quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 038/02


Capítulo 038/02-  PREPARANDO-SE PARA O CONFRONTO.
Bella– POV

- Bella.. era Edward... ele estava no PUB e foi exatamente como te contei, em nossa mesa acompanhado por uma morena bonita, e eu posso garantir que eu a conheço de algum lugar! – repetiu Rose mais uma vez.
- Como Rose? Como depois desse tempo todo o Cullen foi aparecer aí? Justamente em nossa mesa e acima de tudo, porque diabos o brutamontes dele levou Jenks? – bufei mais vez ao telefone.
- Nós não fazemos ideia Bells, a única informação concreta é que esse brutamonte é Ephraim irmão de Jake e ele trabalha para Edward – suspirou do outro lado.
- E Jacob simplesmente se esqueceu de informar esse DETALHE? – gritei, praticamente arrancando meus cabelos.
- HEY! BELLS .. acalme-se! – gritou Jake de volta, ao que parecia Rose havia colocado a ligação no viva-vozeu nunca comentei porque não tinha certeza – confessou – não é como se eu convivesse com ele, eu vejo meu irmão alguma vezes por ano e  ele não entra em detalhes sobre seu trabalho, disse-me apenas que estava trabalhando para um figurão bilionário e que estava finalmente ganhando dinheiro suficiente para bancar a academia comigo, eu nunca consegui tirar dele mais que meia dúzia de comentários por causa desse lance todo de código de ética e ser confidencial, portanto eu não tinha provas. A única coisa que ele citou que me fez pensar em Edward era o fato de que o chefe dele estava á procura de uma mulher, mas esse comentário desapareceu tão rápido como surgiu e encerrou o assunto. Foi muito tempo atrás Bella, eu não fiquei preso a isso – explicou nervoso.
- Tubo bem Jake – suspirei profundamente – você não tem culpa de nada, nós sabíamos que esse dia iria chegar certo? Desculpe-me por gritar com vocês – disse sinceramente.
- Tudo bem Bells, nós entendemos perfeitamente seu nervosismo –riu – nós quase borramos nossas calças quando o vimos! – bufou – o olhar dele era assustador – tentou brincar.
- Deus Bella! ainda quero gravar um CD boneca! e preciso estar vivo para isso – brincou Jasper, fazendo-me sorrir um pouco – a propósito eu nunca vi uma criança ser tão parecida com o pai, Maggie é a cara dele!
- Me conte sobre isso! – revirei os olhos, mesmo que não pudessem ver – porque acha que é tão difícil esquecê-lo? Sendo que o vejo todos os dias em minha filha? – murmurei, sentindo minha garganta fechar.
- Nós todos sabemos que o motivo para não se esquecer dele é outro além de Maggie, querida – comentou Rose, notando a falha em minha voz – mas isso é outro assunto – suspirou alto – concentre-se em Maggie agora, Edward vai aparecer e você não tenha duvidas sobre isso.
- O que ele poderia querer com Jenks? Como ele o conhece? – perguntei confusa, irritada e aflita por respostas.
- Nós estamos nos perguntando á mesma coisa – bufou Jacob – ele foi praticamente arrastado daqui por meu irmão e a maneira que ele ficou quando viu Edward .... Bells....   ele ficou completamente apavorado. – explicou tão confuso quanto.
-Nós vamos ter que aguardar Bella – completou Rose – esperar por noticias de Jenks, e seja qual for nós vamos ter que ficar atentas, você sabe como eu sempre achei que tinha algo a mais nessa bondade toda dele.
- Eu sei – suspirei concordando.
- Mais uma coisa... bem... eu passei nosso telefone para a mulher que estava com Edward, ele vai querer respostas Bells... saber sobre você.. isso se ainda não souber onde está – explicou, deixando- me duplamente irritada.
Primeiro com o fato de aparecer assim em minha vida, pegando-me de surpresa e segundo por voltar á ela acompanhado por uma de suas amantes.
- Quem era ela Rose? – rosnei.
- Eu não sei... eu já a vi por aqui, mas....
- Se não me engano era Alice – continuou asper – mas não posso ter certeza, confesso que estava encarando o pai de Maggie.
- Alice?... que Alice? – murmurei, buscando em minha mente confusa alguém no PUB com esse nome que tivesse se aproximado de mim e minha filha, sentindo um leve tremor na espinha com a lembrança aterrorizante da única mulher que conheci com esse nome e que quase destruiu minha vida pela segunda vez.
- Nós não sabemos, mas vamos buscar informações com outras pessoas aqui para saber se alguém a conhece e pode nós dizer algo. Mas conversamos okay?
- Tudo bem Rose – suspirei cansada – eu espero vocês..  beijos – despedi desligando.
Três anos.
