segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 045/02


Capítulo 045/02 – NOVOS SENTIMENTOS/ NOVAS DESCOBERTAS

Edward– POV

Vivo!

Era a única palavra que podia descrever o que sentia, enquanto depois de muito tempo, novamente sentia os lábios de Isabella sobre os meus, fazendo com que velhos desejos adormecidos, despertassem em fúria.

Saudades.

Felicidade.

Angústia.

Temor.

Amor.

Minhas mãos tocavam seu corpo em desespero. Reconhecendo saudosamente suas curvas suaves que tanto haviam me dado prazer, chegando ao ponto de melancolia, na descoberta de novas curvas sobre seu corpo, por conta da gravidez.

A gestação que pungentemente haviam tirado de mim o direito de acompanhar, de sentir.

- Eu quero tudo! Quero tudo de novo! – sussurrei sem folego, com meus lábios ainda  roçando suavemente sobre nos seus.
- Não é tão simples... Edward...nós.. – respirou profundamente quando pressionei ainda mais seu corpo contra a parede, fazendo com que sentisse todo o desejo reprimido em minha virilha – não somos mais os mesmos.... nós...

- Não! Não! Você porra não se atreva Isabella! – rosnei, pegando seu queixo entre meus dedos, trazendo seu olhar junto ao meu – Não pense por um minuto que nós “terminamos”. Isso – gesticulei entre nós dois – nunca acabou. Nunca vai acabar. Eu posso ter deixado minha guarda baixa, ter dado brecha para que meus inimigos intervissem em minha vida, em nosso relacionamento, mas acredite; Isso mudou! Nós dois mudamos e temos uma filha agora. Mas o que sentimos nunca mudou. Eu sei disso. Você sabe disso. Portanto não me venha com desculpas, não comece a lutar contra aquilo que nós dois sabemos que é verdade! Você é Minha! Sempre foi e sempre vai ser. Seu lugar é ao meu lado! Assim como Maggie. Nós dois vamos descobrir juntos o que fizeram conosco, e depois disso, depois que tivermos nosso acerto de contas com esses calhordas, vamos seguir em frente. Não!.... – discordei comigo mesmo, sacudindo a cabeça e soltando seu corpo, dando alguns passos para trás aflito – Não! Nós vamos seguir em frente á partir de agora! Eu, você, Maggie e nossos filhos!

- Você não entende não é ? – murmurou aflita, fechando os olhos. A cabeça baixa tentando mascarar as lágrimas que escorriam livremente por suas bochechas - eu quero muito saber a verdade Edward. Mas as coisas são diferentes... não é apenas isso que nos separa....

- Você está falando do processo? Você está insinuando o maldito processo? – inqueri sentindo o sangue ferver em minhas veias – MALDIÇÃO SWANN – gritei, fazendo com ela desse um pulo no lugar – Alguém manipulou nosso relacionamento; brincaram com nossos sentimentos, jogaram com nossas verdades como malditas peças de xadrez  e você está preocupada com isso? Que merda há com você? – esbravejei, andando novamente em sua direção.

- EU NÃO TE CONHEÇO MAIS!  - gritou, empurrando meu ombro – Droga Cullen! Eu acho que nunca te conheci.

- Não faça isso! – pedi irritado. Se ela estava pensava que iria usar esse argumento para me afastar de sua vida novamente, estava muito enganada – Você me conhece mais do que qualquer pessoa...

- Essas acusações?.... as coisas descritas ali... as insinuações....

- Não irei negar nenhuma delas Isabella – pontuei cortando suas indagações – mas também não irei confirmar nenhuma delas. Não vou negar á você que eu mudei – continuei, chamando sua atenção. Seu olhar preso ao meu. – Eu precisei focar minha vida ao trabalho ou então iria enlouquecer, teve alguns momentos... alguns momentos que.... – parei, não querendo deixar que soubesse dos meus instantes de fracasso.  Não queria que soubesse que algumas vezes havia sido manipulado por meu pai, como quando ainda era criança.

- E isso lhe dá o direito de cometer crimes? Por Deus Edward! - gesticulou irritada – Estamos falando aqui de lavagem de dinheiro, suborno, sonegação de impostos, abuso de influência, chantagem...  Cristo! Que diabos você andou fazendo? – perguntou, trazendo um novo fogo no olhar. Um fogo que tinha sido adquirido com sua formação, com seu amadurecimento. Uma postura completamente feroz e temida que se possível, acendia ainda mais o fogo em meu peito, aquecendo meu coração e aumentando o desconforto em minha virilha.

Maldição! Digna de ser uma Cullen.

- Porque diabos está me olhando dessa maneira? – retrucou irritada. Seu olhar estreitando, as bochechas corando enquanto corria o olhar desejoso por meu corpo, fazendo com que seu peito pesasse com o ar quando encontrou com minha ereção – Você!..  – apontou, em uma perda de palavras - Eu.... o que?

- Estou fodidamente duro baby!- dei de ombros, engolindo pesadamente -   esse seu fogo! – suspirei, fechando os olhos tentando limpar a luxúria de minha mente, minhas mãos em punho ao meu lado - Você usa esse fogo no tribunal? – perguntei de-repente, o ciúmes correndo por meu sangue, queimando.

- O que? Do que está falando? – perguntou confusa. Ainda atordoada com a resposta do meu corpo.

