quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 044/02


Capítulo 044/02- CONFISSÕES DE AMOR

Bella– POV

- Nosso quarto.... Nosso quarto – murmurei, irritada, andando como um animal enjaulado pelo quarto enquanto as palavras de Edward torturavam minha mente. Eu podia sentir o velho e saudoso sentimento de fúria dominar meu corpo, confundindo-me. Uma parte de mim queria gritar com ele, de raiva por sua arrogância e prepotência. Mas outra parte de mim, estava regozijando de saudades. Minha deusa interna de salto e espartilho, estava saindo de um sono profundo. Excitada e exaltada por sentir as sensações prazerosas que somente ele poderia proporcionar.

Saudades dos carinhos. Saudades dos beijos. Saudades de Edward.

- Maggie está dormindo profundamente, ela dorme com as luzes apagadas? – perguntou entrando no quarto e fechando a porta.

- Ela dorme com as luzes apagadas – respondi do outro lado do quarto, confusa, amedrontada, furiosa com seu comportamento tranquilo. Como se vivíamos essa rotina todas as noites.

- Perfeito! Ela é demais – sorriu orgulhoso, desabotoando sua camisa – vou tomar um banho, onde estão as toalhas? – pediu, soltando a blusa de dentro de sua calça, ao mesmo tempo retirando os sapatos com os pés.

- O que está fazendo? Que merda que está acontecendo aqui Cullen? – perguntei sentindo minha respiração ofegar, quando atirou sua camisa no chão ao seu lado, ficando com o peito completamente desnudo.

- O que acha que está acontecendo? Eu tive um dia de merda Isabella. O que você acha heim? Descubro que fui enganado... que mentiram para mim. Que fui usado em  uma  armação que afastou de mim a mulher que amava e minha filha – rosnava encarando-me com os olhos brilhantes, aproximando-se de mim á passos lentos e calculados, fazendo-me com que meu corpo fosse prensado na parede – eu só quero um fodido banho.

- Nós... nós precisamos conversar.. isso é loucura! – gaguejei, sentindo seu corpo colado ao meu.

- O que quer saber? Quer saber como eu passei três anos procurando por você, exaustivamente? Que vivi uma vida de mentira acreditando que nosso relacionamento havia sido uma farsa, quando o que na verdade eu estava vivendo uma farsa?  Que tudo  em minha volta era um jogo maldito, e eu era uma peça dele?  Que nas últimas horas eu descobri que a única coisa real, nessa fodida vida é uma garotinha que dorme no quarto ao lado, e você escondeu isso de mim – acusou, causando dor em meu peito.

- Não me acuse dessa maneira! – retruquei irritada – não foi só você que viveu uma farsa Edward. Eu sofri tanto ou mais que você! Tudo o que eu fiz, foi proteger nossa filha, desse seu mundo asqueroso! – esbravejei, cutucando seu peito desnudo.

 –Você não somente “protegeu” Maggie do meu mundo Isabella, você  me excluiu de sua vida! QUE DIABOS PENSAVA QUE ESTAVA FAZENDO? – gritou, aproximando-se ainda mais do meu rosto. Os olhos ardendo de raiva.

- NÃO GRITE COMIGO! A CULPA É SUA! SUA! – chorei, batendo em seu peito, deixando todas as emoções represadas do nosso reencontro, do seu encontro com Maggie explodirem do meu peito – você tinha que ter me protegido... você me prometeu... prometeu – solucei, sentindo seus braços ao meu redor – eu fiquei tão perdida.. tão sozinha ... eu não tinha ninguém... você ... você ..tinha me traído.. eu..

- Eu nunca traí você! – rosnou, erguendo meu queixo em sua direção – foda-se Swan, eu nunca enganei você! Nunca dei motivos pra pensar isso!

- Como ousa Edward? – disse irritada, soltando-me dos seus braços – Você sempre  escondeu sobre sua vida, sobre o que fazia na universidade. Pensa que eu não sabia sobre as “festas” nas fraternidades? Sobre as “inicializações” que todos esperavam á partir de você! – acusei, notando seu corpo retesar, e seu rosto empalidecer – Sim meu querido – sorri com escárnio – eu sempre soube de tudo! Ou você pensa que as vagabundas não iriam fazer questão de me contar, para lembrar-me de quão diferente nós éramos e quão patética eu era por pensar que alguém como eu poderia ficar com alguém como você!

- Mas você nunca disse nada.... você....

- Não! Não Edward.. eu nunca comentei nada! Porque eu queria acreditar em você! Em nós. Eu queria provar que eu podia ser a garota confiante, a mulher que você acreditava que eu fosse. Digna de uma Cullen. E não uma pobretona, idiota, insegura como uma menininha indefesa. Eu queria poder mostrar que eu era forte. E cada vez que eu ignorava os vários comentários que eu escutava, eu ficava feliz comigo mesma por capaz de fazer isso, sem questionar você. Mas isso não mudava o fato de que essas fofocas machucavam.  Doía demais Edward... e quando... quando....

