Capítulo 037/02-
SEGREDOS REVELADOS.
Edward– POV
Meu corpo tremia. Eu podia sentir meu sangue
arrefecer e correr por minhas veias deixando-me entorpecido. Era possível que o
bater frenético do meu coração pudesse ser escutado mesmo acima do farfalhar de
vozes que lotavam o ambiente do pequeno PUB.
Minha mente confusa, repleta de incertezas e
indagações encarava através dos meus olhos cerrados as figuras assustadas de
Rosalie Hale, Jacob Black e o músico desconhecido que me encarava de volta com
um olhar reconhecedor. Mas foi a presença inesperada de J.Jenks aproximando-se
desse mesmo grupo com um sorriso nos lábios, que me deixou completamente
estarrecido de ódio.
Eu podida sentir o cheiro da mentira tomar conta
do lugar. Eu podia sentir o medo nos olhos de todos, eu poderia ver a nuvem de culpa
pairar sobre seus corpos; eu podia sentir o medo exalando em ondas do corpo de
Jenks.
- Você conhece aquelas pessoas Edward? Porque
Jenks está ali com elas e está olhando para você com o se acabasse de ver o
diabo? – perguntou Alice notando meu corpo tremer.
- Porque ele está vendo o próprio diabo Alice –
respondi seco, puxando o celular do bolso – Ephraim coordene o bloqueio todas
as portas... eu preciso de você aqui! – comandei, sem aguardar resposta,
notando uma movimentação rápida do lado de fora e em seguida seu corpo ao meu
lado.
- Qual o problema Cullen? – pediu eficiente.
- Quero que você traga Jenks para meu
apartamento – ordenei , sem nunca tirar os olhos do grupo a poucos metros á
minha frente – sem perguntas, sem hesitação. Se for preciso restrinja seus
movimentos - sugeri – estarei aguardando. Alice descubra tudo sobre Withlock,
Rosalie Hale e Jacob Black – ordenei girando meu corpo e caminhando a passos
pesados em direção a saída, enquanto The Rock se dirigia ao grupo.
- Por quê? Quem são essas outras pessoas?
Edward! Espere! – chamou notando que eu não parava de caminhar – Eu não tenho
tempo hábil para isso, preciso coletar dados sobre seu processo ainda hoje-
argumentou.
- Esqueça a merda desse processo Alice – rosnei
– na entrada da limosine – eu quero essas informações hoje á noite em minhas
mãos, se acha que é impossível não perca seu tempo pensando que ainda trabalha
para mim – avisei entrando no carro, batendo a porta com força.
Eu queria respostas.
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O liquido âmbar queimava em minhas entranhas...
descia por minha garganta no simples intuito de acalmar com sua ardência a
fúria incontida em meu peito. Falhando miseravelmente – FODA-SE! – gritei,
jogando o copo na parede, escutando seus estilhaços tintilarem pelo chão,
juntando-se a outros pedaços que minutos antes
tiveram o mesmo destino.
Eu queria destruir tudo.
- Maldito... desgraçado! – esbravejei,
derrubando tudo o que estava em minha mesa, na ânsia desesperada de conter uma
explosão evidente do meu temperamento, nublando meus pensamentos racionais á medida
que vozes alteradas e passos fortes se aproximavam de onde eu estava.
- QUE PORRA É ESSA EDWARD?- gritou Jenks, surgindo em minha linha de
visão, com o lábio superior machucado, a roupa salpicada de sangue, sendo arrastado
por Ephraim que o empurrava
violentamente em uma cadeira.
- O desgraçado se debateu
como uma gazela – rosnou o segurança dando de ombros; desculpando-se pela lesão
no rosto, fazendo-me revirar os olhos.
- Como você fez Jenks? –
perguntei sentindo uma calma assustadora dominar meu corpo, pegando um cigarro
na mesa e dando uma tragada profunda. Poucas vezes eu me rendia ao antigo vicio
que nos últimos três anos ajudaram a conter minha ansiedade, mas ao que parecia
nada nesse momento poderia aplacar a fúria dentro de mim. – Eu perguntei como
você fez porra! – rosnei caminhando novamente em sua direção.
- Do que você está falando?
Eu não sei do que se trata! – mentiu dissimuladamente, olhando em sua volta, em
busca de uma rota de fuga inexistente.
