. – sussurrou.
- Eles estão mortos Alice! O que sabemos sobre esse assunto, foi o que vimos com nossos olhos de criança! – respondi também triste. Falar de meus pais era muito difícil.
Eles eram a prova viva, de que o amor entre duas pessoas pode ser verdadeiro. Mas quis o destino, que eles partissem muito cedo, em um acidente fatal de carro. Ainda assim juntos.
- É ai que você está enganado de novo! Justamente por ter presenciado com meus olhos de criança, e que eu sei que isso existe. Porque criança não olha o mundo com maldade. Eu espero sinceramente que um dia você coloque juízo nessa sua cabeça. Ou melhor, que encontre alguém que possa te fazer abrir os olhos.  – disse se virando para sair.
- Eu tenho trinta anos Alice. Tenho muito que viver ainda – devolvi me jogando novamente na cama.
- Não Edward. Você tem trinta anos. É bem diferente, e viver para você, consiste em acordar em uma cama diferente a cada dia. Eu lamento por você! – andou – Ah! E antes que eu me esqueça. Essa é nossa última turnê. Assim que formos embora de Montana, cada um para seu lado.
- Como assim “nossa”? – perguntei surpreso – Os demais concordaram com isso?
- Sim Edward! Nós todos conversamos e resolvemos parar por um tempo – disse Emmett entrando no quarto, seguido por Rose e Jasper. – Rose quer engravidar, e Jasper quer terminar seu curso de engenharia.
- Eu não posso acreditar que vocês estão fazendo isso comigo! – eu tremia de raiva.
- Edward. Não começa a se fazer de vítima. Você sempre soube que seria assim. Somos bons no que fazemos. Mas estamos longe de sermos ótimos. E viver de música, nunca foi pra nós um objetivo. Era um hobbie. Um que se estendeu tempo de mais e nos trouxe alguma fortuna, eu admito, mas que não tem a mesma paixão do inicio. Com sorte Emmett conseguiu se formar, estudando entre uma turnê e outra. E eu quero voltar a estudar. Como Rosalie, minha mulher quer se estabelecer e começar uma família.  Eu não vou negar isso a ela. – completou Jasper sério.
- Se não existe mais paixão, não é por minha culpa – resmunguei.
- Edward – bufou – Cara! Quanto tempo você não compõe? – pediu Emmett
- Isso não tem nada a ver! – rosnei
- Tem tudo a ver caralho! Você perdeu sua paixão. Tem mais de um ano que não faz nada de novo!
- Emmett.. eu disse.. que não nada a ver! – eu começava a ficar mais irritado.
- Olha! Porque não dá um tempo. Sei lá, fazer alguma coisa diferente, tenta buscar inspiração em outras coisas. Outros lugares. – falava com pesar.
- Emmett. Sério! Eu agradeço sua tentativa. Tudo bem. Querem largar a banda, e viver numa casinha branca com cerca azul. Ótimo. Sejam felizes! Quando acabar essa turnê cada um por sua conta. Eu me viro. Posso muito bem cantar sozinho. Ou arranjar outra banda. Agora se me derem licença, preciso dormir! – pedi jogando o travesseiro na minha cara.
Todos ficaram em silêncio. E saíram do quarto. Menos Jacob, que até então estava quieto.
- Você não entendeu merda nenhuma do que foi dito aqui não é? – perguntou. A voz baixa.
- Não agrave a situação Jake.  Vocês já me deram o recado.-  a voz abafada pelo travesseiro.
- Um recado que você prefere fingir não escutar. Sabe Edward. Por anos eu fui seu parceiro nas noitadas. Nas farras. Porra! Pegamos mulheres juntos. Mas quer saber meu amigo. Eu nunca fui mais feliz que estou hoje com Leah. E eu espero de verdade que você se encontre..
- Me encontre? Mas que diabos agora você está falando? – olhei em seu rosto
- Sim. Se encontrar. Porque para achar alguém para amar. Você precisa se encontrar, E infelizmente você se perdeu de mais. – disse triste saindo do quarto, deixando-me com meus pensamentos.
Será que eles estavam certos?