- Você entrou no apartamento e pensou que eu estava com Tanya acreditou em todas as mentiras – concluiu por mim, fazendo com que eu fechasse os olhos e confirmasse com um aceno. Como se assim, eu pudesse apagar a visão de minha mente.

- Nós ficamos separados por isso? – pediu incrédulo – Ficamos longe um do outro por causa de suas inseguranças e por fofocas?

- Vá á merda Edward! VOCÊ NÃO SABE O QUE EU PASSAVA! COMO ERA DIFICIL PRA MIM! – gritei, batendo em seu peito, as lágrimas novamente, inundando meu rosto.

- NÃO! VOCÊ É QUE NÃO SABE COMO FOI PRA MIM! VOCÊ NÃO TEM IDEIA DE COMO FOI CHEGAR EM NOSSO APARTAMENTO E DESCOBRIR QUE VOCÊ HAVIA IDO EMBORA ... SEM MOTIVO, SEM BRIGAS, SEM  NADA!. VOCÊ ME DEIXOU NADA! APENAS A PORRA DE UM BILHETE! – gritou, sacudindo meu ombro, e em seguida puxando-me para seu peito com força – Deus! eu morri naquele dia! Nunca me senti tão fraco... você não entende – continuou, puxando-me novamente meu rosto em sua direção, as duas mãos segurando minha face húmida – eu fiquei impotente sem você. Fiquei tão perdido.. eu nunca me havia me sentido assim, você sumiu, simplesmente sumiu... – repetiu, contendo um quebra em sua voz – eu procurei você por toda á parte. Procurei por você pelo mundo... e Deus.. eu não poderia te encontrar – lamentou, colando sua testa na minha – Eu... eu tive medo – confessou, fazendo com que meus olhos derrubassem mais lagrimas. Eu conhecia Edward o suficiente para saber que essa confissão, essa demonstração de fraqueza, era muito difícil. E estranhamente, enfureceu-me vê-lo dessa forma.

- Eu sinto muito.... – chorei em seus braços.

- Nós não somos culpados... não por isso! Nós fomos usados! E eu vou descobrir quem fez isso para nós Isabella... você  vai ficar ao meu lado – pressionou, fazendo com que eu soltasse meu corpo do seu em um movimento brusco, negando com a cabeça.

- Nós... não podemos... passou muito tempo.... nós....

