Capítulo 026/01
– ARMAS DO INIMIGO OCULTO.
Emmett – POV
Minha
mente estava confusa. Eu nunca havia sentido tanta repulsa em direção á Edward.
Como
ele ousava? Como podia jogar quinze anos de amizade no lixo por uma mulher
qualquer? Logo eu que sempre havia sido seu amigo, confidente, parceiro fiel.
Suportado e entendido seus devaneios e surtos? Como ninguém eu tinha estado ao
seu lado em todos os momentos por quase uma vida, nossas viagens, nossas
farras, as festas.. tudo.. tudo deixado de lado por causa de uma pobre sonsa
que pensava que podia pertencer ao seu mundo.
-
FODA! – gritei batendo á porta da fraternidade – SAIAM DA MINHA FRENTE BANDO DE
FILHOS DA PUTA! – berrei, notando que alguns caras me olhavam assustados da
sala e subi as escadas em direção ao meu quarto, para dar de cara com James e
Victória em minha cama – SAIAM! – gritei nervoso - Porra! Você não tem um
quarto James! – esbravejei irritado. Eu não queria conversar com ninguém,
apenas ficar sozinho.
- Ow!
– respondeu James, empurrando Victória do seu colo – Que bicho te mordeu?
- Não
lhe interessa – bufei- que porra está fazendo no meu quarto James? – pedi
notando que Vicky estava semi nua.
-
Calma cara! Meu dormitório estava ocupado e eu estava querendo ficar um pouco a
sós com minha gata – tentou justificar.
-
Você queria é minha bebida do caralho – esbravejei, notando-a pegar algumas
cervejas no frigobar.
-Não
tenho culpa se toda a mordomia está no seu quarto – respondeu dando de ombros,
pegando a cerveja da mão da ruiva.
-
Relaxe grandão – ronronou Victória, andando em minha direção, oferecendo-me uma
latinha – Venha! vamos nos divertir um pouco, logo Tanya está chegando com mercadoria boa – piscou passando a mão
em meu peito.
“Eu alertei você que Rosalie havia voltado, e que você
deveria deixar de lado essa vida vadia, de noitadas regadas a sexo e drogas, se
quisesse ter uma chance com ela”. – era a voz de Edward
em minha mente, como se tivesse me alertando mais uma vez.
- Cara...
James.. por favor saia! – pedi fechando os olhos, no exato momento em que Tanya
entrava no quarto.
-
Emmett! Que bom que veio se juntar a nós – cumprimentou toda animada – Acabei
de pegar uma branquinha de qualidade
e tenho alguns comprimidos de mefedrona – comentou fazendo Victória bater
palmas e James pular puxando a mesa de canto para o centro.
“Essa
merda mata cara! Acaba com a vida das pessoas, já vimos muitos amigos se afundarem
nessa porra e se darem mal. Não caia nessa! “
-
Sério... saiam.. vão fazer essas merdas
em outro lugar! - pedi mais uma vez,
desviando meu olhar do saquinho de pó que James colocava em cima da mesinha.
-
Credo! O que foi Emmett? Porque esse mau humor todo? – zombou Tanya – Está
ficando careta igual Edward.
- Nem
fale! Depois que Edward começou a namorar a “perfeita” Isabella se tornou outra
pessoa. Não participa mais das festas, envia outros para cuidar de seus negócios – suspirou, sentando no colo da
James - eu já estou ouvindo várias reclamações de outras fraternidades, já
escutei inclusive comentários de que com James as coisas eram melhores –
prosseguiu Victória, fazendo-me encará-la.
- Se
Edward souber que existe traidores entre nós, não vai poupar esforços para se
livrar dele, e não pensem que eu vou fechar os olhos diante de uma traição com
ele. – Eu podia estar estremecido com Edward, podia ter minhas dissenções com
ele, mas ele era meu amigo, e não iria admitir que ele fosse enganado.
-
Você vai me desculpar Emmett – começou Tanya, sentando-se no chão ao lado da
mesa, onde James já estava dividindo com o cartão de crédito as linhas de pó –
Você defende Edward com tanta tenacidade, e agora á pouco eu o vi conversando e
rindo com Jacob e Rosalie, enquanto esperava por sua namoradinha sair da sala
de aula. Para quem o julga tão amigo, e o defende com tanto vigor, você não
acha que ele deveria estar lhe dando uma força para conquistar sua antiga
paixão? – perguntou, cheirando sua primeira carreira.
- Não
se meta em minha vida Tanya! – rosnei, notando meus sentidos escurecerem,
quando James abaixou para aspirar á droga, fazendo com que minha boca secasse
de desejo.