- Você é minha! – rosnei irritado, tentando justificar minha própria loucura. Eu não tinha uma um argumento coerente, quando eu mesmo não tinha uma resposta para meu comportamento. A única coisa que eu podia pensar era em todos os homens que trabalhavam com ela, em todos aqueles que podiam ser vítimas de seu olhar de fogo, de suas ordens, de seu espirito selvagem em um corpo feito para matar.

Quantos não ficavam duros com seu olhar? Em sua presença?

- Você precisa de um tratamento Cullen – zombou, recompondo-se. Sentando-se na cama, retirando os sapatos de salto alto, fazendo com que eu seguisse em sua direção como um animal pronto para atacar.

- O único tratamento que preciso baby é de você chupando meu pau, enquanto te fodo com meus dedos – sussurrei com á voz rouca, empurrando-a em direção á cama, fazendo com que meu corpo cobrisse o seu – E enquanto você estiver gozando gostoso, vou me aprofundar em seu sexo com força, com desejo, com saudade, e te mostrar á quem você pertence Swann. E depois.... somente depois que você estiver desfalecida de prazer.. um prazer que só eu posso lhe dar, e aceitando que você pertence á mim e que sou o homem de sua vida, eu vou gozar em abundância dentro de você, torcendo para que em cada jato do meu desejo, você seja fertilizada com minha semente. Eu quero tudo! E você vai me dar tudo! – avisei, esfregando minha ereção em seu centro quente.

- Edward ... – sussurrou em desejo, esfregando levemente sua pélvis contra a minha.

- Eu sei baby... eu sei... – assenti, beijando sua mandíbula, observando pelo canto dos olhos, uma camiseta masculina debaixo dos travesseiros –  em nossa casa baby....em nossa cama. – avisei, sentindo mais uma vez o veneno do ciúmes correr por minha espinha. Eu mataria se outro homem tivesse deitado em sua cama – Quem se deitou aqui? – rosnei, prendendo seus braços no alto de sua cabeça – Hã... quem dormiu aqui Bella? – pressionei, buscando seus olhos.

- O que? Do que está falando? – perguntou, meio grogue, saindo da névoa de prazer. Deixando-me ainda mais furioso, em imaginar outro homem sendo agraciado com o olhar brilhante, com os lábios inchados pelos beijos e com o corpo suavemente rosado e molhado de suor.

- Por Deus Isabella! Quem dormiu aqui? Foi Tyler? Aquele filho da puta ousou tocar no que é meu? – acusei, sentindo meu corpo tremer como nunca antes. Eu sempre havia sentido ciúmes de Bella, mas nunca com a ferocidade que estava acontecendo nas ultimas horas. Algo tinha sido mudado dentro de mim. Eu estava cego.

- Edward... o que está acontecendo com você? Você está tremendo... – pediu aflita – meu pulso Cullen! – rosnou, tentando se soltar do meu aperto.

- Me responde porra! Quem te fodeu nessa cama?  - cuspi, fora de mim, deixando-a pela primeira vez, assustada com minha reação – De quem é essa camiseta porra? – perguntei puxando o tecido em minha mão.

- Nunca alguém dormiu aqui! – respondeu travando o maxilar. Mesmo em minha névoa de fúria, eu podia ver que ela estava se controlando ao me responder, na tentativa de acalmar, seja lá o que fosse que estava acontecendo comigo -  nunca outro homem tocou em mim,  participou de minha vida, compartilhou minha cama, ou minha casa. Você me desgraçou para outros homens Cullen, e o mais importante; Eu nunca traria outra pessoa aqui com Maggie no quarto ao lado. O que pensa que sou? Seu cretino, mentiroso, arrogante de merda...... essa porra de camiseta é sua! Eu durmo com ela!  – xingou-me sendo interrompida por meus lábios furiosos.

Minha. Minha. Minha.

- Minha... como sou seu.... somente seu... – murmurava beijando seus lábios e seu rosto, secando suas lágrimas com minha língua aflita por seu gosto – Me desculpe baby....

- É disso que estou falando Edward... nós estamos quebrados...

- Shhh....shhh... não fale mais nada meu amor... somos um só! Nós dois juntos vamos descobrir tudo.... e depois vamos recuperar o tempo perdido – eu prometia, tenso. Um pouco fora de mim – Eu, você, nossa princesa.... tudo Bella... tudo... Por favor me prometa... por favor! – pedi, sentindo um súbito sentimento de medo. Eu não podia perder Bella de minha vista. Eu não podia correr o risco de perdê-la novamente. Eu precisava fazer algo, precisava colocar muitos seguranças em proteção dela e Maggie agora que elas estavam novamente em minha vida – Eu preciso ir! – declarei de-repente, levantando-me em um pulo, deixando-a confusa com minha reação – Eu preciso resolver algumas coisas... tenho muito o que fazer – avisava, arrumando minha camisa e minha roupa – Arrume suas coisas e de Maggie... amanhã vamos para casa!



- Para casa? – perguntou confusa, sentando-se novamente na cama, minha camiseta de Harvard a em seu colo, trazendo-me um pouco de paz.

Ela nunca havia me esquecido.

- Nossa casa Isabella! – respondi, confuso.

