sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 022

Capítulo 022/01 – MÁSCARAS

Bella – POV


- Rose não fica assim; as coisas vão dar certo. Eu tenho certeza disso – falei com carinho tentando confortá-la mais uma vez. O problema era que; por mais que eu ficasse com ela por mais duas horas no telefone, nada faria com que ela se sentisse melhor.  E na verdade, nem poderia. Nada do que eu dissesse iria acalmar seu nervosismo. 

E de certa forma, eu a entendia. Eu não poderia nem me imaginar em seu lugar. Não poderia prever minha reação se fosse eu que recebesse a noticia de que meu pai estava sendo processado por pedofilia.


- Bella – suspirou –  Eu estou tão cansada disso. Não é a primeira vez que acontece. Das outras acusações ele conseguir se safar, porque sempre comprou o silêncio dos pais da garota envolvida, mas desta vez ao que parece ele se deu muito mal.

- Rose, quantos anos tinha essa garota? – perguntei com o telefone pendurado no ombro, enquanto andava pelo apartamento recolhendo as roupas largadas de Edward para lavar.

- Dezesseis anos – bufou, deixando-me paralisada no lugar.

- Seu pai se envolveu com uma garota de dezesseis anos? – repeti, ainda sem acreditar.

- Sim, e para piorar ela é filha de um cliente. O desgraçado aliciou a garota em uma festa da empresa Bella, e ainda tem a cara de pau de se dizer apaixonado! – disse alto, quase gritando.

- Vai ver ele está mesmo interessado nela – respondi, tentando amenizar a situação, só para deixá-la ainda mais histérica.

- Apaixonado! Por Deus Bella! Meu pai tem quarenta e cinco anos! Essa garota tem idade para ser sua filha! Ela poderia ser minha irmã porra! – esbravejou.

- Seu pai não é tão velho assim Rose, e ainda por cima é muito bonito – continuei, tentando mostrar meu ponto de vista.

As pessoas poderiam se apaixonar, por alguém mais novo.

- Se você tivesse uma filha com essa idade, deixaria que ela namorasse com meu pai? – disparou me deixando silente.

- Hum.... não! Eu acho que não! – confessei, sentindo-me perturbada – Mesmo porque eu acho que Edward mataria o desgraçado. – comentei, quando o pensamento surgiu, pegando nós duas de surpresa.

- Wow! De onde surgiu esse pensamento? Já pensa em ter filhos com Edward? – perguntou rindo.

- Não tenho a mínima ideia – confessei – Eu acho que toda essa mudança está mexendo com meus nervos, e essas malditas meias! – rosnei, puxando um par delas escondidas entre as almofadas do sofá.

- Meias? – gargalhou Rose do outro lado da linha – O que está fazendo Bella?

- Recolhendo as roupas jogadas para lavar. Edward tem o dom de deixá-la espalhadas por todo o canto! Eu pensei que era algo que estava fazendo só para me convencer a morarmos juntos, mas pelo visto eu estou enganada – bufei, rumando para a lavanderia – Não é de espantar que Esme tenha mais de dez empregadas.

- Ele é mimado Bella – riu – E pelo visto você continua o tratando da mesma forma. Eu ainda não consigo acreditar que vocês estão morando juntos e vivendo uma vida praticamente de casados. – comentou mudando de assunto, a estória de seu pai completamente esquecida.

- Nem eu, Rose. Ás vezes eu me pergunto como cheguei aqui tão rápido. Ainda mais com um cara como Edward. – suspirei, sentando-me no banquinho – Conseguimos ser diferentes e iguais de uma forma assustadora – comentei lembrando-me de como em alguns aspectos Edward e eu erámos parecidos. Duas pessoas obstinadas, persistentes e apaixonadas por aquilo que acreditam.

- Vocês são muito parecidos Bella. Mas agradeço que a arrogância e a empáfia sejam apenas uma característica dele. Porque sinceramente não há espaço no mundo para dois de vocês!  - comentou gargalhando novamente.

- Você é tão sem graça Rose – bufei, querendo rir, sabendo que estava certa.

