Capítulo 045/02 – NOVOS SENTIMENTOS/ NOVAS DESCOBERTAS
Edward– POV
Vivo!
Era a única palavra que podia descrever o que sentia, enquanto depois de
muito tempo, novamente sentia os lábios de Isabella sobre os meus, fazendo com
que velhos desejos adormecidos, despertassem em fúria.
Saudades.
Felicidade.
Angústia.
Temor.
Amor.
Minhas mãos tocavam seu corpo em desespero. Reconhecendo saudosamente
suas curvas suaves que tanto haviam me dado prazer, chegando ao ponto de
melancolia, na descoberta de novas curvas sobre seu corpo, por conta da gravidez.
A gestação que pungentemente haviam tirado de mim o direito de acompanhar,
de sentir.
- Eu quero tudo! Quero tudo de novo! – sussurrei sem folego, com meus
lábios ainda roçando suavemente sobre nos
seus.
- Não é tão simples... Edward...nós.. – respirou profundamente quando
pressionei ainda mais seu corpo contra a parede, fazendo com que sentisse todo
o desejo reprimido em minha virilha – não somos mais os mesmos.... nós...
- Não! Não! Você porra não se atreva Isabella! – rosnei, pegando seu
queixo entre meus dedos, trazendo seu olhar junto ao meu – Não pense por um
minuto que nós “terminamos”. Isso – gesticulei entre nós dois – nunca acabou.
Nunca vai acabar. Eu posso ter deixado minha guarda baixa, ter dado brecha para
que meus inimigos intervissem em minha vida, em nosso relacionamento, mas
acredite; Isso mudou! Nós dois mudamos e temos uma filha agora. Mas o que
sentimos nunca mudou. Eu sei disso. Você sabe disso. Portanto não me venha com
desculpas, não comece a lutar contra aquilo que nós dois sabemos que é verdade!
Você é Minha! Sempre foi e sempre vai ser. Seu lugar é ao meu lado! Assim como
Maggie. Nós dois vamos descobrir juntos o que fizeram conosco, e depois disso, depois
que tivermos nosso acerto de contas com esses calhordas, vamos seguir em frente.
Não!.... – discordei comigo mesmo, sacudindo a cabeça e soltando seu corpo,
dando alguns passos para trás aflito – Não! Nós vamos seguir em frente á partir
de agora! Eu, você, Maggie e nossos filhos!
- Você não entende não é ? – murmurou aflita, fechando os olhos. A cabeça
baixa tentando mascarar as lágrimas que escorriam livremente por suas bochechas
- eu quero muito saber a verdade Edward. Mas as coisas são diferentes... não é
apenas isso que nos separa....
- Você está falando do processo? Você está insinuando o maldito processo?
– inqueri sentindo o sangue ferver em minhas veias – MALDIÇÃO SWANN – gritei,
fazendo com ela desse um pulo no lugar – Alguém manipulou nosso relacionamento;
brincaram com nossos sentimentos, jogaram com nossas verdades como malditas
peças de xadrez e você está preocupada
com isso? Que merda há com você? – esbravejei, andando novamente em sua direção.
- EU NÃO TE CONHEÇO MAIS! -
gritou, empurrando meu ombro – Droga Cullen! Eu acho que nunca te conheci.
- Não faça isso! – pedi irritado. Se ela estava pensava que iria usar
esse argumento para me afastar de sua vida novamente, estava muito enganada –
Você me conhece mais do que qualquer pessoa...
- Essas acusações?.... as coisas descritas ali... as insinuações....
- Não irei negar nenhuma delas Isabella – pontuei cortando suas
indagações – mas também não irei confirmar nenhuma delas. Não vou negar á você
que eu mudei – continuei, chamando sua atenção. Seu olhar preso ao meu. – Eu
precisei focar minha vida ao trabalho ou então iria enlouquecer, teve alguns
momentos... alguns momentos que.... – parei, não querendo deixar que soubesse
dos meus instantes de fracasso. Não
queria que soubesse que algumas vezes havia sido manipulado por meu pai, como
quando ainda era criança.