- Sua mansão? É isso que está dizendo? – retrucou irritada, entendendo minhas palavras – Você enlouqueceu se acha realmente que estou saindo com Maggie de nossa casa!

- Minha filha merece conforto! Esse espaço é pequeno demais para nós três – pontuei, cerrando a mandíbula, na tentativa de controlar minha boca.

- Maggie quem tudo o que precisa. Nunca lhe faltou nada! Como você se atreve? – avançou irritada em minha direção, dando-me um vislumbre de mais uma nova faceta em sua personalidade. A Mamãe “urso”! – Posso não esbanjar dinheiro como você, mas nunca faltou nada á ela! Seu bastardo arrogante! Você tem outra coisa vindo se acha que vai chegar aqui e criticar com o criei minha filha!

- Nossa filha! – alertei – Ela é uma Cullen! Ela é minha herdeira! Você perdeu sua mente se acha que vou deixar com que ela tenha uma vida de privação. Eu quero vocês duas comigo!

- Não. Vamos. Sair. Daqui! – rosnou, cutucando meu peito com seu dedo fino.

- Não seja absurda Isabella! Eu tenho inimigos! Nós dois temos inimigos! O que acha que eles farão quando souberem que estamos juntos novamente? Que descobrimos sobre toda a armação? Eu preciso proteger vocês duas! – expliquei irritado com sua teimosia.

- Oh..Deus!... – murmurou assustada, quando minhas palavras finalmente começaram a fazer sentido em sua mente – Preciso protegê-la... precisamos ir embora....

-NÃO!... Isabella Deus me ajude! Saia de minha vida novamente e eu tiro nossa filha de você! – ameacei apavorado com a ideia, pegando-a pelos ombros.

- Você está me ameaçando? Como ousa? .... você... – gaguejou com medo.

- Não é uma ameaça! É uma promessa! – confirmei, notando pela primeira vez que eu tinha uma arma contra sua negação em relação a nós dois. Eu sabia que estava sendo um covarde e calhorda usando nossa filha como arma. Mas era minha única chance no momento. Eu precisava de Bella ao meu lado, nem que para isso eu tivesse que usar de todas  as armas, inclusive as mais sujas – Eu vou até o escritório, mais tarde eu volto! – completei, deixando-a atônita e sem respostas. – Se você precisa de tempo para se mover, eu me mudo para cá! Arrume espaço para minhas roupas!  - pedi, não aguardando sua resposta, para momentos depois escutar algo sendo jogado na porta.

.................................................

- Cullen – atendi o celular, enquanto bebia mais um copo de whisky observando a cidade dormindo aos meus pés, através da janela do escritório. Aguardando ansiosamente o retorno do meu contato com as informações solicitadas assim que saí de nosso apartamento.

- Edward..... quanto você iria me avisar que tenho uma neta? – perguntou diretamente a voz do outro lado.

- Pai? 

- Estou decepcionado meu filho! Sua mãe não está muito feliz de ter perdido três anos de convivência com Maggie – continuou no mesmo tom frio.

- Como.. como soube? – perguntei confuso.

- Você não pensava seriamente que era o único que procurava por Isabella, certo? Humm... eu vejo – murmurou com minha falta de resposta – Você se tornou muito distraído nos negócios quando essa menina foi embora, eu não gostei nada disso, mas sua mãe insistiu que você precisava de nossa ajuda. Sempre um coração tolo – murmurou como se para si mesmo – Espero que agora com ela em suas mãos novamente você não cometa mais enganos. Royce está indo ao seu encontro com um envelope contendo informações pertinentes de Harvard, da época em que estudava e sobre alguns dos seus amigos.  Acredito que haja algumas respostas que está procurando.

- Como teve acesso á essas informações? – perguntei no controle de minhas emoções novamente. Se eu tinha aprendido algo nessa situação toda com Bella e nós últimos anos, é que Carlisle Cullen não era uma pessoa de emoções. E ele havia demonstrado isso em mais de uma ocasião.

Hoje eu finalmente entendia o poder dele.  O quanto era temido.

- Puxei alguns favores! – respondeu sucinto - Um Cullen não erra nunca Edward, mas posso aceitar seu desacerto, afinal você ainda era muito jovem e estava nas graças do amor – zombou – eu entendo disso, afinal eu tive que me policiar com sua mãe. Mas espero que não se repita. Não se esqueça de quem é, e o que fazemos com aqueles que nos traem. Acabe logo com isso e nos traga Maggie e Isabella o quanto antes, sua mãe está impossível de se controlar – comentou, mais suavemente pela primeira vez – E Edward? – chamou.

- Sim – respondi secamente. Pensativo, confuso e irritado com sua ligação. Sua intromissão em minha vida, já havia causado estragos demais.

- Não se preocupe mais J.Jenks! – avisou, terminando a ligação. Deixando-me completamente em alerta!

É erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os.



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 044/02


Capítulo 044/02- CONFISSÕES DE AMOR

Bella– POV

- Nosso quarto.... Nosso quarto – murmurei, irritada, andando como um animal enjaulado pelo quarto enquanto as palavras de Edward torturavam minha mente. Eu podia sentir o velho e saudoso sentimento de fúria dominar meu corpo, confundindo-me. Uma parte de mim queria gritar com ele, de raiva por sua arrogância e prepotência. Mas outra parte de mim, estava regozijando de saudades. Minha deusa interna de salto e espartilho, estava saindo de um sono profundo. Excitada e exaltada por sentir as sensações prazerosas que somente ele poderia proporcionar.