- O que vão fazer hoje á noite? Vocês poderiam vir se despedir de mim – pediu manhosa.

- Edward vai ficar na biblioteca até mais tarde, ele tem um trabalho para entregar. Eu vou terminar de montar uma lasanha para o jantar e depois posso ir para ai, e ficamos juntas um pouco o que acha? – perguntei sorrindo com o pensamento. Eu realmente queria ficar um pouco com Rosalie, antes que ela viaja-se para Los Angeles, encontrar com os advogados de seu pai.

- Biblioteca? Edward? Hoje? – disparou séria. Todo o humor anterior desaparecido.

- Sim, foi isso que ele me disse, porquê? Você sabe de alguma coisa? Ficou estranha de-repente. – perguntei desconfiada.

- Hum... nada não Bella. Acho que não é nada! – deu uma pausa – Olha porque não nos encontramos daqui uma hora em frente ao Paddy´s Pub? Eu preciso muito, muito encher a cara antes de viajar e enfrentar o pesadelo que me aguarda em LA? – disse novamente animada.

- Preciso de uma hora e meia tudo bem? E o tempo de eu terminar de fazer o jantar e tomar um banho – ressaltei feliz com a possibilidade de passar algumas horas com ela.

- Combinado então, te espero lá ás nove e meia. Não se atrase! – provocou.

- Não vou – respondi rindo – Ate daqui á pouco. – despedi, ligando em seguida para Edward. – Que estranho! – comentei comigo mesma, quando a ligação caia na caixa postal pela segunda vez, fazendo com que eu enviasse uma mensagem.

Edward, estou saindo com Rose, estamos no Paddy´s. Amanhã ela viaja para LA, se puder venha nos encontrar.  Te amo.

- Vai ter que servir – comentei comigo mesma, sabendo que provavelmente ele iria surtar de saber que saí, sem ao menos falar com ele.

....................................

- Você está tão linda Bells! – elogiou Rosalie, assim que conseguimos uma mesa – Está com um semblante tão feliz.

- Eu estou feliz Rose – sorri de volta – Eu nunca pensei que um dia diria isso, mas estar com Edward me faz assim.

- Eu fico tão contente por você Bella. Você merece muito. Mesmo que seja com aquele metido – brincou torcendo o nariz – E como ele está com relação á você? Deixou o lado possessivo de vez depois da mudança?

- Lógico que não – bufei – Se possível piorou. Acho que estou descobrindo o lado paranoico de Edward.

- Ele sempre foi estranho quando se trata de você! – brincou, chamando o garçom – Duas tequilas por favor! – pediu, deixando-me de olhos arregalados.

- Rose! Eu não sou boa em beber, você sabe disso!

- Ohh por favor Bells! Confie em mim, hoje vai precisar de algo forte tanto quanto eu! – respondeu misteriosamente.

- Porque? Como assim? – olhei fixamente em seus olhos ... - Rosalie! – chamei quando desviou o olhar – O que esta acontecendo?

- Bella... Você já ouviu falar da Kappa Tau Gama? – pediu apreensiva.

- A fraternidade das amantes? – respondi sussurrando, notando que o garçom de aproximava.

- Das putas você quer dizer! – me corrigiu com um tom mais alto, deixando-me envergonhada, quando o garçom sorriu.

- Rose! – censurei, envergonhada.

- Não se preocupe Bella. O garçom sabe muito bem do que estamos falando, em alguns dias isso aqui estará repleto de vadias. – deu de ombros, entornando a bebida de uma única vez.

- Tudo bem Rose! Eu já ouvi falar dessa fraternidade, mas não tenho a mínima ideia do porque está me perguntando isso! – disparei confusa.

- Eu só queria saber se você sabe que hoje é a festa de inauguração anual. É a noite mais esperada pelos vagabundos de Harvard!

- E o que isso tem haver comigo?

- Cristo! Vou precisar de mais uma bebida! – gemeu, esfregando o rosto. – Vamos esquecer isso Bella!

Como? Ela sinceramente pensava que iniciaria uma conversar e eu iria deixar de lado? Eu conhecia Rosalie. Ela estava nervosa, alerta, e claramente tentando me ludibriar. Mas se ela pensava que eu iria me deixar levar, estava muito enganada.

