quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 042/02


Capítulo 042/02-   RECONHECIMENTO.

Bella– POV

Meu corpo tremia. Minha mente estava entorpecida. As palavras de Edward gerando pânico em minha mente ...

Armação.
Seria possível que tudo não tivesse passado de uma armação? Uma manobra para nos separar? Edward nunca havia me traído?

- Eu não traí você! - disse baixo como se pudesse ler minha mente, tirando-me dos meus devaneios, enquanto  nos dirigia ao hospital.

- Isso é o que você diz – murmurei, olhando pela janela, sem encontrar seu rosto – eu estava lá! Eu avistei as roupas espalhadas pelo chão, eu escutei seus gemidos através da porta Edward, eu não inventei tudo isso! Não subestime minha inteligência – retruquei, irritada comigo mesma.

- Não subestimar sua inteligência? – rosnou, batendo a mão no volante – certo. Devo então presumir que você estava drogada, ou completamente fora de sua mente! – zombou.

- Não me compare com você Cullen – esbravejei irritada – eu nunca usei drogas e muito menos fiquei “alta” para ter alucinações. Eu sei muito bem o que vi.

- E o que você viu?- perguntou, parando no sinal vermelho, olhando em minha direção – Tanya chupando meu pau? Eu fodendo seu rabo de quatro?

- Você é nojento! – respondi irritada. O ciúme feroz me corroendo com a cena se formando em minha mente.

- Me responda porra! Se eu estava lhe traindo, se você realmente escutou que minha voz enquanto eu a fodia, então você deve ter visto isso e pode me detalhar tudo porque definitivamente não me recordo dessa merda, e para que eu fizesse isso com você, com certeza deveria estar completamente drogado, o que me intriga porém, é que desde que estávamos juntos eu nunca usei qualquer coisa ou sequer me embriaguei, eu fiz essa promessa á você e nunca a quebrei.  Então me ilumine porra! me diga Isabella, me dê detalhes desse dia, porque eu posso estar precisando de um médico para a minha fodida mente! – perguntou, alterando-se. Encarando-me com um misto de raiva e pesar, alimentando um sentimento crescente dentro de mim.

- Eu não entrei no quarto – confessei, com a voz contida. Segurando minha raiva, minha frustração comigo mesma.

- Você não entrou no quarto – repetiu descrente, seguindo o fluxo do transito – Você foi embora de minha vida, levou minha filha porque você não abriu uma porta – murmurou como se fosse consigo mesmo, apertando fortemente as mãos no volante, tentando conter sua fúria.

- O que você queria que eu fizesse? – estourei, girando meu corpo em sua direção – eu estava assustada com a gravidez, temorosa por sua reação, e ao mesmo tempo mais feliz e animada como jamais havia sido em minha vida. Eu estava com medo. Medo de que você não quisesse isso, e enxergasse isso da forma que todos iriam; a menina simples, que estava dando o golpe da barriga no herdeiro Cullen – tentava explicar, sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto – eu estava aflita por seu sorriso, necessitando de seu abraço me confortando e dizendo que tudo iria ficar bem, que você me amava, e que não pensava isso de mim, e quando eu cheguei em nosso canto, tudo que eu podia ver e ouvir, era você me traindo, destruindo meus sonhos, alimentando meus medos e me dizendo quão tola e idiota eu havia sido por acreditar que poderia fazer parte do seu mundo – solucei.

- Você não podia fazer parte do meu mundo Isabella – murmurou estacionando em frente ao hospital – você era meu mundo – completou, girando o corpo em minha direção – eu lhe mostrei várias vezes que você era tudo para mim, e você nunca acreditou nisso. Você deixou suas inseguranças, seu preconceito contra você mesmo, ter o melhor de você, bastava você cruzar um obstáculo.... um pequeno atravanco e você veria toda a verdade. Eu não sei que porra que estava acontecendo atrás daquela porta Isabella. Eu não faço ideia do que aconteceu naquele apartamento, tudo o que sei, é que a mulher que eu amava sumiu de minha vida sem deixar qualquer vestígio...

- Eu também não sei mais o que acontecia naquele quarto – cortei, encarando seus olhos – você me diz que não era você e eu posso ter cometido o maior erro de minha vida Edward, mas serei maldita se vou assumir essa culpa sozinha.  Você tem razão em dizer que meus medos tomaram o melhor de mim e talvez eu devesse ter confiado mais em mim mesma e aberto aquela porta, mas se minhas inseguranças existiam, elas foram causadas por você!, por seus segredos obscuros, suas omissões, suas mentiras que mesmo “inocentes” , e com o intuito de me proteger, foram o combustível para alimentar o fogo da  minha insegurança e dos meus medos. Portanto não pense que você pode aparecer aqui depois de três anos, e tentar bancar a vítima e desferir em mim suas frustrações e acusações, porque se, e eu digo “se” tudo isso foi uma armação, eu sou tão vítima dessa situação quanto você e acima de tudo, hoje não são somente nossos sentimentos ou nossas angustias que contam, temos Maggie, se um erro foi cometido aqui ela é a maior vítima. O mundo vai para o inferno, antes que eu deixe algo ou alguém machucar minha filha Cullen – avisei séria.

- Nossa filha! A filha que você escondeu de mim – rosnou irritado.

- Porque eu precisava proteger ela do seu mundo – retruquei – você me feriu, e meu único raciocínio logico naquele momento era proteger minha filha e a mim mesmo de você! Me condene por isso!  - respondi irritada com seu tom de voz.

- Sua condenação já chegou Isabella! Eu posso ver a lógica por trás do seu raciocínio, mas isso não altera o fato de que me o convívio com minha filha. Eu posso até me  comover com suas razões, me colocar em seu lugar, mas não vou aceitar suas desculpas ...