- Não comece com isso! – rosnou, apertando seu nariz com a ponta dos dedos. – Nós pertencemos juntos!
- E não sei o que faço - respondi, girando meu corpo em sua direção – Não é tão simples assim Edward... mesmo que nós descobríamos á verdade... existem tantas outras coisas... e quanto mais eu penso nisso, mais eu me pergunto se eu faria tudo diferente. Quando eu penso no passado a única coisa que me vem á mente é que todos os sentimentos estavam muito confusos entre nós e nem todos eram recíproco.. Nós deixamos que isso acontecesse entre nós Edward... eles não são culpados, mais do que nós mesmos - murmurei com a voz embargada. - Se não tivéssemos nos afastado naquela época.. se tivéssemos conversado mais um com o outro.. todas essas mentiras nunca teriam efeito.
- ISSO É BESTEIRA! - gritou, exaltando-se novamente - VOU MATÁ-LOS BELLA... ACREDITE NISSO... Você fala... droga.. você fala como se nós dois fossemos culpados por nos separarem... foi fácil para você não é?  Foi fácil seguir com sua vida e me esquecer.. - acusou com raiva e angustiado, inflamando o fogo dentro de mim.
- Você continua o mesmo bastardo arrogante de sempre - apontei, chorando deixando as emoções fluírem – Se você soubesse ... – suspirei profundamente, tentando limpar as lagrimas do meu rosto - se soubesse de todas as noites perdidas que passei pensando em você - sorri com escárnio, confessando os meus mais profundos segredos - passei horas pensando em você, querendo te ter do meu lado, mesmo sabendo que isso não se passava de meras ilusões feitas pela minha cabeça, mas eu não conseguia, eu não passava um minuto sem pensar em você, sem te imaginar do meu lado. Não queria sentir o que sentia, ser como era. Fraca, patética! Eu precisei de muita coragem para sair do buraco em que me encontrava, precisava me agarrar a algo e subir, não queria errar ... mas errei - assumi, me referindo á nossa filha.
- - Errou.... - rosnou, colando seu corpo ao meu novamente, prendendo meu queixo em sua mão com certa pressão - e eu quero esses erros reparados Isabella... todos eles... os culpados por nossa separação irão pagar por isso.. e depois.. você vai me pagar, por cada minuto que esteve longe da minha vida, por cada tormento que sofri nos últimos anos.. e enquanto estiver fazendo isso, você vai preencher minha vida com cada sensação que tirou de mim como pai, começando pelo prazer de eu poder passar a mão em seu ventre inchado com nosso filho.... eu quero você grávida... eu quero passar por isso, e quero agora! Eu não vou sair de sua vida novamente, tão pouco da vida de nossa filha.
- Você está louco? – perguntei aterrorizada com suas palavras. Grávida? Juntos?
- Sou louco por você! Eu sempre fui louco por você! – confessou deixando-me de pernas bambas – Eu não sou idiota Swan. Eu sei que uma parte de tudo que aconteceu é culpa minha, pois você era a única pessoa que eu não gostaria de magoar, porém, na maioria das vezes sempre foi inevitável. Eu me sinto horrível só de pensar o quanto eu te machuquei, não queria te causar nenhum sofrimento, me desculpe. Por favor, perdoe-me por minhas falhas, minhas omissões, minhas mentiras. Eu tentei te proteger do meu mundo, e não soube te fazer feliz. Quando você se foi, tudo mudou. Meus dias se tornaram escuros, sem vida, porque você levou tudo com você. Acabei por me tornar  uma pessoa que não sinto orgulho de ser. Mas hoje você está aqui! E eu preciso ser eu preciso ser alguém para Maggie. Eu quero ser o príncipe que ela espera que eu seja Isabella. Não tire isso de mim. Não deixe que eles ganhem. Eu não vou permitir isso!
- Edward...
- Não tenha medo... eu sei... eu posso sentir você –sussurrou, aproximando seus lábios nos meus – eu sei que você não se esqueceu como éramos bons juntos baby... nós somos uma merda separados, mas somos invencíveis juntos.
- Edward...
- Não! ... eles não irão vencer Swan – cortou-me, puxando meu cabelo pela nuca, seus lábios tão próximos aos meus, que eu podia sentir seu hálito mentolado em minha face, irradiando meu corpo de desejo – Não irão vencer aqueles que nos separam, nem outros que estão tentando tomar o que é meu – rosnou, encostando sua boca na minha, sugando meu lábio inferior com força -  é melhor que Tylor se afaste! Você é minha Isabella! E que Deus te ajude se houve outro homem em sua vida! – ameaçou, acendendo a chama de ciúmes feroz dentro de mim. Como ele ousava?
- Passaram homens na minha cama, na mesma proporção que as vadias na sua! – rosnei, mordendo seu lábio com força, fazendo sangrar.
- Foda-se você me mordeu? – pediu incrédulo, pressionando meu corpo com força na parede. Sua ereção maciça, cutucando minha barriga – Eu quero foder você!
- Você.Não. Vai. Tocar. Em..Mim! – pontuei furiosa. O ciúmes me consumindo a ponto de loucura. As fotos nos jornais, as revistas.. todas as lembranças me enlouquecendo, nublando o real sentido de nossa conversa.
Eu queria bater em Edward. Acabar com seu sorriso torto no tapa.
- Sobre o que você leu sobre as outras mulheres.....
— Não! — gritei, curvando meu corpo para afastar-me dele — acredite em mim Cullen, quando digo que não quero ouvir nada sobre elas.
— Não, acredite em mim: você vai querer ouvir quando lhe disser que nada aconteceu com elas – falou fazendo com que vagarosamente olhasse novamente em sua direção.
 - É verdade baby — disse suavemente, se aproximando de mim. Seu rosto colado ao meu. — elas não eram você. Não passavam de companhias para os eventos sociais, eram sempre filhas de amigos do meu pai, e eu não queria nada além disso. Algumas delas eram muito orgulhosas para admitir que eu não as levava para a cama, então, minha reputação de amante cres­ceu por causa das mentiras delas. Eu nunca tive outra melhor depois de você – confessou, deixando-me de pernas bambas – foi sempre você...

- Edward.... – murmurei, contendo a dor aflita em meu peito. Querendo-me apegar ás palavras, como salva vidas, mantendo-me de me afundar em um mar de angustia e dor.

Eu havia sofrido tanto em cada imagem.