- E isso lhe dá o direito de cometer crimes? Por Deus Edward! -
gesticulou irritada – Estamos falando aqui de lavagem de dinheiro, suborno,
sonegação de impostos, abuso de influência, chantagem... Cristo! Que diabos você andou fazendo? –
perguntou, trazendo um novo fogo no olhar. Um fogo que tinha sido adquirido com
sua formação, com seu amadurecimento. Uma postura completamente feroz e temida que
se possível, acendia ainda mais o fogo em meu peito, aquecendo meu coração e
aumentando o desconforto em minha virilha.
Maldição!
Digna de ser uma Cullen.
- Porque diabos está me olhando dessa maneira? – retrucou irritada. Seu
olhar estreitando, as bochechas corando enquanto corria o olhar desejoso por
meu corpo, fazendo com que seu peito pesasse com o ar quando encontrou com
minha ereção – Você!.. – apontou, em uma
perda de palavras - Eu.... o que?
- Estou fodidamente duro baby!- dei de ombros, engolindo pesadamente
- esse seu fogo! – suspirei, fechando
os olhos tentando limpar a luxúria de minha mente, minhas mãos em punho ao meu
lado - Você usa esse fogo no tribunal? – perguntei de-repente, o ciúmes
correndo por meu sangue, queimando.
- O que? Do que está falando? – perguntou confusa. Ainda atordoada com a
resposta do meu corpo.
- Você é minha! – rosnei irritado, tentando
justificar minha própria loucura. Eu não tinha uma um argumento coerente,
quando eu mesmo não tinha uma resposta para meu comportamento. A única coisa
que eu podia pensar era em todos os homens que trabalhavam com ela, em todos
aqueles que podiam ser vítimas de seu olhar de fogo, de suas ordens, de seu
espirito selvagem em um corpo feito para matar.
Quantos não ficavam duros com seu olhar? Em sua presença?
- Você precisa de um tratamento Cullen – zombou,
recompondo-se. Sentando-se na cama, retirando os sapatos de salto alto, fazendo
com que eu seguisse em sua direção como um animal pronto para atacar.
- O único tratamento que preciso baby é de você
chupando meu pau, enquanto te fodo com meus dedos – sussurrei com á voz rouca,
empurrando-a em direção á cama, fazendo com que meu corpo cobrisse o seu – E
enquanto você estiver gozando gostoso, vou me aprofundar em seu sexo com força,
com desejo, com saudade, e te mostrar á quem você pertence Swann. E depois....
somente depois que você estiver desfalecida de prazer.. um prazer que só eu
posso lhe dar, e aceitando que você pertence á mim e que sou o homem de sua
vida, eu vou gozar em abundância dentro de você, torcendo para que em cada jato
do meu desejo, você seja fertilizada com minha semente. Eu quero tudo! E você
vai me dar tudo! – avisei, esfregando minha ereção em seu centro quente.
- Edward ... – sussurrou em desejo, esfregando
levemente sua pélvis contra a minha.
- Eu sei baby... eu sei... – assenti, beijando
sua mandíbula, observando pelo canto dos olhos, uma camiseta masculina debaixo
dos travesseiros – em nossa casa
baby....em nossa cama. – avisei, sentindo mais uma vez o veneno do ciúmes
correr por minha espinha. Eu mataria se outro homem tivesse deitado em sua cama
– Quem se deitou aqui? – rosnei, prendendo seus braços no alto de sua cabeça –
Hã... quem dormiu aqui Bella? – pressionei, buscando seus olhos.
- O que? Do que está falando? – perguntou, meio
grogue, saindo da névoa de prazer. Deixando-me ainda mais furioso, em imaginar
outro homem sendo agraciado com o olhar brilhante, com os lábios inchados pelos
beijos e com o corpo suavemente rosado e molhado de suor.
- Por Deus Isabella! Quem dormiu aqui? Foi Tyler?