MONTANA – Fazenda Swann
Isabella – POV

- Bella! Você vai ao show que está financiando para ajudar na reforma da Igreja? – perguntou Jéssica me passando uns documentos para assinar. Eu estava na estação de ordenha.
- Não sei ainda Jéssica, sabe que eu não gosto muito de festas – sorri assinando e verificando os documentos.
- Não acredito Bella! Você provavelmente é a única pessoa nesse mundo, que faz um patrocínio milionário para uma festa e não vai participar. Não quer o centro das atenções. Eu aproveitaria para ficar linda e maravilhosa – falava incrédula.
- Jess. Essa festa é para a comunidade. Para a reforma da Igreja depois do incêndio. O padre Mike, vai estar no meu lugar fazendo as honras – sorri, entregando do volta á documentação.
- Ah! Bella. Nem me fale desse padre – suspirou – É puro pecado um homem desse usar batina.
- OMG! Jéssica. Não me diga que está ciscando para o lado do padre? – gargalhei
- Lógico! Você já olhou bem para aquele homem? Alto. Loiro. Olhos azuis. Lindo de morrer. Não estou nem aí, seu eu virar mula sem cabeça! – piscou safada- Você bem que podia ir assim ele ficava mais livre né? – pediu com bico.
- Você quer que eu a ajude a flertar com o padre?
- Por Favor! Por Favor! – implorava com as mãos juntas.
Era só o que me faltava!
- Tudo bem! Eu vou ver se termino isso mais cedo. Se der tempo eu vou tudo bem? – falei me virando para terminar o que eu estava fazendo.
- Juro que não entendo porque você ainda continua andando no meio dessas vacas fedidas, quando pode só ficar sentada no escritório mandando em tudo – disse olhando os animais com nojo.
- Porque foi entre eles que eu fui criada Jess. A primeira coisa que eu fiz quando comecei a andar foi ir atrás do meu pai, e olhar ele ordenhar uma vaca. – sorri com a lembrança – E depois cair com a cara no balde de leite lógico! – gargalhei, levando Jéssica comigo.
Ela ainda ria, quando voltou para o escritório.
Esse era o momento mais especial do dia para mim. O horário da ordenha. Litros e litros de leite circulavam pelas máquinas modernas. Tudo tão diferente da época que a fazenda era administrada por Charlie e Renee quando vivos. Na ocasião havia vinte animais no antigo celeiro. Que hoje era o nosso “ Free Stall ” e abrigava mil e quinhentas cabeças.
Após terminar todos os trabalhos, voltei á sede da fazenda. Já se passavam de oito horas da noite. A casa estava em silêncio. Jéssica e os demais funcionários do escritório haviam saído ás cinco horas.
- Quer que eu prepare algo para você comer Bella? – disse Maggie, minha governanta carinhosamente. Ela estava comigo, desde quando meus pais ainda eram vivos.
- Não Maggie, eu estou bastante cansada. Vou tomar um banho e me deitar. – sorri, dando um beijo em sua bochecha – Pode ir também.
- Está brincando? Com a festança na cidade? Eu vou aproveitar e jogar um bingo. –riu - Você não vai?
- Humm.. Acho que não! –  disse torcendo os lábios.
- Bem.. Jéssica pediu para te avisar, que se ela não virar mula sem cabeça, virá te assombrar do mesmo jeito – riu -  Você viu que maluquice daquela mulher? Querendo levar o padre Mike para o mau caminho. Deixa as beatas saberem - gargalhou  - Vamos Bella! Vai ser divertido. Faz tanto tempo que você não sai, somente trabalha. Pelo menos deveria ver se seu patrocínio está sendo utilizado da forma correta – piscou.
- Tudo bem! Eu vou! Mas vou ficar só um pouco! – sorri derrotada.
- Ótimo!- bateu palmas alegre – Quem sabe com esse monte de gente que está chegando de outras cidades, você não conhece alguém? – piscou safada.
- Vai querer me arranjar outro namorado? – arqueei a sobrancelha.
- Eu? Imagina! – disse cínica
- Você fez a mesma cara quando tentou me empurrar para James na quermesse do ano passado! – tremi com a lembrança.
- Não me culpe! Ele é bem bonitão!
- Mas cheira fezes! – fiz cara de nojo
- Claro! O pobre coitado tem uma criação de porcos! O que queria? – disse segurando o riso.
- Um perfume melhor? - perguntei segurando o riso.
Mas foi impossível. Nós duas caímos na gargalhada.