- Pode tomar minha dose! – exclamei, empurrando meu copo intacto em sua direção – E me falar logo o que está escondendo de mim!

- Porque acha que estou escondendo algo de você? – perguntou surpresa - Não estou fazendo isso! – tentou se justificar. Mas tomando por base a forma como engolia rapidamente mais uma dose de bebida, estava mais que provado que estava nervosa.

- Eu te conheço Rose. Você está visivelmente nervosa, e um pouco irritada também, ou não estaria bebendo dessa forma. O que foi que aconteceu? Por favor me diga. – implorei.

- Bells.. não leve isso tão a sério porque eu não tenho provas okay? É só um pensamento – pediu tensa.

- Você está me deixando nervosa.. O que foi? – pedi mais uma vez.

- Bells.. essa festa que está acontecendo hoje, é digamos a mais podre da Universidade. Kappa Tau Gama é a fraternidade, como você escutou falar, das amantes de muitos empresários, quer dizer; isso é como eles gostam de chamá-las para florear um pouco a situação, mas na verdade elas não passam de garotas de programa. Não passam de putas que se vendem, em troca de um diploma de Harvard.

- Tudo bem Rose, eu já conheço essa estória – cortei – O que não estou entendendo é o porquê de você estar tão nervosa com isso, e o principal, o que eu tenho a ver com isso!

- Você vai me deixar terminar sem me cortar okay? – pediu, fazendo-me confirmar com a cabeça – Certo.. Bem... todas as fraternidades masculinas querem participar dessa festa, e acredite alguns reitores também esperam exaustivamente essa data. São vendidos ingressos á preços milionários; acredite, eles já estão esgotados pelos próximos dois anos.

- Sério? Tudo isso para comer uma puta? – disparei confusa – A três quadras daqui eles poderiam conseguir a mesma façanha por muito menos – tentei brincar.

- A questão não é comer uma puta qualquer Bella, Harvard está cheio delas, e algumas não cobrariam nada para se deitar com os herdeiros daqui – revirou os olhos – A diferença está em comer uma puta que provavelmente é amante de alguma mega bilionário, dono de uma rede de televisão, ou usina de petróleo. Estes caras se vangloriam disso. É como um troféu para eles, ver algum ricaço na revista pousando com uma loira peituda ao lado, que eles já tiveram comido. – explicou.

- Isso é ridículo! – apontei – Não posso acreditar que esse tipo de coisa existe!

- Pois aceite isso! É mais comum do que você possa imaginar, essa festa é uma lenda, e eu não estaria aqui te contando isso, se eu mesma não tivesse presenciado o que acontece. – completou chamando á atenção do garçom, em mais um pedido.

- Você participou dessa festa? –  perguntei atônita – Não me diga.. não me diga..que você....

- NÃO! – gritou – Por Deus! Não!  Posso não ser santa, ter feito muitas bobagens, mas nunca me vendi por dinheiro Bella.  – respondeu sem graça.

- OMG! Desculpe-me Rose... Eu não queria insinuar isso, mas é que você disse que participou dessa festa.. e..

- Eu participei na forma de trabalho Bella. Na época em que James era presidente das fraternidades, eu era bookmaker, e como regra eu tinha que participar de todos os eventos que possui jogos – deu de ombros – Eu vi e ouvi muita coisa Bells, como por exemplo, é o presidente que tem que fazer a abertura da festa essa noite!

-Isso quer dizer que Tanya vai estar lá? – perguntei sem realmente me atentar ao que ela tentava me dizer de imediato.

- Sim, Tanya, Lauren, e todos aqueles que hoje fazem parte da nova gestão. – disse encarando meus olhos, e pegando minha mão – Bella você entende o que estou tentando te falar? – perguntou fazendo-me atentar de imediato em suas palavras, e ao que estava querendo me dizer o tempo todo.

Ela não estava tentando bancar a engraçada, nem muito menos fazer alguma fofoca irracional sobre uma fraternidade de vadias que eram usadas por reitores da faculdade. Não era nada disso. O tempo todo Rosalie estava tentando me alertar sobre Edward.