Saudades dos carinhos. Saudades dos beijos. Saudades de Edward.

- Maggie está dormindo profundamente, ela dorme com as luzes apagadas? – perguntou entrando no quarto e fechando a porta.

- Ela dorme com as luzes apagadas – respondi do outro lado do quarto, confusa, amedrontada, furiosa com seu comportamento tranquilo. Como se vivíamos essa rotina todas as noites.

- Perfeito! Ela é demais – sorriu orgulhoso, desabotoando sua camisa – vou tomar um banho, onde estão as toalhas? – pediu, soltando a blusa de dentro de sua calça, ao mesmo tempo retirando os sapatos com os pés.

- O que está fazendo? Que merda que está acontecendo aqui Cullen? – perguntei sentindo minha respiração ofegar, quando atirou sua camisa no chão ao seu lado, ficando com o peito completamente desnudo.

- O que acha que está acontecendo? Eu tive um dia de merda Isabella. O que você acha heim? Descubro que fui enganado... que mentiram para mim. Que fui usado em  uma  armação que afastou de mim a mulher que amava e minha filha – rosnava encarando-me com os olhos brilhantes, aproximando-se de mim á passos lentos e calculados, fazendo-me com que meu corpo fosse prensado na parede – eu só quero um fodido banho.

- Nós... nós precisamos conversar.. isso é loucura! – gaguejei, sentindo seu corpo colado ao meu.

- O que quer saber? Quer saber como eu passei três anos procurando por você, exaustivamente? Que vivi uma vida de mentira acreditando que nosso relacionamento havia sido uma farsa, quando o que na verdade eu estava vivendo uma farsa?  Que tudo  em minha volta era um jogo maldito, e eu era uma peça dele?  Que nas últimas horas eu descobri que a única coisa real, nessa fodida vida é uma garotinha que dorme no quarto ao lado, e você escondeu isso de mim – acusou, causando dor em meu peito.

- Não me acuse dessa maneira! – retruquei irritada – não foi só você que viveu uma farsa Edward. Eu sofri tanto ou mais que você! Tudo o que eu fiz, foi proteger nossa filha, desse seu mundo asqueroso! – esbravejei, cutucando seu peito desnudo.

 –Você não somente “protegeu” Maggie do meu mundo Isabella, você  me excluiu de sua vida! QUE DIABOS PENSAVA QUE ESTAVA FAZENDO? – gritou, aproximando-se ainda mais do meu rosto. Os olhos ardendo de raiva.

- NÃO GRITE COMIGO! A CULPA É SUA! SUA! – chorei, batendo em seu peito, deixando todas as emoções represadas do nosso reencontro, do seu encontro com Maggie explodirem do meu peito – você tinha que ter me protegido... você me prometeu... prometeu – solucei, sentindo seus braços ao meu redor – eu fiquei tão perdida.. tão sozinha ... eu não tinha ninguém... você ... você ..tinha me traído.. eu..

- Eu nunca traí você! – rosnou, erguendo meu queixo em sua direção – foda-se Swan, eu nunca enganei você! Nunca dei motivos pra pensar isso!

- Como ousa Edward? – disse irritada, soltando-me dos seus braços – Você sempre  escondeu sobre sua vida, sobre o que fazia na universidade. Pensa que eu não sabia sobre as “festas” nas fraternidades? Sobre as “inicializações” que todos esperavam á partir de você! – acusei, notando seu corpo retesar, e seu rosto empalidecer – Sim meu querido – sorri com escárnio – eu sempre soube de tudo! Ou você pensa que as vagabundas não iriam fazer questão de me contar, para lembrar-me de quão diferente nós éramos e quão patética eu era por pensar que alguém como eu poderia ficar com alguém como você!

- Mas você nunca disse nada.... você....

- Não! Não Edward.. eu nunca comentei nada! Porque eu queria acreditar em você! Em nós. Eu queria provar que eu podia ser a garota confiante, a mulher que você acreditava que eu fosse. Digna de uma Cullen. E não uma pobretona, idiota, insegura como uma menininha indefesa. Eu queria poder mostrar que eu era forte. E cada vez que eu ignorava os vários comentários que eu escutava, eu ficava feliz comigo mesma por capaz de fazer isso, sem questionar você. Mas isso não mudava o fato de que essas fofocas machucavam.  Doía demais Edward... e quando... quando....

- Você entrou no apartamento e pensou que eu estava com Tanya acreditou em todas as mentiras – concluiu por mim, fazendo com que eu fechasse os olhos e confirmasse com um aceno. Como se assim, eu pudesse apagar a visão de minha mente.

- Nós ficamos separados por isso? – pediu incrédulo – Ficamos longe um do outro por causa de suas inseguranças e por fofocas?

- Vá á merda Edward! VOCÊ NÃO SABE O QUE EU PASSAVA! COMO ERA DIFICIL PRA MIM! – gritei, batendo em seu peito, as lágrimas novamente, inundando meu rosto.