- Não estou pedindo desculpas ..- cortei novamente, cerrando os olhos, enquanto ele fazia o mesmo em minha direção, o verde de seus olhos, escurecendo-se de ira e luxuria. Nós dois já tínhamos estado muitas vezes no passado nessa “dança” por poder, sobre um querendo dominar o gênio do outro, que por diversas vezes, serviu como preliminar para horas de sexo selvagem, e tomando por base seus olhos dilatados, a respiração ofegante e o bater disparado do meu coração, eu podia apostar que seus pensamentos se assemelhavam aos meus.

- Maldição Isabella! Não me olhe assim! Não me desafie, não faça com que meu desejo de te foder seja ainda maior do que minha raiva – ameaçou com a voz rouca, enviando arrepios pelo meu corpo, acendo-me de uma forma que há anos não sentia e somente ele poderia fazer – eu conheço seu corpo – começou, prendendo minha nuca com sua mão, puxando-me com força em sua direção – eu posso sentir seu cheiro, aposto que se eu colocar meus dedos em suas dobras você vai estar molhada e pronta pra mim – sussurrava em minha bochecha e mandíbula, deixando um rastro molhado de seus lábios em minha pele – e para seu “bem” espero que ninguém tocou no que é meu Swan, – ameaçou soltando-me do seu aperto, deixando-me completamente perdida em uma onde de luxuria – vamos ver nossa filha! – chamou, abrindo a porta do carro, me deixando sem palavras – depois nós dois vamos terminar essa conversa.

Maldito.

- O que Maggie sabe sobre mim? – perguntou nervoso, pela primeira vez dando-me um pequeno vislumbre de insegurança do Edward por quem tinha me apaixonado na universidade.

- Ela sabe tudo sobre você Edward – respondi com pesar parando em frente ao quarto em que Maggie estava com Maria nos aguardando, sentindo-me na obrigação de confortar sua angustia – o que eu disse á você é a verdade – continuei, segurando sua mão na minha, olhando em seus olhos – tudo o que eu fiz, foi na intenção de proteger ela do seu mundo, mas nunca de você. Posso não ter confiado em muitas coisas, mas nunca iria mentir dessa maneira. Ela conhece seu rosto, e acredita sinceramente que você é o príncipe encantado....

- Onde ela pensa que eu estava esse tempo todo? – pediu aflito.

- Viajando á trabalho – suspirei, sentindo meu coração palpitar – ela pensa que você é muito importante e precisou viajar o mundo. Ela sempre soube sobre você! Ela te ama como deveria ser, eu nunca falaria mal de você á ela Edward, eu gostaria que você soubesse disso – disse sinceramente.

- Eu queria te agradecer por isso mais não posso – respondeu mais calmo, deixando-me angustiada – Não hoje pelo menos – completou, dando-me um breve vislumbre de seu sorriso torto.

- Não hoje.... – murmurei

- Não hoje – confirmou – nós temos muito          que conversar Bella, mas nesse momento, eu preciso demais encontrar com minha filha.

- Okay.... só... só cuidado com o que você fala... Maggie... Maggie é inteligente demais para nosso próprio bem...

- Parecida comigo! – declarou orgulhoso, fazendo-me revirar os olhos. Mal sabia ele, como ele estava certo.

- Sim Edward... parecida com você! Exatamente sua cópia – confirmei, notando pela primeira vez um sorriso sincero cruzar seu rosto – Vamos – chamei, abrindo a porta – Olá!..tem alguma princesa dodói por aqui? – perguntei, entrando no quarto, notando seu corpo pequeno sentado  na cama.

- Mamãezinhaa.... – chamou minha menina, estendendo os bracinhos em minha direção – polque voxe demolou? Meu blaço tá dodói – choramingou manhosa, apontando a agulha com o soro em seu braço.

- Ohhh..meu bebê... vai passar logo meu amor, assim vamos poder ir para casa e brincar de salão de beleza okay? – respondi, abraçando seu corpinho ao meu, minha voz embargada. Odiava que ela estivesse sofrendo – Maggie? – chamei quando não respondeu ao meu comentário sobre a brincadeira, buscando seu olhar, apenas para encontrá-los fixados em Edward.

- Mamãeee... – chamou, começando a chorar.

- Shhh.. bebê.. mamãe está aqui... o que foi querida? – perguntei aflita, começando a me questionar sua presença.

- Papai plíncipe está aqui? – sussurrou em minha orelha.

- Ele está meu bem... veio correndo quando soube que você estava dodói – tentei explicar da melhor maneira possível.

- Ele não plecisa viajar no mundo mais? – murmurou, ainda encarando a figura masculina, parado á porta, com os olhos cheios de lágrimas.

- Não princesa.. papai não vai mais viajar no mundo – ele respondeu por mim, tomando á frente da situação.

- Pla semple? – perguntou agitada, soltando-se dos meus braços, encarando-o de frente.

- Para sempre princesa – sorriu, andando em sua direção, fazendo com que eu desse um paço para o lado fora da cama – você é tão linda – venerou sentando no lugar on estava, acariciando seu rosto, com a ponta dos dedos, trazendo lágrimas aos meus olhos.

- Você é mesmo um plincipe papai – sussurrou Maggie, imitando seu gesto. Ambos se acariciando como se tocassem algo muito precioso – Papai.... meu papaizinho.. – chorou minha menina, colocando os bracinhos ao redor do seu pescoço, tão apertado, quanto seu pequeno corpo permitia – eu te amo papai – soluçou em seu ombro.

- Eu te amo Maggie... – respondeu Edward, liberando suas próprias lagrimas – Minha princesa..



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