- Não teste minha paciência
Jenks – respirei profundamente fechando os olhos – eu vou perguntar mais uma
vez..... Como você fez? – perguntei inclinando em direção ao seu rosto, notando
um sorriso sarcástico surgir em sua face.
-Continuo sem saber do que
se trata. Você não é o dono do mundo Cullen, seja o que essa sua mente
perturbada esteja inventando, eu sugiro que mande seu guarda tirar as patas de
cima de mim e deixe-me sair. Você não vai gostar das consequências ou o quanto esse
seu ato vai lhe custar – ameaçou.
- Você está realmente me
ameaçando? – pedi incrédulo – Você quer jogar Jenks? – zombei, apagando o
cigarro na mesa e circulando a cadeira onde estava sentado – eu posso ter sido
um participante não ativo do seu jogo sórdido e doente, mas isso acabou, e os
dados são todos meus agora. Eu tenho que admitir, que você foi um bom apostador,
teve a mão da partida por muito tempo e eu mais que ninguém deveria saber que a
confiança cega e os inimigos estão sempre em nossa linha de visão, blefando,
mentindo, porque a própria ganancia de vencer o tempo todo se sobrepuja.
- Você sabe tudo sobre
ganância Cullen – zombou, tentando se levantar, apenas para ter ser corpo fortemente
empurrado pelo ombro mais uma vez por Ephraim
- Me solta porra! – se debateu.
- Tsc..tsc..tsc... Não tão
cedo Jenks! Não antes de você me revelar toda a verdade que me ocultou durante
esses três anos e sete meses – olhei em seus olhos - Não antes de me contar porque falsificou mais
de duzentos relatórios sobre o paradeiro de Isabella se desgraçado! E não se
atreva a mentir para mim, porque mais uma palavra falsa dessa maldita boca, eu
vou acabar com sua vida! – avisei, torcendo a gola de sua camisa o sacudindo.
- Você quer a verdade
Cullen? Eu vou te dizer a verdade! Isabella sempre esteve debaixo dos seus
olhos. Eu segui cada passo dela desde o primeiro momento em que você ordenou
que eu a investigasse, como se ela fosse qualquer uma; uma garimpeira de
fortuna como as vagabundas que você estava acostumado. Você nunca a mereceu; um
arrogante, prepotente, que vive em um mundo sórdido nunca poderia por suas
patas imundas em um ser tão puro e doce.
Isabella merecia muito mais, ela merecia uma pessoa decente como eu ao
seu lado, e eu esperei Cullen, esperei
pacientemente uma chance de me aproximar, até o dia em que a encontrei
perambulando em estado de choque pelas ruas de West Village porque o noivo
calhorda a traiu, como eu sabia que faria, porque uma pessoa como você não sabe
viver no mundo sem pisar em outras, sem tratar todos como lixo.
- QUE PORRA ESTÁ FALANDO?
EU NUNCA TRAÍ BELLA SEU DESGRAÇADO! – gritei, chutando sua cadeira.
- Não é isso que ela viu
Cullen e odeia você por isso – zombou – Eu não me importo com sua verdade, o
fato é que Bella confia em mim, eu estava lá, eu á ajudei esse tempo todo, fui
eu quem lhe deu uma nova identidade, uma nova vida, isso claro financiado por
você e por seus amigos - deu de ombros,
ironicamente – sem o banco Cullen e Hale eu provavelmente não teria conseguido
muita coisa, nem mesmo com o patético Black!
- Rosalie...Jacob? –
murmurei, sentindo como se tivesse levado um soco no estômago.
- Surpreso? Eu preciso
confessar que você se torna um imbecil quando deixa o poder assumir o seu
discernimento, você ficou tão focado em tentar descobrir o motivo por trás do
seu desaparecimento, que deixou o caminho livre para mim. Jacob, Rose estiveram
constantemente ao lado dela, enquanto meu trabalho era desviar sua atenção
exatamente para onde eu queria que estivesse. Você é patético! – riu – eu não
sei o que minha Bella viu em você!
- DESGRAÇADO! – gritei
atordoado, sentindo cada golpe de suas palavras.
- Qual é Edward? O temido
Cullen não consegue aceitar que perdeu? – provocou, fazendo com que um gancho
de direta do meu pulso acertasse em cheio seu rosto, fazendo com sua cadeira
tombasse para trás.
- SEU FILHO DA PUTA! –
gritou colocando a mão na boca ensanguentada.