- NÃO! VOCÊ É QUE NÃO SABE COMO FOI PRA MIM! VOCÊ NÃO TEM IDEIA DE COMO FOI CHEGAR EM NOSSO APARTAMENTO E DESCOBRIR QUE VOCÊ HAVIA IDO EMBORA ... SEM MOTIVO, SEM BRIGAS, SEM  NADA!. VOCÊ ME DEIXOU NADA! APENAS A PORRA DE UM BILHETE! – gritou, sacudindo meu ombro, e em seguida puxando-me para seu peito com força – Deus! eu morri naquele dia! Nunca me senti tão fraco... você não entende – continuou, puxando-me novamente meu rosto em sua direção, as duas mãos segurando minha face húmida – eu fiquei impotente sem você. Fiquei tão perdido.. eu nunca me havia me sentido assim, você sumiu, simplesmente sumiu... – repetiu, contendo um quebra em sua voz – eu procurei você por toda á parte. Procurei por você pelo mundo... e Deus.. eu não poderia te encontrar – lamentou, colando sua testa na minha – Eu... eu tive medo – confessou, fazendo com que meus olhos derrubassem mais lagrimas. Eu conhecia Edward o suficiente para saber que essa confissão, essa demonstração de fraqueza, era muito difícil. E estranhamente, enfureceu-me vê-lo dessa forma.

- Eu sinto muito.... – chorei em seus braços.

- Nós não somos culpados... não por isso! Nós fomos usados! E eu vou descobrir quem fez isso para nós Isabella... você  vai ficar ao meu lado – pressionou, fazendo com que eu soltasse meu corpo do seu em um movimento brusco, negando com a cabeça.

- Nós... não podemos... passou muito tempo.... nós....

- Não comece com isso! – rosnou, apertando seu nariz com a ponta dos dedos. – Nós pertencemos juntos!
- E não sei o que faço - respondi, girando meu corpo em sua direção – Não é tão simples assim Edward... mesmo que nós descobríamos á verdade... existem tantas outras coisas... e quanto mais eu penso nisso, mais eu me pergunto se eu faria tudo diferente. Quando eu penso no passado a única coisa que me vem á mente é que todos os sentimentos estavam muito confusos entre nós e nem todos eram recíproco.. Nós deixamos que isso acontecesse entre nós Edward... eles não são culpados, mais do que nós mesmos - murmurei com a voz embargada. - Se não tivéssemos nos afastado naquela época.. se tivéssemos conversado mais um com o outro.. todas essas mentiras nunca teriam efeito.
- ISSO É BESTEIRA! - gritou, exaltando-se novamente - VOU MATÁ-LOS BELLA... ACREDITE NISSO... Você fala... droga.. você fala como se nós dois fossemos culpados por nos separarem... foi fácil para você não é?  Foi fácil seguir com sua vida e me esquecer.. - acusou com raiva e angustiado, inflamando o fogo dentro de mim.
- Você continua o mesmo bastardo arrogante de sempre - apontei, chorando deixando as emoções fluírem – Se você soubesse ... – suspirei profundamente, tentando limpar as lagrimas do meu rosto - se soubesse de todas as noites perdidas que passei pensando em você - sorri com escárnio, confessando os meus mais profundos segredos - passei horas pensando em você, querendo te ter do meu lado, mesmo sabendo que isso não se passava de meras ilusões feitas pela minha cabeça, mas eu não conseguia, eu não passava um minuto sem pensar em você, sem te imaginar do meu lado. Não queria sentir o que sentia, ser como era. Fraca, patética! Eu precisei de muita coragem para sair do buraco em que me encontrava, precisava me agarrar a algo e subir, não queria errar ... mas errei - assumi, me referindo á nossa filha.
- - Errou.... - rosnou, colando seu corpo ao meu novamente, prendendo meu queixo em sua mão com certa pressão - e eu quero esses erros reparados Isabella... todos eles... os culpados por nossa separação irão pagar por isso.. e depois.. você vai me pagar, por cada minuto que esteve longe da minha vida, por cada tormento que sofri nos últimos anos.. e enquanto estiver fazendo isso, você vai preencher minha vida com cada sensação que tirou de mim como pai, começando pelo prazer de eu poder passar a mão em seu ventre inchado com nosso filho.... eu quero você grávida... eu quero passar por isso, e quero agora! Eu não vou sair de sua vida novamente, tão pouco da vida de nossa filha.
- Você está louco? – perguntei aterrorizada com suas palavras. Grávida? Juntos?
- Sou louco por você! Eu sempre fui louco por você! – confessou deixando-me de pernas bambas – Eu não sou idiota Swan. Eu sei que uma parte de tudo que aconteceu é culpa minha, pois você era a única pessoa que eu não gostaria de magoar, porém, na maioria das vezes sempre foi inevitável. Eu me sinto horrível só de pensar o quanto eu te machuquei, não queria te causar nenhum sofrimento, me desculpe. Por favor, perdoe-me por minhas falhas, minhas omissões, minhas mentiras. Eu tentei te proteger do meu mundo, e não soube te fazer feliz. Quando você se foi, tudo mudou. Meus dias se tornaram escuros, sem vida, porque você levou tudo com você. Acabei por me tornar  uma pessoa que não sinto orgulho de ser. Mas hoje você está aqui! E eu preciso ser eu preciso ser alguém para Maggie. Eu quero ser o príncipe que ela espera que eu seja Isabella. Não tire isso de mim. Não deixe que eles ganhem. Eu não vou permitir isso!
- Edward...
- Não tenha medo... eu sei... eu posso sentir você –sussurrou, aproximando seus lábios nos meus – eu sei que você não se esqueceu como éramos bons juntos baby... nós somos uma merda separados, mas somos invencíveis juntos.
- Edward...
- Não! ... eles não irão vencer Swan – cortou-me, puxando meu cabelo pela nuca, seus lábios tão próximos aos meus, que eu podia sentir seu hálito mentolado em minha face, irradiando meu corpo de desejo – Não irão vencer aqueles que nos separam, nem outros que estão tentando tomar o que é meu – rosnou, encostando sua boca na minha, sugando meu lábio inferior com força -  é melhor que Tylor se afaste! Você é minha Isabella! E que Deus te ajude se houve outro homem em sua vida! – ameaçou, acendendo a chama de ciúmes feroz dentro de mim. Como ele ousava?
- Passaram homens na minha cama, na mesma proporção que as vadias na sua! – rosnei, mordendo seu lábio com força, fazendo sangrar.
- Foda-se você me mordeu? – pediu incrédulo, pressionando meu corpo com força na parede. Sua ereção maciça, cutucando minha barriga – Eu quero foder você!
- Você.Não. Vai. Tocar. Em..Mim! – pontuei furiosa. O ciúmes me consumindo a ponto de loucura. As fotos nos jornais, as revistas.. todas as lembranças me enlouquecendo, nublando o real sentido de nossa conversa.
Eu queria bater em Edward. Acabar com seu sorriso torto no tapa.
- Sobre o que você leu sobre as outras mulheres.....
— Não! — gritei, curvando meu corpo para afastar-me dele — acredite em mim Cullen, quando digo que não quero ouvir nada sobre elas.
— Não, acredite em mim: você vai querer ouvir quando lhe disser que nada aconteceu com elas – falou fazendo com que vagarosamente olhasse novamente em sua direção.
 - É verdade baby — disse suavemente, se aproximando de mim. Seu rosto colado ao meu. — elas não eram você. Não passavam de companhias para os eventos sociais, eram sempre filhas de amigos do meu pai, e eu não queria nada além disso. Algumas delas eram muito orgulhosas para admitir que eu não as levava para a cama, então, minha reputação de amante cres­ceu por causa das mentiras delas. Eu nunca tive outra melhor depois de você – confessou, deixando-me de pernas bambas – foi sempre você...

