Capítulo 046/02 – ENTREGA DE AMOR.
Isabella– POV
Minhas
mãos tremiam. Minhas respirações profundas tentavam acalmar o disparar em meu
peito.
“Isabella Deus me ajude! Saia de minha vida novamente e eu tiro nossa
filha de você!”
As palavras de Edward ecoavam em minha mente,
trazendo consigo uma nova onda de náuseas e de nervosismo. A ameaça contundente
em sua voz ainda ladeando em minha memória, fazendo com que sentimentos mistos;
como indignidade, repulsa, raiva e tristeza me deixassem apavorada e temerosa. Eu não podia acreditar em suas palavras.
- Deus!... – gemi, deixando a taça de vinho cair
de minhas mãos, enquanto meus braços circulavam meu corpo, na tentativa
frustrante de controlar os soluços em meu peito – Maggie....
- Shhh.... shhh... Bella baby... estou aqui...
estou aqui.. – era a voz suave de Edward em meu pescoço, enquanto amparava meu
corpo que ia de encontro ao chão, pegando-me de surpresa.
- Edward.. não.. por favor ..não.. Maggie é tudo que tenho – implorei entre
soluços em seu peito.
- Eu sei meu amor... eu sinto muito por ter dito
aquilo – murmurou segurando meu rosto em suas mãos – eu nunca iria fazer isso
Bella. ... mas ela também é minha vida agora, como você sempre foi. Eu não vou
ficar longe de vocês ... nunca mais... não me peça isso – avisou, enxugando as
grossas lagrimas que escorriam por meu
rosto – eu quero minha família.
- São tantas coisas que nos separam... – tentei argumentar,
sendo silenciada por seus dedos em meus lábios.
- Não! – rosnou, os olhos em chamas – nada mais vai
nos separar. Acabaram-se as mentiras, as manipulações, os obstáculos...tudo.
Isabella! Olhe para mim! – ordenou quando meus olhos saíram de sua face - Serei
maldito se novamente deixarei que algo nos distancie. Você é minha!
- Você sabe que não é simples assim... eu.. –
gaguejei, tentando encontrar as palavras certas diante de seu semblante
frustrado, raivoso.
- Maldição Bella! Não fique criando obstáculos, quando já temos
tantos – explodiu, inflamando minha raiva.
- Criando Obstáculos? – zombei – Como pode me
acusar disso, quando você é o maior deles? Você... você é o próprio obstáculo
em pessoa. Isso– gesticulei, apontando entre nós dois – nunca deu certo. Nós sabíamos
desde o inicio que nunca daria.
–Maldição!
Eu tenho vontade de estrangular você, maldita teimosa - esbravejou- pressionando
as mãos fortemente ao redor do meu pescoço, com uma suave e excitante pressão,
fazendo com que eu arregalasse os olhos de medo e desejo - Coloque isso em sua cabeça
de uma vez por todas! Para tudo que nos aguarda existe uma solução, menos para
o que existe entre nós. Eu te amo Swan, desde o bendito dia que tropeçou em mim
em Harvard. Desde aquele dia, você e sua maldita boca esperta me conquistaram.
Talvez eu nunca tenha dito isso á você, mas você me pertence desde o momento
que me enfrentou; desde que me olhou e realmente
me enxergou como ninguém antes.
- Você é o diabo – gemi, quando me contorceu em
seu colo, espalhando meu corpo acima do seu.
- Eu sou o diabo baby – confirmou, lambendo
minhas lágrimas - E você vendeu sua alma para mim no momento em que me amou. E
não tente mentir... não tente me enganar e se enganar.. Você me ama! –
declarava movendo meu corpo contra o seu, fazendo com que sentisse em meu núcleo
toda sua excitação – Nós vamos descobrir tudo. Nós dois juntos vamos vencer...
Mas juntos baby... sempre juntos... você não tem outra opção a não aceitar seu
destino.. eu sou seu destino – afirmou com arrogância, encarando-me com seus penetrantes
olhos verdes – Nós pertencemos um ao o
outro e nada vai mudar isso – concluiu, beijando meu pescoço. Suas mãos
fortes correndo por meu corpo.
- O processo.... Edward.. eu.... – argumentei perdida
em seus beijos.
- Esquece isso... não confie em tudo que lê..
você me conhece como ninguém – sussurrava entre os beijos em minha pele – diz que
me ama – pediu, abrindo os botões de minha blusa, expondo meus seios protegidos
pela lingerie – Eu preciso de você... faz tanto tempo... Bella..
- Edward... por favor – gemi, rebolando em seu
colo. Perdida nos sentimentos. Mente e corpo em duelo. Razão e Desejo em
conflito.
- O que foi meu amor? Me diz o que deseja e será
seu! Eu te darei o mundo, só preciso ouvir que me ama... – pediu novamente,
expondo meu seio e tomando-o em sua boca faminta – Responda-me porra! – rosnou sugando
o mamilo com força, fazendo-me gemer alto.