- Não ... deixe-me terminar isso – pediu aflito, passando as mãos pelo cabelo - Porque mesmo que a gente não estivesse juntos, mesmo que eu tenha dito e feitos coisas erradas, e mesmo que estivesse perdido com seu desaparecimento, eu sabia Bella...  o que a gente construiu foi diferente de qualquer coisa que eu já senti. E eu só posso dizer que depois de todos esses desencontros, depois de todas nossas discussões e tempo perdido, não tem nem um pedacinho de mim que seja capaz de negar o que eu ainda sinto por você... eu te amo Bella... eu nunca deixei de te amar – confessou me desarmando completamente – Você pode me chamar de arrogante, convencido... mas eu sei que você me ama. Eu sei que você ainda é minha – continuou, aproximando-me de mim novamente – e eu tenho certeza que ninguém tocou em você... eu não posso acreditar nisso... me diz se estou errado... –pediu sério, e no fundo eu podia novamente sentir o medo e a derrota em sua voz.
Eu sabia que o estava prestes á confessar, iria inflar ainda mais o ego de Edward. Que provavelmente com minha resposta, estaria me entregando novamente em suas mãos. Mas o fato era que muitas mentiras já haviam sido contadas. Eu acreditava em Edward, e acreditava que ambos tínhamos sido vítimas de uma grande manobra para nos separar, e eu precisava saber a verdade. Toda a verdade. E para isso eu não podia estar longe de Edward.
Muitas situações me separavam de Edward no momento. Tínhamos o processo em andamento, algo que poderia nos separar em definitivo, mas no momento, pela primeira vez em três anos, eu iria deixar meu coração dominar minha razão.
Eu devia isso a Maggie. Devia isso a mim. Devia á Edward.
- Eu nunca estive com ninguém Edward.... sempre foi você! – confessei, sendo interrompida por seu beijo devastador. Repleto de saudades, luxúria, arrependimento e amor.

 “Há momentos na vida em que a sobrecarga de informações pode fazer com que seja impossível pronunciar palavras.”


CNY - Capítulo 043/02


Capítulo 043/02- “ PLÍNCIPE”  E PRINCESA.

Edward– POV

Os pequenos bracinhos estavam entrelaçados em meu pescoço em um apero de morte. Tão fortemente quanto seu corpo frágil permitia.

Minha mente estava em Overdrive.

Eu não conseguia assimilar meus pensamentos de forma organizada. Não quando tinha em meus braços um pedaço de mim. Outro ser humano que tinha meu sangue correndo por suas veias. Uma parte de mim que, foi associado eternamente com a mulher que amava.

A mesma mulher que nos observava com lágrimas escorrendo pelo rosto, que ostentava em sua face uma careta de dor e pesar.

Eu queria odiá-la. Queria ter a capacidade de destilar meu veneno, de poder direcionar toda a frustação que sentia em sua direção, mas sabia que apesar de todas as circunstâncias estaria cometendo mais um erro. O que havia acontecido conosco, e se minhas suspeitas fossem confirmadas, Bella não tinha feito nada além do que se proteger. Eu sabia que não havia sido o melhor dos namorados, que nosso relacionamento não era um conto de fadas, e que meu mundo muitas vezes se fez presente em nossa relação. Que minhas mentiras, minhas omissões, na tentativa de proteger nosso relacionamento, foram na verdade o combustível para sua desconfiança, seu medo e quem sabe até sua fuga. Eu não era hipócrita. Eu sabia que apesar de ter demonstrado á Bella que era fiel á nós, meu passado, minhas atitudes e a influência do mundo que me cercava havia contribuído para isso.
Vivíamos em um jogo e apesar de dominá-lo, eu falhei em não ensiná-la a sobreviver á ele. A armação contra nós, porque eu acreditava nisso ainda mais a cada momento, era a prova disso.

Acima de tudo, ao abraçar minha filha, da forma como se nunca tivéssemos nos separado, eu não podia negar que Isabella, apesar de sua mágoa, mesmo que motivada ou não, havia protegido nossa filha e  nunca foi leviana em minha memória para com ela.  Era óbvio que Maggie me amava. Ela me reconhecia como seu pai, e me amava.

E inacreditavelmente eu devia isso a Bella.

A parte raivosa e egoísta de mim. Uma parte com sede de vingança desejava por um momento que realidade não fosse exatamente assim, que se talvez nossa filha não me reconhecesse eu poderia direcionar minha raiva em sua pessoa e se livrar do sentimento angustiante da falta de respostas que me consumia.

Da espera por vingança. Uma espera que se tornava insuportável a cada segundo.

- Mamãe.. meu papai está aqui! – sorriu minha menina, animada e pulando em meu colo. Completamente diferente de minutos antes.

- Eu sei bebê – sorriu, enxugando as lágrimas do seu rosto, caminhando em nossa direção – você se sente melhor meu bem? – perguntou acariciando seu cabelo.

- Eu nunca vou ficar mais doente, meu papai chegou – respondeu, fazendo-me sentir um aperto no meu peito.

- Papai está aqui - confirmei, percebendo seu olhar em minha direção, como se aguardando a confirmação de não iria embora novamente – para sempre princesa, eu prometo – jurei, encarando Isabella, a deixando saber desde já que jamais iria se livrar de mim novamente – Para sempre Isabella. – ressaltei diretamente.

- Nós ainda temos que conversar Edward... nada mudou ...