- Edward.... – murmurei, contendo a dor aflita em meu peito. Querendo-me apegar ás palavras, como salva vidas, mantendo-me de me afundar em um mar de angustia e dor.

Eu havia sofrido tanto em cada imagem.

- Não ... deixe-me terminar isso – pediu aflito, passando as mãos pelo cabelo - Porque mesmo que a gente não estivesse juntos, mesmo que eu tenha dito e feitos coisas erradas, e mesmo que estivesse perdido com seu desaparecimento, eu sabia Bella...  o que a gente construiu foi diferente de qualquer coisa que eu já senti. E eu só posso dizer que depois de todos esses desencontros, depois de todas nossas discussões e tempo perdido, não tem nem um pedacinho de mim que seja capaz de negar o que eu ainda sinto por você... eu te amo Bella... eu nunca deixei de te amar – confessou me desarmando completamente – Você pode me chamar de arrogante, convencido... mas eu sei que você me ama. Eu sei que você ainda é minha – continuou, aproximando-me de mim novamente – e eu tenho certeza que ninguém tocou em você... eu não posso acreditar nisso... me diz se estou errado... –pediu sério, e no fundo eu podia novamente sentir o medo e a derrota em sua voz.
Eu sabia que o estava prestes á confessar, iria inflar ainda mais o ego de Edward. Que provavelmente com minha resposta, estaria me entregando novamente em suas mãos. Mas o fato era que muitas mentiras já haviam sido contadas. Eu acreditava em Edward, e acreditava que ambos tínhamos sido vítimas de uma grande manobra para nos separar, e eu precisava saber a verdade. Toda a verdade. E para isso eu não podia estar longe de Edward.
Muitas situações me separavam de Edward no momento. Tínhamos o processo em andamento, algo que poderia nos separar em definitivo, mas no momento, pela primeira vez em três anos, eu iria deixar meu coração dominar minha razão.
Eu devia isso a Maggie. Devia isso a mim. Devia á Edward.
- Eu nunca estive com ninguém Edward.... sempre foi você! – confessei, sendo interrompida por seu beijo devastador. Repleto de saudades, luxúria, arrependimento e amor.

 “Há momentos na vida em que a sobrecarga de informações pode fazer com que seja impossível pronunciar palavras.”


CNY - Capítulo 043/02


Capítulo 043/02- “ PLÍNCIPE”  E PRINCESA.

Edward– POV

Os pequenos bracinhos estavam entrelaçados em meu pescoço em um apero de morte. Tão fortemente quanto seu corpo frágil permitia.

Minha mente estava em Overdrive.

Eu não conseguia assimilar meus pensamentos de forma organizada. Não quando tinha em meus braços um pedaço de mim. Outro ser humano que tinha meu sangue correndo por suas veias. Uma parte de mim que, foi associado eternamente com a mulher que amava.

A mesma mulher que nos observava com lágrimas escorrendo pelo rosto, que ostentava em sua face uma careta de dor e pesar.