Eu sabia que amava Edward. Mas o medo me impedia
de confessar, encarando seus olhos. Por tanto tempo eu havia vivido na mentira,
acreditando que ele não se importava e jamais havia me amado, que o temor impedia
de confessar minha verdade.
A verdade que eu escondia de mim mesma por mais
de três anos e que agora ele me pedia para verbalizar em alto e bom som.
Confessar que ainda amava Edward, representava
muito mais do que assentir o sentimento. Era declarar que meu coração era e
sempre havia sido seu. Era confessar minhas mentiras, meus medos, creditar nele
meus anseios e principalmente abdicar de minhas verdades. Porque amar Edward e assumir
esse amor, era declarar uma guerra comigo mesma. Eu sabia que no momento que
confessasse a impressão, haveria o dia em que eu teria que escolher entre tudo aquilo
que eu havia batalhado para ser profissionalmente, contra aquilo que eu jurei
destruir. Chegaria o dia em que essa
batalha eminente entre meu coração e a razão teria que acontecer. E eu tinha
apenas duas opções. Negar meu amor e viver tranquila com minha consciência ou aceitá-lo
e viver na contramão de minhas escolhas.
Eu não sabia o que fazer.
Mas ao olhar na face do homem em minha frente. Ao
encontrar ali nos olhos verdes o vislumbre do garotinho assustado que por
tantas vezes no passado havia me agraciado com sua presença, eu sabia que não
poderia mais me acovardar. Eu sabia, enquanto encarava os olhos aflitos e temerosos
tão parecidos com de nossa filha que eu não podia mais me enganar sobre os
sentimentos que eu enxergava ali.
Amor. Saudades. Arrependimento.
Edward me amava. Assim como eu o amava.
- Eu te amo – confessei, tomando seu rosto em
minhas mãos – Eu sempre te amei – confirmei buscando seus olhos.
- Bella... – gemeu, tomando minha boca em um
beijo apaixonado – Eu te amo tanto... juntos baby... juntos para sempre – prometia
entre os beijos.
- Juntos – confirmei, buscando seu corpo. Rasgando
sua camisa em desespero pelo seu toque, por seu calor, fazendo com quem um
rosnado de desejo retumbasse de seu peito.
Três anos de saudades. Três anos de desejo
reprimido.
- Preciso de você... preciso do seu corpo baby –
gemeu, deitando-me no tapete, rasgando minha roupa no processo, como eu havia
feito com a sua – Tão molhada.... tão molhada... Bella.... – gemia desconexo ao
retirar minha calça e lingerie juntos – Minha... tão minha... – repetia,
beijando todo meu corpo, sugando e mordendo minha pele.
- Edward por favor – implorei, querendo sentir
seu corpo junto ao meu.
- Isso vai ser rápido baby... eu... Deus Bella...
não consigo nem pensar porra!... Seu cheiro está me enlouquecendo – rosnou,
arrancando o restante de sua roupa – vem aqui baby – pediu, puxando- me de pé
contra seu corpo, inclinando-me contra o sofá – Eu não vou aguentar muito tempo... tanto
tempo... tanta saudade... Bella..eu...
- Edward... só me ame – implorei, empinando minha
bunda em sua direção – Ohh.... – gemi
enquanto me penetrava lentamente.
- Foda-se...
Bella... nunca mais .... nunca mais longe de mim... – gemia alto,
movimentando seu corpo ao meu - Tão
minha.... meu amor...
- Nunca mais... Edward... nunca mais.... – prometi, me entregando ao prazer, sem pensar
nas consequências de minhas ações.
Não queria pensar nas escolhas que teria que
fazer pela frente. Não queria pensar nas situações dolorosas que me haviam feito
chegar até aqui. Eu não podia pela primeira vez em minha vida, deixar que a
razão assumisse minhas atitudes, se bem que acreditava que meu discernimento do
que era certo e errado não funcionavam quando se tratava de Edward. Eu somente
esperava que o amo que queimava em meu peito, fazendo com meu coração
palpita-se de forma dolorosa fosse forte o suficiente para sobreviver ás
batalhas que já se mostravam..
A descoberta da verdade. As mentiras de Jenks.
Alice. O processo. E tantas outras
tempestades que relampejavam no horizonte.
Mas, apesar das agruras eminentes, no fundo de
minha alma, uma voz me pedia para acreditar. Porque todas ás vezes em que
escutava o som rouco de sua voz confessando que me amava e da paixão que sentia
enquanto ele tocava meu corpo de forma quase animal, eu sabia, pela primeira vez em muito tempo que
nosso amor poderia se tornar invencível.
Eu não era mais a Bella boba e imatura que os
inimigos haviam conhecido. Eu era a Isabella que Edward um dia havia chamado e
declarado como “digna de uma Cullen”, que poderia ser muito mais.
E hoje eu queria mais. Eu queria tudo.
“Quem quiser crescer se
abra. É preciso Coragem para ser Feliz.”