Aquele filho da puta ousou tocar no que é meu? – acusei, sentindo meu corpo
tremer como nunca antes. Eu sempre havia sentido ciúmes de Bella, mas nunca com
a ferocidade que estava acontecendo nas ultimas horas. Algo tinha sido mudado
dentro de mim. Eu estava cego.
- Edward... o que está acontecendo com você? Você
está tremendo... – pediu aflita – meu pulso Cullen! – rosnou, tentando se
soltar do meu aperto.
- Me responde porra! Quem te fodeu nessa
cama? - cuspi, fora de mim, deixando-a
pela primeira vez, assustada com minha reação – De quem é essa camiseta porra?
– perguntei puxando o tecido em minha mão.
- Nunca alguém dormiu aqui! – respondeu travando
o maxilar. Mesmo em minha névoa de fúria, eu podia ver que ela estava se
controlando ao me responder, na tentativa de acalmar, seja lá o que fosse que
estava acontecendo comigo - nunca outro
homem tocou em mim, participou de minha
vida, compartilhou minha cama, ou minha casa. Você me desgraçou para outros
homens Cullen, e o mais importante; Eu nunca traria outra pessoa aqui com
Maggie no quarto ao lado. O que pensa que sou? Seu cretino, mentiroso,
arrogante de merda...... essa porra de camiseta é sua! Eu durmo com ela! – xingou-me sendo interrompida por meus lábios
furiosos.
Minha. Minha. Minha.
- Minha... como sou seu.... somente seu... –
murmurava beijando seus lábios e seu rosto, secando suas lágrimas com minha
língua aflita por seu gosto – Me desculpe baby....
- É disso que estou falando Edward... nós estamos
quebrados...
- Shhh....shhh... não fale mais nada meu amor...
somos um só! Nós dois juntos vamos descobrir tudo.... e depois vamos recuperar
o tempo perdido – eu prometia, tenso. Um pouco fora de mim – Eu, você, nossa
princesa.... tudo Bella... tudo... Por favor me prometa... por favor! – pedi,
sentindo um súbito sentimento de medo. Eu não podia perder Bella de minha
vista. Eu não podia correr o risco de perdê-la novamente. Eu precisava fazer
algo, precisava colocar muitos seguranças em proteção dela e Maggie agora que
elas estavam novamente em minha vida – Eu preciso ir! – declarei de-repente,
levantando-me em um pulo, deixando-a confusa com minha reação – Eu preciso
resolver algumas coisas... tenho muito o que fazer – avisava, arrumando minha
camisa e minha roupa – Arrume suas coisas e de Maggie... amanhã vamos para
casa!
- Para casa? – perguntou confusa, sentando-se
novamente na cama, minha camiseta de Harvard a em seu colo, trazendo-me um
pouco de paz.
Ela nunca havia me esquecido.
- Nossa casa Isabella! – respondi, confuso.
- Sua mansão? É isso que está dizendo? – retrucou
irritada, entendendo minhas palavras – Você enlouqueceu se acha realmente que
estou saindo com Maggie de nossa casa!
- Minha filha merece conforto! Esse espaço é
pequeno demais para nós três – pontuei, cerrando a mandíbula, na tentativa de
controlar minha boca.
- Maggie quem tudo o que precisa. Nunca lhe
faltou nada! Como você se atreve? – avançou irritada em minha direção, dando-me
um vislumbre de mais uma nova faceta em sua personalidade. A Mamãe “urso”! –
Posso não esbanjar dinheiro como você, mas nunca faltou nada á ela! Seu
bastardo arrogante! Você tem outra coisa vindo se acha que vai chegar aqui e
criticar com o criei minha filha!
- Nossa filha! – alertei – Ela é uma Cullen! Ela
é minha herdeira! Você perdeu sua mente se acha que vou deixar com que ela
tenha uma vida de privação. Eu quero vocês duas comigo!
- Não. Vamos. Sair. Daqui! – rosnou, cutucando
meu peito com seu dedo fino.