- Tudo mudou! Nunca deveria ser diferente a princípio – cortei, sentindo meu corpo retesar, com Maggie em meus braços. Isabella só poderia estar insana de sequer cogitou algo diferente.

- Papaizinho... vamos pala casa? Isso dói – choramingou mostrando o soro em seu braço que por seus movimentos estavam com uma sobra de roxo, deixando-me irritado.

- Nós vamos princesa.. papai vai mandar tirar essa mer.... essa porcaria de você! – engasguei fazendo-a rir e Bella bufar.

- Ohhh... papai vai ficar com a língua pleta mamãe? – perguntou, batendo a mãozinha na boca, segurando o riso.

- Língua preta? – perdi curioso

- Você disse palavra proibida Edward. Quem fala palavra feia, fica com a língua preta – explicou Bella, cerrando os olhos em minha direção.

- Ohh... desculpe princesa .. está preta? – perguntei á Maggie mostrando a língua em sua direção, fazendo com que eu fosse agraciado com sua gargalhada doce e estridente, corando as bochechas como sua mãe.

- É nessa “torre” que temos uma princesa doente? – perguntou o médico, adentrando o quarto.

- Eu já salei, meu papai chegou! – disparou, passando novamente os braços em meus pescoço enquanto me levantava – você pode tilar isso? – pediu estendendo o braço com a agulha.

- Seu pai? – perguntou confuso, caminhando em nossa direção, alternando seu olhar entre Bella e eu, enquanto soltava o soro de Maggie e fazia um curativo, fazendo com que todos meus instintos ficassem em alerta.

- Papai plíncipe – respondeu inocentemente, acariciando minha mandíbula com a mão livre.

- Olá Tyler! – cumprimentou Bella, sorrindo timidamente em sua direção, enquanto ficava ao lado de Maggie, segurando o algodão em seu braço, fazendo com que uma minha memória fotográfica piscasse em minha mente como faróis de alerta.

- TYLER CROWLER – disse alto, encarando sua face, enquanto as primeiras informações sobre Bella inundavam a minha mente. O maldito ex-namorado.

Minha. Minha família.

- Humm.. prazer... nós nos conhecemos? – perguntou, estendendo a mão em minha direção, fazendo-me repetir o gesto com certa pressão.

- Edward Cullen – respondi, notando sua face alterar brevemente. Primeiro com o  reconhecimento, e em seguida com  desafio.

Bastardo morto!

- Sim..certo... – murmurou, olhando o gráfico de Maggie – ela está bem Bella...

- Isabella – cortei. Que porra de intimidade era essa?

- Nome da mamãe – confirmou minha menina, unindo as sobrancelhas em desaprovação, quase  me fazendo rir.

Não tinha como negar que Maggie era minha filha.

- Certo princesa – disse Tyler sem graça

- Só o papai me chama de plincesa...  não é papai? – perguntou, segurando meu queixo em sua mãozinha.

- Maggie! – ralhou Bella ao nosso lado.

- Ela está certa! – confirmei dando de ombros, e beijando sua bochecha gorda, notando seu olhar sorridente em minha direção. Minha menina estava no meu time e eu iria me aproveitar disso.

- Cristo – murmurou Bella, sacudindo a cabeça – Ela está de alta Tyler?

- Sim... Be..Isabella – respondeu o não desejado sem graça – aqui está a lista de antibióticos que ela vai ter que tomar por mais alguns dias, eu já agendei seu retorno para o final do mês está bem? – explicou entregando a papelada em sua mão.

-  Papai - sussurrou Maggie encostando sua cabecinha  em meu pescoço - ele quer ser namolado da mamãe... não pode.. não é? - perguntou fazendo com que um rosnado rompesse em meu peito - LEGAL!.. faz esse balulho que ele corre papai - ela gritou animada, erguendo o rosto em minha direção, fazendo-me suprir um riso, que morreu no mesmo instante que observava o desgraçado colocar as mãos no braço de minha mulher...

 – Eu hummm.. ligo para você depois – avisou beijando sua bochecha – Fiquei bem Maggie – comentou passando a mão em seu cabelo levemente, já que sua cabeça estava escondida em meu pescoço mais uma vez

- O que foi isso Edward? – perguntou Bella no momento seguinte

- Isabella... você não quer discutir isso em frente á nossa filha – avisei irritado – vamos para casa.

- Casa?..O quê?... Maggie e eu vamos para nossa casa – respondeu confusa, tentando pegar nossa filha do meu colo

- NÃO.. PAPAIII... PAPAI PLÍNCIPE..PAPAI... – gritou, começando a chorar, se possível se agarrando ainda mais em meu corpo.

- Shhh.... princesa... shhh.. papai está aqui... eu vou com você está bem? Mamãe ficou confusa – confortei, olhando mortalmente para Bella – Vamos para nossa casa Isabella – avisei, deixando bem claro que;  onde quer que elas estivessem, eu estaria.