Edward-POV
- PQP! Me diz que estão de sacanagem comigo? – resmungava pela milésima vez.
- Não vejo motivo para tanto surto Edward. É uma cidade pequena. Mas rica. Acredite se quiser, mas foi a única contratante que pagou o nosso cachê á vista. E em dinheiro. – explicou  Alice
- Sério? E quem é o patrocinador – perguntou Emmett
- Humm.. Fazendas Swann – respondeu olhando o contrato – O advogado me informou que é a segunda maior produtora de leite dos EUA.
- Caramba! Nunca uma empresa tão grande assim contratou nosso show! – Jasper falava admirado.
- Pra mim da na mesma! A cidade continua sendo um lixo fedendo a esterco! – reclamei. – Estou começando a achar que fizeram de propósito, só porque vão sair da banda!
- Você é um idiota! – Jacob xingou saindo do ônibus. Sendo seguido pelo outros, me deixando sozinho.
Eu estava com um mau humor do caralho!
Isso era o fim do mundo cercado de verde. O centro da cidade era constituído por uma padaria. Um mercadinho. Algumas lojas pequenas. Algumas casinhas de livro infantil. Uma praça onde estava montado o palco. E a Igreja que estava em reforma.  Mais nada. 
Caminhei seguindo meus irmãos, em direção a praça. E logo encontramos o padre. O prefeito e algumas senhoras. Que estavam vestidas com vestidos da época da minha avó.
Foda perfeito!
- Boa Noite! Sejam Bem Vindos a Great Falls. Sou Aro Volturi o prefeito dessa linda cidade.
Lindíssima!
-Muito prazer. Eu sou Emmett Cullen, e essa é minha esposa Rosalie. Minha irmã Alice e seu esposo Jasper Withlock. Aquele é Jacob Black e meu irmão Edward Cullen – apontou apresentando á todos.
Depois dos cumprimentos, fomos apresentados ao padre Mike Newton, que nos dirigiu até o palco.
Entrei correndo em um pequeno camarim improvisado, nos fundos da igreja, que estava repleto de comida e guloseimas, dos mais variados tipos. Um frigobar repleto de bebidas.
Muitas toalhas impecavelmente brancas estavam estrategicamente dobradas em ordem. E o pequeno lugar estava delicadamente decorado com flores campestres.
Eu tinha que admitir. Um extremo bom gosto. Nunca, mesmo em lugares grandes que já havíamos nos apresentado, o ambiente esteve melhor do que esse.
- Nossa! Nunca fomos tão bem recebidos – elogiou Rose, concordando com meus pensamentos.
- É verdade. A Fazenda Swann não poupou recursos. – concluiu Jasper.
- Não vamos conhecer o patrocinador? – de-repente me senti curioso
- Patrocinadora! É uma mulher! – respondeu Alice, pegando uma água na geladeira.
- Mulher? Essa eu não sabia – falou Emmett comendo um bolinho.
- Sim. Não comentei com você?
- Não Allie. Você falou comigo. Acho que me esqueci de falar para o Emmett – disse Rose se sentando em seu colo.
- Então qual é o nome da misteriosa que vamos  fazer o agradecimento? – pediu Jacob.
- Isabella Swann – respondeu Alice
- E você sabe mais alguma coisa sobre ela – pediu Rose.
- Bem.. eu sei que ela assumiu a fazenda após a morte de seus pais. Ela é filha única. Tem 22 anos e é solteira – piscou sorrindo.
- Andou investigando a moça minha querida esposa? – brincou Jasper
- Claro! Assim como faço com todos nossos contratantes – sorriu de volta.
- Milionária e solteira! Aí Edward – provocou Emmett – Vai ver que sua cara metade, estava escondida nesse fim de mundo.
- Dever ser uma baranga isso sim! Já deu uma olhada nessa mulherada lá fora? Todas mal vestidas. De calça e com botas. Algumas estão usando chapéu de cowboy. Fala sério!
- São pessoas simples Edward! – falou Emmett me repreendendo.
- Simples em termo! Viu a quantidade de carrões lá fora? Essas pessoas aqui no mínimo são donas de meia fortuna do país! Todos são fazendeiros em algum nível – explicou Jacob.
- A cidade cheira a bosta! – resmunguei.
- Acorda Edward! Nova York cheira a merda! É lixo em toda parte. Poluição. Assalto. Crime. Isso sim é vida! – exclamou Alice.
- Porque não me espanto? Vai construir aqui sua casinha branca de cerca azul? – zombei.
- Pode ser! Mas você vai antes de mim! – retrucou.
- O quê! Vai me jogar uma praga agora? – perguntei incrédulo.
- Não sei quem sabe? Pode ser que no meio dessa multidão esteja o amor de sua vida – sorriu cínica.
- Em seus sonhos! - rosnei
- Que seja! – deu de ombros, finalizando o assunto.
Trinta minutos depois começamos o show!.
Tenho que confessar que fui rude ao julgar as pessoas dessa cidade. Todos eram alegres e simpáticos. E por incrível que possa parecer cantavam todas as nossas músicas. A plateia era mais receptiva do que muitas outras que tivemos.
Eu estava na quinta canção, quando a vi.
Caminhava pela multidão em um suave e gracioso caminhar. Ela era pequena, não mais que 1,60 de altura, magra, porém com o corpo bem curvilíneo. Cabelos longos até a cintura. Avermelhado, com leves cachos nas pontas. Era tão branquinha, que a luz da lua, resplandecia em sua pele. Ela usava um jeans muito apertado em seu corpo, e uma simples blusa xadrez azul de mangas compridas. E foda-se se ela não era a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida!
Ela caminhava pelas pessoas. Parando á todo momento. Para cumprimentar e ser cumprimentada. E sorria. Sempre!
O Sorriso. Deus! Tinha quer ser a coisa mais linda do mundo. Mesmo com o som muito alto. Eu podia escutar. Eu queria gritar para meus irmãos pararem de tocar e cantar. Porque porra! Eu só queria escutar aquela música. O som de sua gargalhada.
Saí do meu estado de admiração, quando senti Jasper batendo levemente em meu ombro com a guitarra. Era minha vez de cantar. E eu simplesmente havia esquecido.
Voltei minha atenção para a plateia. Mas sempre voltando meus olhos para meu novo objeto de desejo. Minha Branquinha.
Durante a pausa o padre Mike entrou no camarim, informando que Isabella havia chegado. E poderíamos fazer os agradecimentos.
Concordamos e voltamos para o palco. E para meu desânimo minha branquinha, não estava mais onde a havia visto pela última vez.
- Boa Noite Galera! – gritou Alice pelo microfone, chamando minha atenção. – Estão gostando do Show?
O público gritava, e aplaudia confirmando.
- Vocês tem uma cidade muito linda aqui! É uma honra para “ The Songs” tocar nessa cidade – aplausos – Queremos agradecer a pessoa responsável por esse lindo evento. Vamos receber com uma salva de palmas Isabella Swann! – chamou alto diante da gritaria que se iniciou.
Essa Isabella de fato era reconhecida e querida pela cidade.
Passaram-se alguns segundos após o anúncio de Alice. Mas quem subia ao palco era o prefeito.
- Oh! Eu sinto muito. Mas todos na cidade sabem como Isabella é tímida – Aro sorria – Todos já sabemos de seu trabalho para com a comunidade e para o progresso da cidade. Vamos continuar a festa!
Essa Isabella era louca! Mas perecia que a cidade não se importava. Pois todos continuaram festejando como se nada tivesse acontecido.
Mais trinta minutos de Show, e encerramos á apresentação.
- Nossa estou morta! Esse povo sabe se divertir! – ria Alice se jogando no sofá do camarim.
- Verdade! Fazia um tempo que não me divertia tanto! – completou Jasper.
- Nós já vamos embora? – perguntei nervoso. Pela primeira vez eu queria ficar. Eu ainda tinha que encontrar minha branquinha.
- Está tarde Edward!. Vamos sai amanhã cedo! – resmungou Emmett
- Tudo bem! Eu só perguntei – me defendi
- Tudo bem? – estranhou – O que aconteceu que não bravejou irritadinho para ir embora desse lugar?
- Humm Nada! Eu só acho que fui rude a principio. O show foi muito bom. E ainda não conseguimos agradecer a tal Isabella. – disfarcei.
- É verdade! Nossa ! Ela deve ser tímida mesmo – riu Rose
- Ou uma baranga como eu disse – completei – Ok! Ok! Desculpa! – falei quando recebi olhares mortais – Só para provar que estou arrependido, vou sair atrás dessa Isabella para agradecer. Tudo bem?
Mentira! Eu queria uma desculpa para ir atrás da minha branquinha.
Eles concordaram e sai em direção á praça central. Onde a festa continuava. Regada a churrasco, comida, doces e bingo!
Não podia negar. Era muito diferente de tudo o que tínhamos feito. Em outros lugares em mal conseguiria andar depois de um show. As pessoas viriam em cima, aglomerando, chamando á atenção. Se o show tivesse ocorrido em NY provavelmente a esta altura eu já estaria com alguma mulher. A convidando para minha cama. Ou sendo convidado. E pela primeira vez. Por algum motivo estranho. Senti repulsa!
Caminhei mais um pouco e para minha satisfação a encontrei.
Ela estava sentada, em uma cadeira de plástico. Conversando com uma garota loira. E as duas sorriam.