- Não seja absurda Isabella! Eu tenho inimigos!
Nós dois temos inimigos! O que acha que eles farão quando souberem que estamos
juntos novamente? Que descobrimos sobre toda a armação? Eu preciso proteger
vocês duas! – expliquei irritado com sua teimosia.
- Oh..Deus!... – murmurou assustada, quando minhas
palavras finalmente começaram a fazer sentido em sua mente – Preciso
protegê-la... precisamos ir embora....
-NÃO!... Isabella Deus me ajude! Saia de minha
vida novamente e eu tiro nossa filha de você! – ameacei apavorado com a ideia,
pegando-a pelos ombros.
- Você está me ameaçando? Como ousa? .... você...
– gaguejou com medo.
- Não é uma ameaça! É uma promessa! – confirmei,
notando pela primeira vez que eu tinha uma arma contra sua negação em relação a
nós dois. Eu sabia que estava sendo um covarde e calhorda usando nossa filha
como arma. Mas era minha única chance no momento. Eu precisava de Bella ao meu
lado, nem que para isso eu tivesse que usar de todas as armas, inclusive as mais sujas – Eu vou
até o escritório, mais tarde eu volto! – completei, deixando-a atônita e sem
respostas. – Se você precisa de tempo para se mover, eu me mudo para cá! Arrume
espaço para minhas roupas! - pedi, não
aguardando sua resposta, para momentos depois escutar algo sendo jogado na
porta.
.................................................
-
Cullen – atendi o celular, enquanto bebia mais um copo de whisky observando a
cidade dormindo aos meus pés, através da janela do escritório. Aguardando
ansiosamente o retorno do meu contato com as informações solicitadas assim que
saí de nosso apartamento.
-
Edward..... quanto você iria me avisar que tenho uma neta? – perguntou diretamente
a voz do outro lado.
-
Pai?
-
Estou decepcionado meu filho! Sua mãe não está muito feliz de ter perdido três
anos de convivência com Maggie – continuou no mesmo tom frio.
-
Como.. como soube? – perguntei confuso.
-
Você não pensava seriamente que era o único que procurava por Isabella, certo?
Humm... eu vejo – murmurou com minha falta de resposta – Você se tornou muito
distraído nos negócios quando essa menina foi embora, eu não gostei nada disso,
mas sua mãe insistiu que você precisava de nossa ajuda. Sempre um coração tolo
– murmurou como se para si mesmo – Espero que agora com ela em suas mãos
novamente você não cometa mais enganos. Royce está indo ao seu encontro com um
envelope contendo informações pertinentes de Harvard, da época em que estudava
e sobre alguns dos seus amigos. Acredito
que haja algumas respostas que está procurando.
-
Como teve acesso á essas informações? – perguntei no controle de minhas emoções
novamente. Se eu tinha aprendido algo nessa situação toda com Bella e nós
últimos anos, é que Carlisle Cullen não era uma pessoa de emoções. E ele havia
demonstrado isso em mais de uma ocasião.
Hoje
eu finalmente entendia o poder dele. O quanto era temido.
-
Puxei alguns favores! – respondeu sucinto - Um Cullen não erra nunca Edward,
mas posso aceitar seu desacerto, afinal você ainda era muito jovem e estava nas
graças do amor – zombou – eu entendo disso, afinal eu tive que me policiar com
sua mãe. Mas espero que não se repita. Não se esqueça de quem é, e o que
fazemos com aqueles que nos traem. Acabe logo com isso e nos traga Maggie e
Isabella o quanto antes, sua mãe está impossível de se controlar – comentou,
mais suavemente pela primeira vez – E Edward? – chamou.
- Sim
– respondi secamente. Pensativo, confuso e irritado com sua ligação. Sua
intromissão em minha vida, já havia causado estragos demais.
- Não
se preocupe mais J.Jenks! – avisou, terminando a ligação. Deixando-me
completamente em alerta!
É erro vulgar confundir o desejar
com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os.