- Não
seja idiota Emmett... – zombou, coçando seu nariz – Você sabe que eu falo a
verdade. Edward se tornou um tolo, um fraco depois que começou a se relacionar
com Isabella. Ele mudou suas atitudes, passou de um cara que queria curtir á
vida, para um que somente pensa no futuro. Eu sei, você sabe que ele nem
precisava estar aqui. Edward tem muito dinheiro, poder, ele está no
topo da cadeia alimentar. Sabe como ninguém que ele veio para Harvard somente
para se livrar das garras de Carlisle e curtir a vida, antes de tomar á frente
dos negócios. Vocês planejaram isso por anos, e o que aconteceu logo nas
primeiras semanas? Edward conheceu Isabella e te deixou de lado, como um
estorvo que ele achou que você era – começou a destilar, aproximando-se de mim,
e tocando em meu peito – Não se preocupou com sua amizade, com sua lealdade.
Prova disso; é que sempre a coloca em primeiro lugar e desfere criticas e mais
criticas em suas atitudes. Olhe para nós – apontou ao redor – Quando foi que
passamos a ter que nos esconder em um quarto para podermos fazer nossas
festinhas? Antigamente poderíamos cheirar e beber em qualquer canto dessa
fraternidade, e agora temos que nos esconder como um bando de vermes. E não me
venha dizer que Edward proibiu porque não curte isso, você mais que ninguém sabe
que ele era o primeiro a ficar alto como uma pipa nas festas anteriores que
aparecia como convidado, ou nas boates que frequentávamos. Eu nunca fui intima
dele, mas eu podia muito bem ver o quanto ele se divertia. Todos nós sonhamos,
almejávamos o dia que o poderoso Edward Cullen viesse para Harvard, todos
acreditavam que seriam os anos de glória! E o que temos? – sorriu com escárnio
- As recordações que vamos ter, serão dos anos de fiasco. Os anos que fomos
tratados como vermes por ele e sua maldita princesinha.
- Eu
pensei que você tinha se tornado amiga de Isabella, Tanya! – zombei,
lembrando-a de como ela estava pajeando Bella nos últimos meses, enquanto Rose
estava fora.
- Eu
nunca neguei meu interesse por Edward, Emmett – confessou – E faria e faço
qualquer coisa para estar com ele, e pensei que você faria o mesmo por Rose.
-
Deixe Rosalie fora disso! – alertei.
-
Você precisa rever suas prioridades Emmett – sussurrou Victória, ao meu lado.
Eu não havia notado ela se aproximar, por isso não pude evitar que ela passasse
o dedo com cocaína em meus lábios, fazendo-me lambê-los com um desejo
desenfreado.
-
Foda-se!... – gemi, fechando os olhos quando a sensação de euforia ameaçava me
dominar.
-
Pense Emmett.. – sussurrava Tanya mordendo meu lóbulo, enquanto Victória
colocava outro dedo com pó em minha boca, tendo acesso a minha gengiva
esfregando e fazendo-me sugar seu dedo. Eu sabia que o uso do entorpecente
dessa maneira, antecipava e aumentava os efeitos em meu corpo, mas eu
simplesmente não conseguia parar – Nós podemos fazer com que tudo volte como
antes, podemos fazer com que Edward se torne novamente o cara que ele realmente
é; Poderoso, soberbo, e acima de tudo, podemos fazer com que ele comece a
prestar á atenção em você novamente – continuou, beijando meus lábios – Ele
volta a ser seu fiel amigo.
- Do
que... o que você está falando Tanya? – sussurrei, ainda de olhos fechados. O
efeito da droga, correndo por meu sangue.
- Eu
posso te ajudar a se livrar de Isabella – sussurrou de volta em minha orelha.,
chamando minha atenção.
- Eu
não vou trair Edward – disparei afastando-me – você está louca?
-
Deixe de ser otário Emmett! – começou James, puxando Victória para seu colo, e
abrindo sua camisa – Todos nós podemos conseguir o que queremos. Pense... você
pode ter Rosalie de volta!
- Ela
está com o cachorro de Jacob! – rosnei irritado.
- Eu
posso te ajudar a se livrar dele – ofereceu, me deixando cobiçoso. Eu tinha
pedido para Edward me ajudar e ele como meu melhor amigo havia negado, e agora
outro novo amigo me ofertava a mesma coisa, indo de encontro aos meus
desejos.
Eu
não podia negar que queria Jacob Black, longe de Rosalie e longe de nossas
vidas.
- O
que você está dizendo? – perguntei sentando-me em uma cadeira. Os efeitos da
droga ainda mais atenuantes – O que está oferendo James? Do que estamos falando aqui? Eu não posso fazer nada contra Edward –
confessei.