- Boa Noite! – me aproximei
- Boa Noite! – respondeu a loira me checando! – revirei os olhos, e aguardei minha obsessão responder.
- Boa Noite! – respondeu baixinho.
- Posso me sentar?
- Claro! – a loira respondeu empolgada – Eu já estava mesmo de saída – disse se levantando – Faça companhia para minha amiga – piscou e sorriu
- Jéssica! – chamou minha branquinha. Mas a loira já havia partido.
- Parece que estamos sozinhos – provoquei, notando que ela corava.  A deixando ainda mais linda.
- Humm com licença! – ela tentou se levantar
- Hey! Calma! Só vamos conversar. Quero conhecer você! – pedi pegando sua mão.
E o contato me estremeceu. Uma potente descarga elétrica correu pelo meu corpo. E ela sentiu o mesmo. Pois me olhou com espanto. E pela primeira vez, pude ver seu rosto de verdade.
Chocolate derretido. Foi o primeiro pensamento quando olhei em seus olhos. A boca carnuda e rosada. As bochechas antes branquinhas adquiriram um lindo tom de rosa. Ela era linda. Muito mais linda do que eu havia imaginado. Um sonho. A mulher mais linda que eu havia conhecido.
- Você é linda! – falei sem pensar
- Ob..Obrigado! – respondeu tímida, soltando minha mão.
- Quer dançar? – convidei, escutando ao fundo uma linda canção.
Ela estava a ponto de sair correndo. Eu não podia deixar.
- Por Favor! – implorei quanto ela relutou – Só uma dança!
Ela olhou em meus olhos por alguns instantes. Como se procurasse por alguma coisa.
Não sei o que ela procurava. Ou o que achou. Porque com um lindo sorriso estendeu-me a mão. Aceitando minha oferta.
A eletricidade em nosso toque voltava.
Caminhamos de mãos dadas, para perto da praça. Onde a música tocava. E vários casais dançavam. Até o padre com a tal da Jéssica.
Apertei seu corpo contra o meu. Uma mão sem sua cintura. A outra segurando sua mão. Sorri internamente. A posição era a mesma em que via meus pais dançando. Nada daquela agarração das grandes cidades.
Para meu espanto e admiração. As pessoas a nossa volta, não pararam de dançar para ficar nos olhando. Não ouve cochichos ou sussurros. Essas situações provenientes de pequenas cidades.
Great Falls, estava me surpreendendo.
Encostei meu nariz em seu cabelo. Quando a pressionai mais contra meu peito. Onde ela encostou sua cabeça. Ela cheirava a morangos silvestres.
Uma onde de prazer me atingiu. E me vi pela primeira vez, envergonhado pela minha eminente ereção.
Por sorte. E pela distância que ainda havia em nossos corpos, ela não percebeu.
A música estava acabando. E a certeza de que ela correria assim que terminasse me apavorou. Eu precisava conhecê-la mais. E como se lesse meus pensamentos, ela afastou-se assim que a próxima música começou a tocar.
- Por favor! Não vá! Deixe-me te conhecer – pedi
- Por quê? – perguntou tímida.
- Como assim? – perguntei confuso
- Por que quer me conhecer? – olhou nos meus olhos.
- Porque você é linda. Porque chamou minha atenção desde que te vi chegando nessa festa. Porque por uma razão inexplicável, meu corpo treme toda vez que você me toca. Porque mesmo sendo músico, o único som que eu queria escutar essa noite era o da sua doce voz. Será que justifica para você? – perguntei frustrado. Eu nunca havia me sentido assim.
De novo ela olhou por alguns segundos em meus olhos. E sorriu!
Seja lá que diabos ela tanto procurava. Mas estava contente de que estava encontrando.
- Venha comigo! – chamou me estendendo a mão.
Caminhamos novamente de mãos dadas, por uma trilha.
Abaixei os olhos, admirando nosso contato. E sorri grande. Eu estava adorando isso.
O caminho dava para um lago. Bem próximo onde nosso ônibus estava estacionado.
Ela parou um momento em uma caminhonete enorme, que descobri como sua, pois pegou um grande cobertor na parte traseira. E continuamos a andar.
O Lugar era lindo. Um lindo lago, que brilhava pela luz do luar. Eu admirava boquiaberto, soltando sua mão.
- Isso é lindo! – falei admirado.
- Eu sei. Não há nada mais lindo no mundo. – respondeu orgulhosa. Estendendo a coberta no gramado.
- Sim. Há sim uma coisa mais linda – respondi a encarando. Exaltado por sua beleza. A Luz da lua, próximo ao lago, estava mais intensa. Iluminando ainda mais sua pele. Minha branquinha reluzia em meio á escuridão.
- Há? – sussurrou
- Sim você! Você é muito mais linda!
Ela corou, abaixando os olhos e mordendo os lábios.
Foda-se se não era o momento mais inebriante de toda minha vida!
Corri seu corpo, faminto. Voltando para seus olhos. Somente para perceber que ela me olhava da mesma maneira.
- Eu não sei o que está acontecendo comigo. Mas estou sentindo uma necessidade louca de tocar em você – falei com sinceridade. Minhas mãos tremiam por tocá-la.
- Me toque! – sussurrou.
E eu acatei seu pedido. Caminhei lentamente á sua frente, puxando-a em meus braços. Acariciando sua bochecha – Ahh! Minha branquinha! – rosnei antes de atacar sua boca com fúria.
Eu bebia dos seus lábios freneticamente. Seu sabor era inigualável. Exótico. Único. Minhas mãos tremiam e suavam. Meu coração palpitava tão fortemente em meu peito. Que eu estava com medo de ter algum mal súbito. Minhas pernas começaram a fraquejar, e com medo de cair, fui abaixando nossos corpos ao chão. Sem nunca quebrar o beijo. Até que estava pairando sobre seu corpo. Continuei beijando sua bochecha. Seus olhos. Seu pescoço. O lóbulo da sua orelha.
- Você me deixa louco banquinha – gemi em seu pescoço, mordiscando.
- Eu.. nunca me senti assim – gemeu fraquinho. Mordendo meu queixo.
Passei a acariciar a lateral do seu corpo. Apertando, sentindo leves choques por onde minha mão passava. E ela voltou a atacar minha boca. Gemendo alto.
Era tudo tão frenético. Tão extasiante e sensual. Que quando dei por mim, estávamos ambos sem roupa, comigo tocando seus seis duros, tenros, brancos, com os bicos rosados. Suguei-os como um homem faminto.
- Oh! Deus!! – ela gemia e se contorcia abaixo de mim..
- Ahh branquinha.. Eu nunca me senti assim na minha vida! Você tem uma espécie de magia. Estou louco por você! – sussurrei voltando a sugar seus seios.
- Por favor! – ela pediu. E eu sabia o que ela queria. Seu corpo queimava como o meu. Implorando por uma satisfação desesperadora.
Eu podia sentir o bater descompassado do seu coração, em meu próprio peito. Era como ambos fossem um.
Afastei suas pernas com a minha. E erguendo um pouco meu quadril, encontrei sua entrada quente, que queimava minha pele, e enviava um delicioso aroma.
Fui penetrando minha rigidez aos poucos. E logo percebi sua barreira.
Minha branquinha era virgem.
- Você tem certeza?  - eu precisava perguntar. Pois sabia que depois dessa noite, as coisas tanto para mim quanto para ela iriam mudar.
Na verdade se eu fosse um cara um pouco mais racional, deveria parar. Essa linda mulher em meus braços, estrava se entregando a mim, na beira de um lago. Tendo a luz da lua como testemunha. Mas simplesmente não conseguia parar. Meu desejo por ela havia chegado a níveis extremos. E mesmo que conseguisse, um fator ainda maior me impedia de parar. Eu não queria.
Saber que eu era seu primeiro homem. Acendeu dentro de mim uma paixão desenfreada. Tornou-se uma necessidade animal, marcá-la como minha.
- Ohhh  Por favor! Não pare! – ela gemeu alto, quando forcei mais a passagem.
- Nunca branquinha – sussurrei em sua boca, lambendo seus lábios.
E a penetrei. Com golpes lentos e suaves, eu investia contra seu corpo. Que apertava o meu de forma dolorosa e alucinante.
- Fuck! Como você é apertada! – eu rosnava como um animal, aumentando minhas investidas.
Ela rebolava abaixo de mim. Cada vez mais forte. Cada vez mais rápido!
- OH! Sim.. por favor mais! Mais rápido.- ela gritou. Enviando-me á borda.
E o êxtase maior nos dominou. E entre gritos e beijos frenéticos, chegamos juntos ao orgasmo.
Meu corpo todo tremia. Pela intensidade do prazer.
Beijei sua boca com carinho. Acariciando toda sua face suada. Puxando seus cabelos para o lado.
Saí de dentro do seu corpo, e deitei-me ao seu lado, puxando-a para mim. Ela sorria de olhos fechados.
- Você é incrível – falei com admiração. Sempre tocando sua pele.
- Você é mais! – ela respondeu se aconchegando mais em mim.
Ficamos em silêncio aproveitando a magia do momento. Olhei para o céu e fiquei admirado com a quantidade de estrelas, que haviam testemunhado nosso ato de amor.
Amor? – sorri para mim mesmo. Sim Amor!
Pela primeira vez em minha vida eu fiz amor. E uma constatação, de-repente, amedrontou-me até os ossos.
Eu Edward Cullen. Havia me Apaixonado!.