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 - Papai plíncipe vc gosta desse filme? - sussurrou, deitada em meu peito, enquanto nós dois estávamos confortavelmente deitados no sofá, para o desespero de Bella que me encarava incrédula da cozinha.
- Papai não sabe princesa.. eu nunca assisti... - murmurei, beijando seu cabelo perfumado, aconchegando ainda mais seu corpo no meu.
- Olha..olha - bateu palminhas apontando para a TV e depois girando o seu corpo, olhando-me nos olhos, repetindo exatamente as mesmas falas que o filme , sem olhar para a tela da TV.
Pumba: Talvez você precise de uma nova lição. Repita comigo: Hakuna Matata. Simba: O quê?
Pumba :Hakuna Matata. Significa sem preocupações
Timão: 2 palavras que mudarão a sua vida!
- Repete papai... Mamãe falou que Hakuna Matata é igual Eu te Amo.. você me ama? - perguntou baixinho, passando a mão em minha camisa - polque eu te amo papai... mamãe semple me  falou que você ia me amar  - murmurou, brincando com o botão de minha camisa.
- Eu te amo princesa... te amo muito - murmurei com a voz embargada mais uma vez, acariciando suas bochechas rosadas.
- A mamãe também te ama... ela falou no sonho - sussurrou com os olhos brilhantes - ela não sabe que eu escutei - disse ainda mais baixo, como um segredo - fazendo com que meu olhar caísse diretamente em Bella, que terminava de arrumar a louça na cozinha - você ama a mamãe também? - perguntou, mais uma vez com a face triste, fazendo com que meu peito de apertasse ainda mais de emoção. Eu podia estar muito bravo com Isabella. Poderia ainda sentir o desejo de estrangular seu pescoço e sacudir seu corpo com raiva de todos os anos perdidos... mas eu não podia negar que ela ainda era dona do meu coração...
- Eu amo princesa.... – sussurrei em seu ouvido, fazendo-a rir.

- Papai – sussurrou sonolenta alguns momentos depois, com a cabeça em meu peito.

- Princesa Maggie – sussurrei de volta, acariciando seu cabelo e começando a cantarolar uma música antiga.

- Dança comigo papai – pediu fazendo bico, com os olhos pesados de sono.

- Ela ainda gosta de balançar no colo quando está com sono – explicou Bella ao meu lado, notando minha cara de confusão, sentando-se na poltrona, fazendo com que eu levantasse do sofá com Maggie em meu colo, girando lentamente com ela pela sala, enquanto cantava baixinho em sua orelha – O que foi Bella? – perguntei momentos depois, quando notei seu choro silencioso.

- Isso.. – apontou para nossa filha em meu colo – Deus.. Edward... eu.....

- Me aguarde... vou colocar nossa filha na cama – pedi, dirigindo-me ao corredor – Bella!.. – chamei, ao chegar á porta do quarto de Maggie – me espere em nosso quarto! – ordenei, notando seu rosto empalidecer – temos muito que conversar.


CNY - Capítulo 042/02


Capítulo 042/02-   RECONHECIMENTO.

Bella– POV

Meu corpo tremia. Minha mente estava entorpecida. As palavras de Edward gerando pânico em minha mente ...

Armação.
Seria possível que tudo não tivesse passado de uma armação? Uma manobra para nos separar? Edward nunca havia me traído?

- Eu não traí você! - disse baixo como se pudesse ler minha mente, tirando-me dos meus devaneios, enquanto  nos dirigia ao hospital.

- Isso é o que você diz – murmurei, olhando pela janela, sem encontrar seu rosto – eu estava lá! Eu avistei as roupas espalhadas pelo chão, eu escutei seus gemidos através da porta Edward, eu não inventei tudo isso! Não subestime minha inteligência – retruquei, irritada comigo mesma.

- Não subestimar sua inteligência? – rosnou, batendo a mão no volante – certo. Devo então presumir que você estava drogada, ou completamente fora de sua mente! – zombou.

- Não me compare com você Cullen – esbravejei irritada – eu nunca usei drogas e muito menos fiquei “alta” para ter alucinações. Eu sei muito bem o que vi.

- E o que você viu?- perguntou, parando no sinal vermelho, olhando em minha direção – Tanya chupando meu pau? Eu fodendo seu rabo de quatro?

- Você é nojento! – respondi irritada. O ciúme feroz me corroendo com a cena se formando em minha mente.

- Me responda porra! Se eu estava lhe traindo, se você realmente escutou que minha voz enquanto eu a fodia, então você deve ter visto isso e pode me detalhar tudo porque definitivamente não me recordo dessa merda, e para que eu fizesse isso com você, com certeza deveria estar completamente drogado, o que me intriga porém, é que desde que estávamos juntos eu nunca usei qualquer coisa ou sequer me embriaguei, eu fiz essa promessa á você e nunca a quebrei.  Então me ilumine porra! me diga Isabella, me dê detalhes desse dia, porque eu posso estar precisando de um médico para a minha fodida mente! – perguntou, alterando-se. Encarando-me com um misto de raiva e pesar, alimentando um sentimento crescente dentro de mim.