Eu queria odiá-la. Queria ter a capacidade de destilar meu veneno, de poder direcionar toda a frustação que sentia em sua direção, mas sabia que apesar de todas as circunstâncias estaria cometendo mais um erro. O que havia acontecido conosco, e se minhas suspeitas fossem confirmadas, Bella não tinha feito nada além do que se proteger. Eu sabia que não havia sido o melhor dos namorados, que nosso relacionamento não era um conto de fadas, e que meu mundo muitas vezes se fez presente em nossa relação. Que minhas mentiras, minhas omissões, na tentativa de proteger nosso relacionamento, foram na verdade o combustível para sua desconfiança, seu medo e quem sabe até sua fuga. Eu não era hipócrita. Eu sabia que apesar de ter demonstrado á Bella que era fiel á nós, meu passado, minhas atitudes e a influência do mundo que me cercava havia contribuído para isso.
Vivíamos em um jogo e apesar de dominá-lo, eu falhei em não ensiná-la a sobreviver á ele. A armação contra nós, porque eu acreditava nisso ainda mais a cada momento, era a prova disso.

Acima de tudo, ao abraçar minha filha, da forma como se nunca tivéssemos nos separado, eu não podia negar que Isabella, apesar de sua mágoa, mesmo que motivada ou não, havia protegido nossa filha e  nunca foi leviana em minha memória para com ela.  Era óbvio que Maggie me amava. Ela me reconhecia como seu pai, e me amava.

E inacreditavelmente eu devia isso a Bella.

A parte raivosa e egoísta de mim. Uma parte com sede de vingança desejava por um momento que realidade não fosse exatamente assim, que se talvez nossa filha não me reconhecesse eu poderia direcionar minha raiva em sua pessoa e se livrar do sentimento angustiante da falta de respostas que me consumia.

Da espera por vingança. Uma espera que se tornava insuportável a cada segundo.

- Mamãe.. meu papai está aqui! – sorriu minha menina, animada e pulando em meu colo. Completamente diferente de minutos antes.

- Eu sei bebê – sorriu, enxugando as lágrimas do seu rosto, caminhando em nossa direção – você se sente melhor meu bem? – perguntou acariciando seu cabelo.

- Eu nunca vou ficar mais doente, meu papai chegou – respondeu, fazendo-me sentir um aperto no meu peito.

- Papai está aqui - confirmei, percebendo seu olhar em minha direção, como se aguardando a confirmação de não iria embora novamente – para sempre princesa, eu prometo – jurei, encarando Isabella, a deixando saber desde já que jamais iria se livrar de mim novamente – Para sempre Isabella. – ressaltei diretamente.

- Nós ainda temos que conversar Edward... nada mudou ...

- Tudo mudou! Nunca deveria ser diferente a princípio – cortei, sentindo meu corpo retesar, com Maggie em meus braços. Isabella só poderia estar insana de sequer cogitou algo diferente.

- Papaizinho... vamos pala casa? Isso dói – choramingou mostrando o soro em seu braço que por seus movimentos estavam com uma sobra de roxo, deixando-me irritado.

- Nós vamos princesa.. papai vai mandar tirar essa mer.... essa porcaria de você! – engasguei fazendo-a rir e Bella bufar.

- Ohhh... papai vai ficar com a língua pleta mamãe? – perguntou, batendo a mãozinha na boca, segurando o riso.

- Língua preta? – perdi curioso

- Você disse palavra proibida Edward. Quem fala palavra feia, fica com a língua preta – explicou Bella, cerrando os olhos em minha direção.

- Ohh... desculpe princesa .. está preta? – perguntei á Maggie mostrando a língua em sua direção, fazendo com que eu fosse agraciado com sua gargalhada doce e estridente, corando as bochechas como sua mãe.

- É nessa “torre” que temos uma princesa doente? – perguntou o médico, adentrando o quarto.

- Eu já salei, meu papai chegou! – disparou, passando novamente os braços em meus pescoço enquanto me levantava – você pode tilar isso? – pediu estendendo o braço com a agulha.

- Seu pai? – perguntou confuso, caminhando em nossa direção, alternando seu olhar entre Bella e eu, enquanto soltava o soro de Maggie e fazia um curativo, fazendo com que todos meus instintos ficassem em alerta.

- Papai plíncipe – respondeu inocentemente, acariciando minha mandíbula com a mão livre.

- Olá Tyler! – cumprimentou Bella, sorrindo timidamente em sua direção, enquanto ficava ao lado de Maggie, segurando o algodão em seu braço, fazendo com que uma minha memória fotográfica piscasse em minha mente como faróis de alerta.

- TYLER CROWLER – disse alto, encarando sua face, enquanto as primeiras informações sobre Bella inundavam a minha mente. O maldito ex-namorado.

Minha. Minha família.

- Humm.. prazer... nós nos conhecemos? – perguntou, estendendo a mão em minha direção, fazendo-me repetir o gesto com certa pressão.

- Edward Cullen – respondi, notando sua face alterar brevemente. Primeiro com o  reconhecimento, e em seguida com  desafio.

Bastardo morto!

- Sim..certo... – murmurou, olhando o gráfico de Maggie – ela está bem Bella...

- Isabella – cortei. Que porra de intimidade era essa?