Isabella – POV
01 Ano Depois.
- Maggie! Você pode olhar o Anthony para mim? – chamei pela babá eletrônica..
- Claro querida! – respondeu - Onde ele está? – perguntou entrando no quarto segundos depois.
- No berço. Acabou de mamar. – respondi mostrando a mamadeira.
- Onde você vai? – perguntou admirando meu filho dentro do berço.
- Vou até a área de fecundação. Hoje vamos fazer a inseminação do sémem de um grande reprodutor. – respondi com falsa empolgação. Tentando esconder o tom embargado de minha voz.
- Oh! Bella querida! – lamentou me abraçando – Hoje faz um ano não é?
- Sim – respondi, deixando minhas lágrimas caírem.
Deixando assim minhas lembranças remeterem-me a um passado doloroso.
Há exatamente um ano atrás, após a noite mais linda de minha vida. Acordei sozinha, próxima ao lago.
Apenas um pedaço de papel deixado no lugar da pessoa, no qual eu havia entregado meu corpo e meu coração, fizeram-me, acreditar que eu não havia tido um sonho. Que o que eu havia vivido, amado e experimentado, tinha sido real.


“Branquinha,
Desculpe-me não te acordar. Mas você dormia tão tranquila, e o nascer do sol iluminava tanto sua pele, deixando-a ainda mais linda, que não quis interromper o momento.
A noite de ontem foi incrível. Atrevo-me a dizer que foi a noite mais especial de toda minha vida. Você é uma mulher linda. Maravilhosa. E apesar de não nos conhecermos direito ainda, sei que é especial.
Sinto muito por ir embora assim. Mas estamos em turnê, e tivemos que sair cedo. Temos ainda algumas cidades para ir. Acredito que em menos de dois meses estarei de volta.
Por favor, me espere!
Com amor,
Edward Cullen. “