- Eu não entrei no quarto – confessei, com a voz contida. Segurando minha raiva, minha frustração comigo mesma.

- Você não entrou no quarto – repetiu descrente, seguindo o fluxo do transito – Você foi embora de minha vida, levou minha filha porque você não abriu uma porta – murmurou como se fosse consigo mesmo, apertando fortemente as mãos no volante, tentando conter sua fúria.

- O que você queria que eu fizesse? – estourei, girando meu corpo em sua direção – eu estava assustada com a gravidez, temorosa por sua reação, e ao mesmo tempo mais feliz e animada como jamais havia sido em minha vida. Eu estava com medo. Medo de que você não quisesse isso, e enxergasse isso da forma que todos iriam; a menina simples, que estava dando o golpe da barriga no herdeiro Cullen – tentava explicar, sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto – eu estava aflita por seu sorriso, necessitando de seu abraço me confortando e dizendo que tudo iria ficar bem, que você me amava, e que não pensava isso de mim, e quando eu cheguei em nosso canto, tudo que eu podia ver e ouvir, era você me traindo, destruindo meus sonhos, alimentando meus medos e me dizendo quão tola e idiota eu havia sido por acreditar que poderia fazer parte do seu mundo – solucei.

- Você não podia fazer parte do meu mundo Isabella – murmurou estacionando em frente ao hospital – você era meu mundo – completou, girando o corpo em minha direção – eu lhe mostrei várias vezes que você era tudo para mim, e você nunca acreditou nisso. Você deixou suas inseguranças, seu preconceito contra você mesmo, ter o melhor de você, bastava você cruzar um obstáculo.... um pequeno atravanco e você veria toda a verdade. Eu não sei que porra que estava acontecendo atrás daquela porta Isabella. Eu não faço ideia do que aconteceu naquele apartamento, tudo o que sei, é que a mulher que eu amava sumiu de minha vida sem deixar qualquer vestígio...

- Eu também não sei mais o que acontecia naquele quarto – cortei, encarando seus olhos – você me diz que não era você e eu posso ter cometido o maior erro de minha vida Edward, mas serei maldita se vou assumir essa culpa sozinha.  Você tem razão em dizer que meus medos tomaram o melhor de mim e talvez eu devesse ter confiado mais em mim mesma e aberto aquela porta, mas se minhas inseguranças existiam, elas foram causadas por você!, por seus segredos obscuros, suas omissões, suas mentiras que mesmo “inocentes” , e com o intuito de me proteger, foram o combustível para alimentar o fogo da  minha insegurança e dos meus medos. Portanto não pense que você pode aparecer aqui depois de três anos, e tentar bancar a vítima e desferir em mim suas frustrações e acusações, porque se, e eu digo “se” tudo isso foi uma armação, eu sou tão vítima dessa situação quanto você e acima de tudo, hoje não são somente nossos sentimentos ou nossas angustias que contam, temos Maggie, se um erro foi cometido aqui ela é a maior vítima. O mundo vai para o inferno, antes que eu deixe algo ou alguém machucar minha filha Cullen – avisei séria.

- Nossa filha! A filha que você escondeu de mim – rosnou irritado.

- Porque eu precisava proteger ela do seu mundo – retruquei – você me feriu, e meu único raciocínio logico naquele momento era proteger minha filha e a mim mesmo de você! Me condene por isso!  - respondi irritada com seu tom de voz.

- Sua condenação já chegou Isabella! Eu posso ver a lógica por trás do seu raciocínio, mas isso não altera o fato de que me o convívio com minha filha. Eu posso até me  comover com suas razões, me colocar em seu lugar, mas não vou aceitar suas desculpas ...

- Não estou pedindo desculpas ..- cortei novamente, cerrando os olhos, enquanto ele fazia o mesmo em minha direção, o verde de seus olhos, escurecendo-se de ira e luxuria. Nós dois já tínhamos estado muitas vezes no passado nessa “dança” por poder, sobre um querendo dominar o gênio do outro, que por diversas vezes, serviu como preliminar para horas de sexo selvagem, e tomando por base seus olhos dilatados, a respiração ofegante e o bater disparado do meu coração, eu podia apostar que seus pensamentos se assemelhavam aos meus.