-
Você não vai fazer nada querido – ronronou Tanya, sentando-se escarranchada em
meu colo, e colocando dois comprimidos na minha boca, em seguida colocando uma
cerveja em minha mão. – Nós vamos fazer tudo por você!
Eu
sabia que devia parar. Em algum lugar dentro de mim, eu sabia que estava
fazendo algo errado, que estava talvez entrando em uma situação que no futuro
não poderia digerir. Mas eu não conseguia me atentar á esse fato. A verdade era
que; eu desejava que as coisas fossem como antes. Eu ansiava que eu pudesse
voltar no tempo, em que as drogas não me consumiam, e eu curtia a vida sem
preocupações com meu melhor amigo.
Edward
estava certo o tempo todo. Eu não era mais um simples usuário, eu tinha me
tornado um dependente químico. Não havia um dia, em que eu me deitasse sem o
efeito de algum entorpecente em meu corpo.
-Não
posso.... – recusei, deitando minha cabeça na poltrona. Eu sabia muitas coisas
de Edward, assim como ele de mim, mas eu definitivamente não tinha nada de fato
que realmente o incriminasse de algo, e mesmo que tivesse, jamais o usaria
contra ele. – Eu preciso de ajuda...
-
Você está assim por causa de Edward... ele te abandonou... – continuou Tanya,
esfregando-se em meu colo, fazendo com que eu ficasse excitado, não dando
importância em minhas palavras – Se ele tivesse prestado atenção em você, ele
veria que você precisa de ajuda... mas não foi isso que aconteceu... Mas nós
estamos aqui agora – gemeu, abrindo minha calça, e pegando meu pau com a mão,
estimulando-me – E se você nos ajudar... você estará se ajudando... Edward vai
voltar para todos nós... e vamos ficar bem novamente.. – completou, abocanhando
meu membro.
-
FODA-SE! – gemi – Rose!... – chamei seu
nome alucinado como sempre fazia quando estava com outra mulher...
-
Pobre Emmett... fodendo a boca de Tanya, chamando por Rosalie – zombou James,
fazendo-me olhar em sua direção, enquanto estocava em Victória que estava de
quatro na cama, ambos rindo de minha cara.
- Mas
logo, logo ele pode ter a preciosa Rosalie aqui.. não é Emmett – disse Tanya,
sentando-se no meu pau, cavalgando-me...
-
Isso.... porra! – gemi...
- Eu
sou sua Rose, como você é meu Edward... – gemeu Tanya de volta – Não é isso? Nós
dois sambemos o que queremos.... me fode como se fosse a Rose Edward... –
gemeu, cavalgando com força ...
-
Esses dois são dois loucos – escutei vagamente a risada de Victória.
-
Deus... Rose... – gemia alto, estocando
com força...
-
Isso Emmett... me come gostoso.. faz comigo o que gostaria; e vai fazer com Rosalie quando me ajudar... –
ela gemia em minha orelha...
- O
que... o que você quer?.... – perguntei a beira do orgasmo... - Rose.. minha Rose.... – sussurrei beijando
seus lábios...
- A
gravação Emmett....- sussurrou ela em minha orelha... – Onde está o celular de
nossa festinha? – perguntou rebolando com força, trazendo-me ainda mais próximo
de gozar.
- Na
gaveta... Porra!... Caralho.. você não pode.... Tanya.. – pedia desconexo. Um
turbilhão de emoções me dominando.
O
êxtase das drogas e do sexo, enfurecendo-me.
-
Posso querido... e depois disso.. vamos conseguir tudo o que queremos.. ninguém
vai sair perdendo... eu prometo... – sussurrou mordendo meu lóbulo – Agora
vem... goza gostoso em mim.... Por hoje eu sou sua Rose ... Amanhã ela será
real... – completou, beijando-me com fúria, fazendo-me render ao prazer.
Em
minha atitude impensada e completamente movido pelo estertor, eu não podia
imaginar que eu estava não só afastando ainda mais Rosalie de mim; Como também
destruindo vida de pessoas que eu nem sabia existir, e acima de tudo,
desonrando a minha amizade com Edward.
Eu só
podia pensar que; eu estava cansado, com ódio e com um sentimento de ciúmes que
cegava qualquer sentimento racional que me restava, qualquer discernimento que
eu poderia ter de certo ou errado.
Eu
não pensava que uma brincadeira, na verdade era uma arma. Uma poderosa e
cobiçada arma, que eu tinha em mãos. E eu nunca, nunca poderia imaginar o quão
grande era seu poder de destruição, assim que ela foi parar em mãos erradas.
Nenhum homem merece uma confiança
ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação
suficiente.
Henry Mencken
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