Dois meses depois eu descobri que estava grávida.  E Edward nunca voltou.
Tudo o que sei sobre ele, descobri por meio de revistas e sites na Internet.
Nos primeiros meses, ainda tinha esperanças de que ele voltasse.
Mas parei de nutrir esses sentimentos de esperança, assim que vi uma foto sua. Abraçado a uma loira estonteante, após um Show em NY.
Mesmo assim, ainda sonhava muito. Com a ilusão de que ele bateria em minha porta, dizendo me amava, assim como eu o amava.
Mas logo espantava esses pensamentos Uma vez que nem meu nome, ele teve a chance de saber. Ou se preocupou em saber quando foi embora daquela maneira.
 Sim. Eu amava Edward. Apesar de ter sido apenas por uma única noite.
E por mais leviano que possa parecer, o momento havia sido mágico. Verdadeiro.
E apesar do bilhete frio, na manhã seguinte Duas certezas permaneceram comigo. Uma delas para sempre;
Eu o amava. Podia ser que algum dia esse amor, acabasse. Pois não era retribuído. Mas em contra partida, ele havia me deixado Anthony. Meu filho lindo. A lembrança viva, de que por algumas horas, eu o tive ao meu lado. E que não havia sido um sonho.
Anthony é a cópia fiel de Edward. Cabelos cobres, e enormes olhos verdes. Puxando a mim, apenas na cor de sua pele.
Meu branquinho!
- Shhh.. shhh.. Fique calma querida! Vai ficar tudo bem – Maggie tentava me acalmar.
Eu concordei. Eu sabia que ficaria. Eu tinha Anthony.
Eu sorri e a abracei. Maggie me conhecia como ninguém, sabia que nessas horas, o silêncio era o melhor remédio.
Ela era meu porto seguro. E durante minha gravidez conturbada, pela dor da solidão, foi meu alicerce.
- Cuidado com ele Maggie, agora que começou a andar, não para um minuto. –sorri lembrando-me de como ele já andava com desenvoltura.
- Pode deixa minha menina. Estou velha mais ainda posso correr atrás de um garotinho. – piscou olhando para berço – Ele está tão lindo!
- Está sim. Como o pai! – lembrei com pesar.
- Você vai contar a Anthony sobre ele algum dia?
- Claro que sim. Quando ele for mais velho. Ele pode querer conhecê-lo – respondi com sinceridade.
Eu contaria toda a verdade ao meu filho. Caberia a ele, decidir o que fazer. Eu o apoiaria em qualquer decisão. O que não podia nesse momento, era afligir Edward a uma situação como essa. De ter um filho com uma mulher que nem sabia o nome.
- Outro dia ele chamou Benjamim de “papa” – ela ria
- Sério? Por que? – sorri junto
- Bem.. eu que chamo ele de “papai” – piscou – Sabe como é ?
- Sim, Dona Maggie, eu imagino. Não vá ficar fazendo safadezas na frente do meu filhinho. Tenha modos velhota! – ralhei brincando. E ambas caímos na gargalhada.
Caminhei até o berço de Anthony, e beijando sua bochecha gorda e rosada.
- Estou com meu rádio. Qualquer coisa me chame que venho rápido – falei com Maggie e me despedi. Saindo para o trabalho.