- Isabella não é sua Jenks,
nunca foi! Você criou uma rede de mentiras, você jogou conosco e ela vai te
odiar por isso. Eu nunca a traí e quando eu provar isso, você será uma carta
fora do baralho. Você pode ter me enganado, mas enganou a ela também – apontei
em sua direção - Nós dois não passamos
de peões em seu jogo sórdido e de outras pessoas e isso acabou – rosnei
cuspindo em seu rosto – eu cometi um erro, confiando cegamente em você, mas
aquilo que não te derruba te fortalece, e se antes você temia meu poder Jenks,
eu aviso que isso não é nada comparado com o que estou sentindo agora. Eu vou
destruir você e cada pessoa que participou desse jogo sujo! – avisei.
- Isabella é minha mulher!
Eu durmo com ela Cullen! É nos meus braços que ela geme durante á noite –
provocou, libertando um ciúme cego em mim – Ela nunca vai acreditar em você,
temos uma estória juntos.
- Me dê sua arma The Rock! - pedi ao meu segurança, deixando ambos de
olhos arregalados. Eu iria matar o filho da puta!
Ninguém tocava em minha
mulher!
- Cullen...
- AGORA! –
pedi mais uma vez com a voz fria e a mão estendida. Se Jenks não revelasse por
bem toda a verdade, eu não teria piedade. De uma forma ou de outra eu descobriria
tudo – Você tem uma única escolha aqui Jenks;
me fala toda a verdade e poupa sua
vida, ou terei a verdade de outra maneira e sua vida será a menor de minhas preocupações.
O que você tem com Isabella? Onde ela está?– pedi mais uma vez, meu controle
esvanecendo-se rapidamente – Ephraim! – chamei, em uma ordem muda para que ele
segurasse seu corpo mais restritamente na cadeira, prendendo seus braços – Conte
Jenks.. ou vou estourar seus miolos – ordenei, apontando a arma em seu templo.
A fúria calma que possuía meu corpo, não se comparava com qualquer sentimento experimentado
anteriormente – O QUE VOCÊ TEM COM ISABELLA PORRA! – gritei mais uma vez,
batendo o punhal da arma em sua testa, abrindo o supercílio.
- SEU PUTO!
– se debateu nos braços de The Rock - Eu não tenho nada com ela ainda... eu
tenho tentado muito.. mas ..mas ela não aceita minhas investidas – confessou
gemendo de dor..
- Você a
tocou?... – perguntei atirando na parede – EU PERGUNTEI SE A TOCOU PORRA! –
exigi, pressionando o cano quente da arma em seu olho, queimando a pele.
-
AHHHHHHHH... SEU DESGRAÇADO!! EU NÃO A TOQUEI .. EU NÃO A TOQUEI! – gritou alto,
desesperado, tentando me chutar.
- Onde
Isabella está? – pedi, minha raiva assumindo o controle – ONDE? – esbravejei
atirando em seu joelho.
- SEU FILHO
DA PUTA! VOCÊ A TIROU DE MIM! – gritou, fazendo com que eu desvencilhasse tapa
em sua face, fazendo com que seu corpo tombasse com a cadeira.
- Você é um
porco desgraçado! Mentiu para mim sucessivamente ao longo de três anos –
rosnei, apertando sua face sangrenta em minha mão – eu vou matá-lo.
- Sua
arrogância lhe precede Cullen – murmurou, cuspindo sangue - sua soberba lhe
deixou cego.. Isabella sempre esteve debaixo dos seus olhos, bem debaixo do
arranha céu em que você governa o mundo, sempre esteve aqui e nunca se se
importou com você. Elas não precisam de você! – murmurava quase em estado de
desmaio, deixando-me em pânico com sua declaração.
Porque Bella
nunca havia me procurado?
- Elas?...
elas quem seu filho da puta! – rosnei apontando a arma em seu templo mais uma
vez e sacudindo seu corpo.
- Minhas
meninas – sorriu grogue – Você.... você não pode matar o tio de sua filha
Edward! – revelou, deixando-me trôpego, levantando-me cambaleante.
- Filha.... minha filha?.... Não pode ser.....
– murmurei chocado, sentindo um calafrio seguido por uma fúria negra se
apoderar completamente do meu corpo. – SEU DESGRAÇADO! VOCÊ SABIA DISSO O TEMPO
TODO! VOCÊ SABIA QUE EU PROCURAVA POR ISABELLA DESESPERADAMENTE E A ESCONDIA
COM MINHA FILHA?.. – sorri com escárnio,
tomado por uma onda de loucura – Diga olá ao Diabo por mim seu puto! – murmurei
engatilhando a arma e apontando em sua cabeça.