- Nome da mamãe – confirmou minha menina, unindo as sobrancelhas em desaprovação, quase  me fazendo rir.

Não tinha como negar que Maggie era minha filha.

- Certo princesa – disse Tyler sem graça

- Só o papai me chama de plincesa...  não é papai? – perguntou, segurando meu queixo em sua mãozinha.

- Maggie! – ralhou Bella ao nosso lado.

- Ela está certa! – confirmei dando de ombros, e beijando sua bochecha gorda, notando seu olhar sorridente em minha direção. Minha menina estava no meu time e eu iria me aproveitar disso.

- Cristo – murmurou Bella, sacudindo a cabeça – Ela está de alta Tyler?

- Sim... Be..Isabella – respondeu o não desejado sem graça – aqui está a lista de antibióticos que ela vai ter que tomar por mais alguns dias, eu já agendei seu retorno para o final do mês está bem? – explicou entregando a papelada em sua mão.

-  Papai - sussurrou Maggie encostando sua cabecinha  em meu pescoço - ele quer ser namolado da mamãe... não pode.. não é? - perguntou fazendo com que um rosnado rompesse em meu peito - LEGAL!.. faz esse balulho que ele corre papai - ela gritou animada, erguendo o rosto em minha direção, fazendo-me suprir um riso, que morreu no mesmo instante que observava o desgraçado colocar as mãos no braço de minha mulher...

 – Eu hummm.. ligo para você depois – avisou beijando sua bochecha – Fiquei bem Maggie – comentou passando a mão em seu cabelo levemente, já que sua cabeça estava escondida em meu pescoço mais uma vez

- O que foi isso Edward? – perguntou Bella no momento seguinte

- Isabella... você não quer discutir isso em frente á nossa filha – avisei irritado – vamos para casa.

- Casa?..O quê?... Maggie e eu vamos para nossa casa – respondeu confusa, tentando pegar nossa filha do meu colo

- NÃO.. PAPAIII... PAPAI PLÍNCIPE..PAPAI... – gritou, começando a chorar, se possível se agarrando ainda mais em meu corpo.

- Shhh.... princesa... shhh.. papai está aqui... eu vou com você está bem? Mamãe ficou confusa – confortei, olhando mortalmente para Bella – Vamos para nossa casa Isabella – avisei, deixando bem claro que;  onde quer que elas estivessem, eu estaria.

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 - Papai plíncipe vc gosta desse filme? - sussurrou, deitada em meu peito, enquanto nós dois estávamos confortavelmente deitados no sofá, para o desespero de Bella que me encarava incrédula da cozinha.
- Papai não sabe princesa.. eu nunca assisti... - murmurei, beijando seu cabelo perfumado, aconchegando ainda mais seu corpo no meu.
- Olha..olha - bateu palminhas apontando para a TV e depois girando o seu corpo, olhando-me nos olhos, repetindo exatamente as mesmas falas que o filme , sem olhar para a tela da TV.
Pumba: Talvez você precise de uma nova lição. Repita comigo: Hakuna Matata. Simba: O quê?
Pumba :Hakuna Matata. Significa sem preocupações
Timão: 2 palavras que mudarão a sua vida!
- Repete papai... Mamãe falou que Hakuna Matata é igual Eu te Amo.. você me ama? - perguntou baixinho, passando a mão em minha camisa - polque eu te amo papai... mamãe semple me  falou que você ia me amar  - murmurou, brincando com o botão de minha camisa.
- Eu te amo princesa... te amo muito - murmurei com a voz embargada mais uma vez, acariciando suas bochechas rosadas.
- A mamãe também te ama... ela falou no sonho - sussurrou com os olhos brilhantes - ela não sabe que eu escutei - disse ainda mais baixo, como um segredo - fazendo com que meu olhar caísse diretamente em Bella, que terminava de arrumar a louça na cozinha - você ama a mamãe também? - perguntou, mais uma vez com a face triste, fazendo com que meu peito de apertasse ainda mais de emoção. Eu podia estar muito bravo com Isabella. Poderia ainda sentir o desejo de estrangular seu pescoço e sacudir seu corpo com raiva de todos os anos perdidos... mas eu não podia negar que ela ainda era dona do meu coração...
- Eu amo princesa.... – sussurrei em seu ouvido, fazendo-a rir.

- Papai – sussurrou sonolenta alguns momentos depois, com a cabeça em meu peito.

- Princesa Maggie – sussurrei de volta, acariciando seu cabelo e começando a cantarolar uma música antiga.

- Dança comigo papai – pediu fazendo bico, com os olhos pesados de sono.

- Ela ainda gosta de balançar no colo quando está com sono – explicou Bella ao meu lado, notando minha cara de confusão, sentando-se na poltrona, fazendo com que eu levantasse do sofá com Maggie em meu colo, girando lentamente com ela pela sala, enquanto cantava baixinho em sua orelha – O que foi Bella? – perguntei momentos depois, quando notei seu choro silencioso.

- Isso.. – apontou para nossa filha em meu colo – Deus.. Edward... eu.....

- Me aguarde... vou colocar nossa filha na cama – pedi, dirigindo-me ao corredor – Bella!.. – chamei, ao chegar á porta do quarto de Maggie – me espere em nosso quarto! – ordenei, notando seu rosto empalidecer – temos muito que conversar.