Edward-POV

- Você é um idiota de merda! – xingou-me Jacob, chutando a garrafa de vodka da minha mão.
- Vai se fuder! – rosnei – tentando me levantar do chão do meu quarto.
- Isso aqui está um lixo! – falou olhando em volta – Quanto tempo essa merda não é limpa!
- Cai fora! Vai embora – eu rastejava de volta para cama. Já que andar era impossível.
Meu estado era lastimável.
- Droga! Edward. Você é meu melhor amigo cara!. Conversa comigo! Seus irmãos já tentaram conversar com você. Todo mundo. Você não se abre com ninguém. Eu não aguento te ver assim. Ninguém consegue. Está acabando com sua vida.
- Minha vida já está acabada. – respondi de voz embargada.
- Me diz cara! Se abra comigo. Faz um tempo que isso está acontecendo. Você abandonou a banda, antes de todo mundo. Logo que fez aquela música de sucesso. Depois houve aquele surto em NY, você piorou. Conta o que houve? – pediu se sentando em uma cadeira.
- Eu não dei surto nenhum – resmunguei
- Porra! Edward. Você quase bateu em uma mulher!
- Aquela vadia do caralho, estava se esfregando em mim. – rosnei
- Uma vadia que você já tinha traçado – riu – E desde quando isso é problema pra você? – perguntou cruzando os braços.
- Desde depois dela – sussurrei
- Dela quem?
- Da minha branquinha!
- Branquinha? – bufou – Edward para de beber, já não está falando coisa, com coisa.
- Minha Branquinha Porra! Eu não estou bêbado. Foi pesando nela que fiz aquela música. Ela é minha inspiração! – eu queria gritar.
- Ok! Você não esta bêbado. Então me conta essa história direito.
E eu contei. Contei tudo o que havia acontecido em Montana á um ano atrás. O bilhete. A promessa. Meu medo. Minha covardia.
- Você está me dizendo que nunca mais procurou essa mulher? Que nem se seu o trabalho de perguntar o nome dela? Que foi embora sem ela acordar, após ter tirado sua virgindade? – ele fervia
- Droga! Sim – respondi quase arrancando meus cabelos
- VOCÊ É UM FILHO.DA.PUTA! – ele gritou, se levantando. – É MAIS FUDIDO DO QUE EU IMAGINAVA!!!
Ele estava certo. – Eu estava com medo! – confessei
- Medo? Medo do que porra! De ser feliz? – disse ainda exaltado.
- SIM! OK! ESSA É A MERDA DA VERDADE. – agora eu que gritava, andando de um lado para o outro – ELA ME ASSUSTOU. O QUE ACONTECEU ME ASSUSTOU. PORRA! EU ME APAIXONEI POR ELA EM UMA NOITE. PQP!
- Você é um imbecil! Uma coisa maravilhosa dessa acontece na sua vida, e você foge como um covarde – zombou!
- Pode me chamar de covarde mesmo. Sou isso mesmo. – meus olhos ardiam de vontade de chorar.
- Você se apaixonou? – ele escondia um sorriso.
- Mais que isso – suspirei derrotado. Não adiantava mais esconder – Eu a amo.
Ele gargalhou!
- Eu nunca me imaginei vivo. Para escutar isso. – riu novamente – Vamos homem, vamos atrás da sua mulher.
- Você acha que eu devo? Passou tanto tempo. – perguntei temeroso - Eu já fui  até Montana quatro vezes. E nunca tive coragem se seguir até Great Falls.
- Covarde de merda! – rosnou – Se eu fosse ela eu te daria um chute nas bolas depois de aparecer com um ano de atraso, ainda por cima saindo com outras mulheres.
- Eu  nunca estive com mais ninguém – sussurrei
- O quê? Você nunca esteve com outra mulher em um ano?
- Não. Eu sentia nojo e repulsa. – respondi verdadeiro
- PQP! Você está mesmo amando cara! Isso é fantástico. – ele sorriu – Vai tomar um banho, que eu preciso fazer umas ligações – pediu me empurrando para o banheiro.
Quarenta minutos depois, Alice, Emmett, Jasper e Rose, invadiam meu apartamento com laptops em mãos e sorrisos nos lábios.
- Meu irmãozinho está apaixonado! – Alice pulava e batia palmas feliz.
- Até que enfim cara! Vai entrar para o clube – riu Emmett me abraçando.
- Parabéns Edward – disse Rose me abraçando também.
- Qual o nome da felizarda – pediu Jasper, me deixando mudo.
- Estou brincando seu idiota! – riu – Jacob já contou toda a história. Por isso estamos munidos de telecomunicação. Vamos descobrir o nome e o endereço da sua branquinha.
Uma hora depois ainda estávamos na mesma. Até que Alice fez um comentário em particular.
- Sabe a Isabella Swann de Great Falls, a nossa patrocinadora misteriosa? – falou sem interesse olhando o computador.
- Sim, o que tem ela? – perguntou Rose.
- Teve um bebê. O advogado me contou que foi um escândalo na cidade. Ela é muito conhecida por lá. E a noticia de sua gravidez foi um golpe. Ela não tinha nem namorado.
Um ano. Gravidez. Sem namorado.
-Alice você tem uma foto desta Isabella? – perguntei como um estalo.
- Não. Mas com certeza tem na internet. Ela é uma fazendeira – sorriu me encarando em compreensão. Acessando a Internet.
Bingo!
- É ela! – apontei a tela com um sorriso bobo nos lábios - Minha branquinha.
- E parece que você não deixou apenas seu coração para trás Mano. – disse Emmett sorrindo, apontando para outra foto, onde Isabella estava na entrada de sua fazenda com um lindo bebê no seu colo.
“Fazenda Swann, possui um novo herdeiro.” – Era o titulo da reportagem.
Meu filho. Impossível negar.
- Caralho! Ele é sua cara! – exclamou Jasper.
- OMG! Meu sobrinho – gritava Alice feliz.
- PQP! SOU TIO!! – gritou Emmett me girando.
- AH! Como é lindo! - Rose sorria feliz
- O que vai fazer agora cara? – perguntou Jacob receoso.
- Correr atrás do tempo perdido. Eu atrás da minha mulher e meu filho!
Oito horas depois eu chegava a Great Falls.
E nesse exato momento, eu estava em frente á Fazenda Swann.
Vamos Edward! Sua mulher e seu filho estão ai dentro!
Respirei fundo e caminhei em direção ao meu destino.