Três malditos anos foi o prazo que eu tive para me preparar para Edward Cullen, e precisei que o inevitável dia chegasse para que soubesse que não estava preparada para enfrentá-lo ainda.
Enquanto eu encarava o celular desligado em minha mão e tentava ainda assimilar as palavras de Rosalie em minha mente, eu sentia a tensão e o pânico tomarem conta do meu âmago.  De todos os sentimentos que imaginei enfrentar ao pensar em nosso reencontro, o medo definitivamente não era um deles. 
Eu não tinha me preparado para isso.
Abandonar Edward, mentir, encobrir meu paradeiro tinha sido o único mecanismo de defesa para curar minha ferida emocional. Uma tentativa desesperada de conseguir proteger o que restava do meu coração partido e de mim mesma com nosso relacionamento. Uma pequena parte de mim, que Edward não havia roubado e Meggie fazia parte disso.
Ela era meu maior segredo. O único segredo que eu sabia que não poderia esconder para sempre a verdade que sempre soube que teria que revelar.
Mas eu havia me equivocando com as verdades que eu conhecia, porque na ânsia de me defender de Edward, amparar meu coração e acima de tudo proteger Maggie de um mundo de mentiras e crueldade em que ele vivia, eu havia me embotado do poder do mesmo. Eu não contava com sua possível fúria, e isso me irritava, na mesma proporção que me amedrontava.
Eu não contava com a raiva de Edward, não o julgava no direito de se sentir traído quando na verdade, estava armazenado em mim a ira por sua traição. Apenas eu tinha um motivo vivo e real para me defender de sua influência, ao passo que eu jamais havia dado motivos para ele me usar e enganar.
- Como ousa? – rosnei apertando o telefone em minha mão, em uma raiva contida, quando na verdade eu queria era pode jogá-lo em sua cara bonita e ordinária.
- Mamãezinha? – chamou minha filha, aproximando-se de mim no balcão da cozinha – o que voxê tem?
- Nada meu bem, mamãe está bem – menti, jogando o telefone na bancada e puxando-a em meu colo, suspirando profundamente em seu cabelo, na esperança que seu perfume doce e inocente me acalmasse como sempre.
- Polque voxê tem uma linha aqui e a soblancelha tá assim? – perguntou olhando em meu rosto, esfregando seu dedinho entre meus olhos e imitando em sua face perfeita o meu olhar, fazendo-me rir.
- Mamãe está com um pouco de dor de cabeça – expliquei, beijando entre suas sobrancelhas, desfazendo o franzido – você está tão linda – comentei olhando sua roupa – estava brincando de desfile?
- Não mamãeee..... – fez careta, revirando os olhos – você esqleceu? – perguntou, deixando-me confusa - eu tenho fonolaudilologa hoje, eu ainda  tlo..troco as palavlas – explicou cruzando os braços em frente ao peito em desagrado, exatamente como seu pai, quando se sentia negligenciado.
- Ohh.. é mesmo – consenti, tirando-a do meu colo – me dê cinco minutos para me trocar senhorita – brinquei cutucando a ponta do seu nariz, indo em direção ao quarto.
- Não demola mamãe! – resmungou, fazendo-me rir e revirar os olhos. Maliaaaaaaaaaaaaaaaa tem bolo? – gritou fazendo suspirar alto. Maggie era tão viciada em doces como Edward e o pensamento que em breve poderiam estar juntos, fazia meu estomago tremer.
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- Você foi muito bem hoje – elogiei Maggie, enquanto saíamos da clínica de mãos dadas.
- Eu sei – sorriu, sacudindo os ombros – eu falei tudo.. tudo... cerrrrrrrtinho – brincou, fazendo o exercício com a língua, fazendo-me sorrir – Nós vamos tomarrrrrrr sorrrvete agoRa?
- Sim vamos – gargalhei de sua insistência nas palavras – eu prometi não foi?
- Plometeu! – respondeu rápido, fazendo careta por errar.
 - Lembra o que a médica disse? Falar devagar, assim a língua não prende nas palavras – expliquei. Maggie falava perfeitamente bem para sua idade, o único problema que tinha era que na sua ânsia de falar rápido demais a fala se prendia em pequenos pontos.
- Está bem mamãe... vou falarrrrrr  devagarrrrrr – sorriu, sacudindo seus cachos.
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- Maggie... – chamei, enquanto estávamos sentadas na sorveteria ao lado de nosso prédio, provando a delicia gelada.
- Sim mamãe – respondeu com a boca cheia de sorvete.
- Você disse para a mamãe que escreveu para seu papai, chamando-o para visitar – suspirei, engolindo com dificuldade, colocando a sobremesa de lado – Bem... hum... se ele... se ele viesse te visitar em breve estaria tudo bem? – pedi com cautela.
- Ohhh... meu papai lecebeu minha calta? – perguntou ansiosa, largando rapidamente a colher.