- Não faça
isso chefe! – pediu Ephraim segurando minha mão – Você não sabe se ele está
falando a verdade, precisa averiguar antes de tomar uma atitude como essa e se
ainda assim depois disso quiser acabar com o desgraçado, deixe isso comigo –
disse calmamente.
- Eu quero
matá-lo – rosnei.
- Você não é
um assassino Edward! Não foi treinado para isso, não é um sentimento fácil de
carregar – esclareceu, tirando a arma de minha mão – você tem coisas mais
importantes com que se preocupar senhor e, além disso, eu mesmo quero ver até
onde meu irmão está envolvido nessa estória se me permite – pediu, chamando
minha atenção.
- Eu vou
acabar com Jacob, The Rock! – avisei.
- Se meu
irmão mentiu para mim, eu mesmo vou ter o prazer de fazer isso senhor –
respondeu sério.
-Não faça
nada com ele sem minha presença – avisei, apontando o corpo ensanguentado e
desmaiado de Jenks no chão – eu quero ser a última pessoa que ele veja antes de
morrer.
- Sim
senhor! – vou leva-lo para minha casa, eu tenho uma cela em que ele poderá
ficar até ser decidido o que vai ser feito com ele – explicou.
- Faça isso
... eu preciso cuidar de algumas coisas – avisei, passando a mão tremendo em
meus cabelos – telefone para Alice e mande-a se encontrar comigo no escritório
em quinze minutos – pedi, caminhando em direção á porta – peça para ela estar
com as informações que pedi... e The Rock! – chamei, olhando para trás – a
morte é o destino de quem me traí – avisei, saindo sem esperar por sua
resposta.
.........................................................................
- Aqui está
os dados que você me pediu Edward – avisou Alice, entrando em minha sala.
- Como
conseguiu? – pedi, olhando pela janela, segurando um precioso pedaço de papel na
palma de minha mão em punho, perdido em pensamentos.
- Não precisei fazer nada –
suspirou – depois que você foi embora daquela forma, e depois de presenciar
Jenks se debatendo e gritando, sendo carregado pelo gorila do seu segurança
chamando a atenção de todos, fui interceptada por aquelas pessoas e Jasper, eles
me deram o número de seus telefones e endereço, na verdade querem uma reunião
com você! – avisou.
- Agora eles querem uma reunião comigo? – zombei, girando
o corpo em sua direção, o papel firmemente pressionado em minha palma – Eles
estão três anos atrasados – comentei com escárnio – Você pode ir embora, esteja
aqui bem cedo – avisei.
- O que está acontecendo
Edward? Amanhã temos sua primeira audiência e tudo o que menos precisamos é ter
que chamar sua assessoria de imprensa para apagar os holofotes em sua direção,
foi um tremendo show hoje – resmungou.
- Pois se prepare Alice..
só começou – avisei, pegando o papel que ela jogado em minha mesa – só mais uma
coisa – chamei, enquanto ele saia da sala com passos firmes – descubra tudo
sobre essa pessoa – pedi, anotando o nome em um pedaço de papel.
- O que há com você e toda
essa investigação sobre pessoas? O que houve com Jenks? E quem diabos é Maggie
Cullen? – pediu exasperada e confusa.
- Essas pessoas me traíram
Alice, assim como Jenks - rosnei – e
Maggie é minha filha! – revelei, deixando-a de boca aberta e olhos arregalados.
- Sua ... sua o que? Como
assim? Quando soube disso? – disparou nervosa.
- Poucas horas atrás –
murmurei, recolhendo minhas coisas – quero saber tudo sobre ela, desde sua data
de nascimento até seu histórico médico... tudo Alice! – alertei – agora preciso
ir – avisei, passando por seu corpo imóvel.
- Onde está indo? – correu
atrás de mim – Edward não faça nenhuma besteira!
- Não estou indo cometer
nenhuma sandice Alice, ao contrário, estou indo corrigir três anos de
dislate... – murmurei caminhando.
- Onde está indo? – pediu
novamente.
- Atrás de minha filha e da
mãe dela! – avisei, abrindo a palma da mão e mostrando o endereço do IP
rastreado do Maggie “Cuien”.
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as
mentiras”
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