Isabella – POV

- Maggie, você pode atender a campainha para mim? – gritei do quarto – Eu e Anthony tínhamos acabado de tomar banho, e eu colocava sua fralda. Uma tarefa difícil, pois ele engatinhava pela cama.
- Anthony bebê, fica quietinho – sorri puxando sua perninha..
- Adadadadaddad – ele respondeu me fazendo gargalhar, e fazer cocegas em sua barriguinha com a boca. Ele adorava.
- Bella – chamou Maggie parada na porta. Ela estava branca.
- O que foi? – perguntei assustada, segurando meu filho no colo, por impulso. Ainda sem fralda.
- Você tem visita – ela ainda me encarava de olhos arregalados. Depois olhou para Anthony – Deus! Eles são iguaizinhos!
Meu mundo parou
- Ed... Edward está aqui? – eu tremia
- Sim. Esta lá embaixo te aguardando
- Não posso atendê-lo! – respondi depressa – Não agora! Não assim de surpresa – eu estava em pânico. – Por favor! Maggie, mande-o embora!
- Bella. Quanto antes resolver isso melhor!
- NÃO! – gritei – Por favor! Agora não.! – implorei, as lágrimas começaram a cair, e o bebê começou a chorar pelo grito.
- Ok! Tudo bem. Vou falar com ele – ela disse com pesar saindo do quarto.
- Sentei-me na cama com meu filho. Pois as pernas me faltavam. E o abracei apertado.
Foi quando uma linda canção começou a tocar, na janela do nosso quarto.


Enquanto a cidade dorme
Eu aqui me lembro
Quanto tempo!
Quanto tempo!
A gente já não fica juntos
Mais nenhum momento
Quanto tempo!
Quanto tempo!
Eu sei que foi só uma transa
Mas sua lembrança
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Vem!
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh, ohhhhhhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar...
Eu sei que foi só uma transa
Mas sua lembrança
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Vem!
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh ohhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar...(2x)

Minhas lágrimas jorravam pelo meu rosto. Sem controle. Caminhei até a janela com Anthony em meus braços, e abri. Saindo pela varanda.
Edward estava sentado em um banco no jardim. O violão na mão. E as lágrimas banhando seu rosto.
- Eu te amo Bella. Por favor! Me perdoe. Não consigo viver sem você! – ele chorava.
Olhei para o homem, que por tantas noites sonhei com saudade. O pai do meu filho. O homem que se declarava para mim, com tanta emoção.
- Eu sei que eu errei. Mas acredite em mim. Eu nunca te esqueci. Eu fui um covarde. Tive medo desse sentimento que me consome. Eu nunca amei ninguém. Só você. E agora nosso filho! – sorriu entre lágrimas.
E foi nesse momento que entendi.
Não tinha como negar. Eu ainda amava demais Edward. Ele errou. Eu errei. Mas Antony era nosso maior acerto. E com a certeza que invadia meu coração, eu saí correndo pela escada lateral, de encontro a minha felicidade.
Edward percebeu o que eu fazia. E largando o violão, correu em minha direção. Nossos corpos se encontraram. E ficamos em frente um para outro. Nossos olhos se encarando.
- Eu te amo Bella. Me desculpe! – pediu entre lágrimas, sua mão acariciando minha bochecha. A eletricidade ainda estava lá.
- Eu também amo você Edward – respondi também entre lágrimas.
Ele sorriu feliz, puxando meu rosto próximo ao seu, selando nossos lábios, cheios de saudades.
- Adadadadadadada – reclamou Anthony , sendo esmagado no meio de nós dois.
Nós rimos, nos separando.
- Meu filho – sussurrou Edward, o admirando com amor.
- Papa – respondeu Anthony batendo palminhas.
Edward se desesperou chorando como criança.
- Eu sou um idiota! – ele soluçava.
- Edward. Pare! Vamos esquecer isso ok? – pedi tocando seu rosto com carinho. Nossa história começa agora.
Ele acenou sorrindo em compreensão.
- Posso pegá-lo? – pediu receoso
- Claro Papai! – respondi e seu sorriso se tornou maior.
Coloquei Anthony, em seu colo e Edward o beijou.
- Eu te amo meu filho. Muito.
Anthony sorriu batendo as mãozinhas em seu rosto. De-repente Edward ergueu o bebê no alto, afastando-o do seu corpo.
Nosso filho fazia xixi, como uma mangueira. Molhando toda a roupa de Edward.
- Bem vindo ao meu mundo – gargalhei
- Boa maneira de recomeçar  - ele riu
- Vem vamos entrar -  peguei sua mão ainda rindo.
Ele me abraçou pelos ombros beijando o topo da minha cabeça. Com nosso filho em sou outro braço.
- Hey! Você viu o tamanho do pinto dele? Puxou o pai até nisso! – falou todo orgulhoso.
Eu sorri revirando os olhos. Mais feliz do que nunca!
Novamente a Lua era nossa testemunha.

The End !!

7 comentários:

  1. AMEIIIIII...Parabens!!! Nunca tinha comentado em suas fics do nyah, pq nao tinha conta, mais sempre te acompanhei!!! Parabens msm, vc escreve muito bem.
    beijinhos, continui assim, esta pessoa maravilhosa que é, e o nyah que se FODA, eles que perderam uma excelente autora... Carol *-*

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  2. Amei, amei,amei,amiga! Adoro essa sua fic! Uma nova etapa se inicia agora e com certeza, cheia de sucesso! Esperanças renovadas! Bjs, love you de montão, bitch!!!

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  3. Ahhhhhhhhhh Meu Deus! Não tem continuação? :( Essa One é linda!! Deixou um gostinho de quero mais, mesmo com um final perfeito! Fics assim sempre deixam a imaginação do leitor vagar e imaginar continuações, mas nada tão brilhante quanto as coisas q vc escreve! kkk' Acompanhava suas fics no Nyah! E acredite, sou sua fã número um! On perfeita! Bjos! :D

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  4. ai muito linda adorei Lyyssa tudo perfeito como sempre

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  5. Oi lyssa. ameiiiiiii, parabéns...um bônus ficaria demais *...* bjs

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  6. já tinha lido essa one shot, acho que foi lá no nyah,mas li de novo aqui, ela é muito linda parabens Lyyssa,bjs!

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Obrigado por estar aqui!
Beijos c/ carinho Lyyssa♥♥♥