- Eu não sei querida... mas eu acho que ele está chegando – tentei explicar.
- Como você salbe? Ele telefonou? Meu papai nunca telefonou.. como ele vai saber onde a gente mola se ele não ligou mamãe? – perguntou com os grandes olhos verdes arregalados de curiosidade em minha direção.
- Seu pai pode descobrir.. não se preocupe com isso okay? – tentei explicar.
- Então ele vai palou de tlabalhar muito? Palou de viajar no mundo todo e agola pode ficar comigo? Ele pode mamãe? – perguntou com os olhos lacrimejantes. Estava tão ansiosa e nervosa que estava praticamente falando todas as palavras de maneira incorreta e saber que seu nervosismo era causado pelos meus erros e de Edward estava me matando.
- Eu acho que sim meu amor, mas vamos precisar conversar com ele está bem? – respondi com a voz embargada.
Se Edward aparecesse na vida de Maggie para depois partir, eu iria matá-lo!
- Vamos embola mamãe... vamos... – chamou, pulando do banco e largando toda sua sobremesa – plecisamos estar em casa quando o papai chegar..  eu pleciso tomar banho e colocar meu vestido de plincesa... eu sou a plincesa do papai .. VAMOS! – gritou, com lágrimas nos olhos e os lábios tremendo.
- Hey...shhh.. calma meu amor... – acalantei, segurando-a em meus braços – mamãe não sabe se ele vem hoje, mas eu prometo que vamos ficar em casa esperando está bem? – sussurrei em seu cabelo. Eu sabia que não poderia fazer promessas, mas por minha filha, eu iria atrás de Edward, se ele não viesse atrás de nós.
- Você plomete mesmo? – fungou em meu pescoço.
- Prometo meu bem – confirmei, sentindo um arrepio se instalar em minha coluna, uma sensação estranhamente familiar que há muito não sentia, a nítida impressão de que estava sendo observada.
- Vamos embola mamãe – pediu baixinho, grudada em meu pescoço.
- Você não que mais seu sorvete? – perguntei levantando-me e olhando ao redor. A sensação crescendo a cada segundo.
- Não... – murmurou, ainda em meu colo – eu não quelo andar – disse manhosa.
- Tudo bem meu bebezão – provoquei, tentando provocar uma reação. Pois achava ruim quando não era chamada de mocinha.
- Sou bebê plincesa do papai – repetiu, fazendo com que meus olhos se enchessem de lágrimas e a culpa mais uma vez se fizesse presente.
Será que na ânsia de proteger a mim e minha filha, do mundo cruel de Edward eu tinha feito a coisa certa? – perguntava-me enquanto caminhava para casa com ela em meus braços, sentindo a sensação de desconforto ainda mais intensa.
Eu podia jurar que estava sendo observada e seguida.
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- Boa noite meu amor – sussurrei beijando sua cabeça, deitando seu corpo adormecido  na cama, observando-a – eu não posso ter falhado com você – murmurei, acariciando sua bochecha gorda e saindo do quarto.
- Porque você fez isso comigo Edward – chorei, como não fazia á muito tempo, deixando toda  a tensão do dia tomar conta de mim – porque me traiu? Porque? – solucei em meu travesseiro, dando vasão a uma enxurrada de lágrimas – porque não paro de te amar... eu não posso deixar você magoar Maggie... – conversava comigo mesma, sentando-me na cama, tentando enxugar as lágrimas e pegando o seu processo na mesinha – eu não posso deixar minha filha em seu mundo... – repetia, tentando entre as palavras, apaziguar os remorsos em meu coração.
- Bella?  Você está bem? – chamou Maria, olhando-me da porta do meu quarto.
- Eu não sei – confessei, deixando mais lágrimas caírem – Maggie acordou? Ela não está muito bem.... eu...
- Ela está dormindo tranquila... mas... bem... aconteceu algo estranho – comentou, chamando toda minha atenção.
- Como? Onde? Com ela? – pedi aflita pulando da cama, jogando o processo no chão.
- Não... não.. se acalme – parou-me com as mãos – Makenna ligou na portaria logo depois que você subiu... segundo ele um homem desceu de um carro preto e perguntou por você e Maggie.. você sabe de algo?
- Não... eu.. eu estava o tempo todo na volta com essa sensação de que estava sendo seguida – revelei, encarando seus olhos sentindo meu corpo gelar.
- Seguida?.. isso é perigoso minha filha, temos que chamar a policia – disse preocupada.
- Não...  – murmurei, voltando meu olhar para o chão, onde as folhas do processo estavam caídas e a foto de Edward ao seu lado – eu acho que eu sei quem era!
Nosso confronto amanhã na audiência seria inevitável e eu aproveitaria esse momento para enfrentá-lo de uma vez por todas.

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