- Maldição Isabella! Não me olhe assim! Não me desafie, não faça com que meu desejo de te foder seja ainda maior do que minha raiva – ameaçou com a voz rouca, enviando arrepios pelo meu corpo, acendo-me de uma forma que há anos não sentia e somente ele poderia fazer – eu conheço seu corpo – começou, prendendo minha nuca com sua mão, puxando-me com força em sua direção – eu posso sentir seu cheiro, aposto que se eu colocar meus dedos em suas dobras você vai estar molhada e pronta pra mim – sussurrava em minha bochecha e mandíbula, deixando um rastro molhado de seus lábios em minha pele – e para seu “bem” espero que ninguém tocou no que é meu Swan, – ameaçou soltando-me do seu aperto, deixando-me completamente perdida em uma onde de luxuria – vamos ver nossa filha! – chamou, abrindo a porta do carro, me deixando sem palavras – depois nós dois vamos terminar essa conversa.

Maldito.

- O que Maggie sabe sobre mim? – perguntou nervoso, pela primeira vez dando-me um pequeno vislumbre de insegurança do Edward por quem tinha me apaixonado na universidade.

- Ela sabe tudo sobre você Edward – respondi com pesar parando em frente ao quarto em que Maggie estava com Maria nos aguardando, sentindo-me na obrigação de confortar sua angustia – o que eu disse á você é a verdade – continuei, segurando sua mão na minha, olhando em seus olhos – tudo o que eu fiz, foi na intenção de proteger ela do seu mundo, mas nunca de você. Posso não ter confiado em muitas coisas, mas nunca iria mentir dessa maneira. Ela conhece seu rosto, e acredita sinceramente que você é o príncipe encantado....

- Onde ela pensa que eu estava esse tempo todo? – pediu aflito.

- Viajando á trabalho – suspirei, sentindo meu coração palpitar – ela pensa que você é muito importante e precisou viajar o mundo. Ela sempre soube sobre você! Ela te ama como deveria ser, eu nunca falaria mal de você á ela Edward, eu gostaria que você soubesse disso – disse sinceramente.

- Eu queria te agradecer por isso mais não posso – respondeu mais calmo, deixando-me angustiada – Não hoje pelo menos – completou, dando-me um breve vislumbre de seu sorriso torto.

- Não hoje.... – murmurei

- Não hoje – confirmou – nós temos muito          que conversar Bella, mas nesse momento, eu preciso demais encontrar com minha filha.

- Okay.... só... só cuidado com o que você fala... Maggie... Maggie é inteligente demais para nosso próprio bem...

- Parecida comigo! – declarou orgulhoso, fazendo-me revirar os olhos. Mal sabia ele, como ele estava certo.

- Sim Edward... parecida com você! Exatamente sua cópia – confirmei, notando pela primeira vez um sorriso sincero cruzar seu rosto – Vamos – chamei, abrindo a porta – Olá!..tem alguma princesa dodói por aqui? – perguntei, entrando no quarto, notando seu corpo pequeno sentado  na cama.

- Mamãezinhaa.... – chamou minha menina, estendendo os bracinhos em minha direção – polque voxe demolou? Meu blaço tá dodói – choramingou manhosa, apontando a agulha com o soro em seu braço.

- Ohhh..meu bebê... vai passar logo meu amor, assim vamos poder ir para casa e brincar de salão de beleza okay? – respondi, abraçando seu corpinho ao meu, minha voz embargada. Odiava que ela estivesse sofrendo – Maggie? – chamei quando não respondeu ao meu comentário sobre a brincadeira, buscando seu olhar, apenas para encontrá-los fixados em Edward.

- Mamãeee... – chamou, começando a chorar.

- Shhh.. bebê.. mamãe está aqui... o que foi querida? – perguntei aflita, começando a me questionar sua presença.

- Papai plíncipe está aqui? – sussurrou em minha orelha.

- Ele está meu bem... veio correndo quando soube que você estava dodói – tentei explicar da melhor maneira possível.

- Ele não plecisa viajar no mundo mais? – murmurou, ainda encarando a figura masculina, parado á porta, com os olhos cheios de lágrimas.

- Não princesa.. papai não vai mais viajar no mundo – ele respondeu por mim, tomando á frente da situação.

- Pla semple? – perguntou agitada, soltando-se dos meus braços, encarando-o de frente.

- Para sempre princesa – sorriu, andando em sua direção, fazendo com que eu desse um paço para o lado fora da cama – você é tão linda – venerou sentando no lugar on estava, acariciando seu rosto, com a ponta dos dedos, trazendo lágrimas aos meus olhos.

- Você é mesmo um plincipe papai – sussurrou Maggie, imitando seu gesto. Ambos se acariciando como se tocassem algo muito precioso – Papai.... meu papaizinho.. – chorou minha menina, colocando os bracinhos ao redor do seu pescoço, tão apertado, quanto seu pequeno corpo permitia – eu te amo papai – soluçou em seu ombro.

- Eu te amo Maggie... – respondeu Edward, liberando suas próprias lagrimas – Minha princesa..