- O que você quer dizer com o “presidente que tem que fazer a abertura da noite” ? – perguntei, engolindo seco.

- Bells...

- Edward vai ter que comer alguma puta? Fazer algum tipo de inicialização? Porque é disso que estamos falando aqui certo? De Edward?

- Bella.. eu não posso afirmar nada! Eu nem mesmo sei, se ele está nessa festa! Tudo o que sei, é o que acontecia quando eu estava lá. E quando você me disse que Edward estava na biblioteca até mais tarde fazendo um trabalho – suspirou – Tudo o que eu podia pensar...

- É que o maldito estaria mentindo para mim! – completei, deixando-a surpresa – E você está com toda a razão Rose! Se existe uma coisa que Edward ama é poder! Ele nunca iria demonstrar fraqueza em não ir a essa festa por minha causa. Mas se ele pensa que vai me fazer de idiota, ele está completamente enganado. Aquele arrogante de merda, tem outra coisa vindo, se está pensando que sou daquelas mulheres que vai aceitar uma traição. – disparei nervosa, levantando-me rápido, agradecendo como nunca o fato de não ter colocado uma gota de álcool na boca.

Eu iria acabar com Edward Cullen. E precisava estar muito sóbria enquanto fazia isso.

- Aonde você vai Bella? – perguntou Rose me acompanhando.

- Nós vamos á biblioteca! Vou dar ao cretino uma chance de estar me falando á verdade, e se ele não estiver lá, vamos á essa inauguração do caralho! – rosnei emputecida. Minhas mãos tremiam.

- Bella,  nós não vamos poder entrar sem convite! É repleto de seguranças no local! –  explicou, tentando acompanhar meus passos apressados em direção a saída.

- Está para nascer alguém que me impeça de fazer alguma coisa Rosalie  - disparei, seguindo para o carro. O mesmo carro que o idiota de merda tinha me presenteado dias antes.

Minha vontade era de chutá-lo!

- Você falou igual ao Cullen agora! – tentou brincar, mas parando assim que observou minha expressão.

- Você mesma não disse que somos muitos parecidos? Pois bem, reze para ele estar na biblioteca, porque posso garantir que com ódio, eu sou mais assustadora que Edward Cullen. – completei dando a partida, assim que ela travava seu cinto de segurança. E por todo o caminho, eu implorava ao meu coração que ele não tivesse mentido para mim.

Eu tinha medo de não suportar á decepção..
..................................................

Edward-POV


A culpa me corroía. Eu não tinha ideia de quantas vezes eu já tinha me feito a mesma pergunta.

O que diabos eu estava fazendo aqui?

Eu olhava ao redor, como fazia na última hora e nada vinha a minha mente. Eu só conseguia me atentar para o fato de que nada, nem as lindas mulheres semi-nuas, a bebida farta, as drogas disponíveis, o sexo fácil,  faziam com que eu esquecesse da minha menina, e me culpasse por enganá-la.  Não sabia quais mais desculpas usar, para evitar pegar uma das muitas putas que já tinham se insinuado, ou sentado no meu colo, e levar para o quarto, iniciando á noite.

- Porra Edward! Você ainda vai demorar muito para pegar alguma gostosa dessas? – perguntou James, sentado ao meu lado.

- Não enche porra! Já disse que vou esperar um pouco! – rosnei irritado.

- Porque isso? Está esperando o que? Olha só aquela loira que sentou agora pouco aqui no seu colo! Cansou de te esperar cara! – gargalhou apontando para a vadia que estava se esfregando no colo do reitor Caius.

- E eu tenho cara de quem vai comer qualquer vadia? Eu sei que só tem puta por aqui, mas não vou escolher qualquer uma! – tentei justificar.

- OHHH  Esse é o cara! – gargalhou, pegando uma bebida da garçonete e apertando sua bunda – Já que vai se esbaldar, quer foder com classe! Só não demora muito pra começar, porque cara... estou louco pra comer aquela ruivinha e Emmett está subindo pelas paredes com a morena – apontou, em sua direção, fazendo com que eu seguisse seu olhar e desse de cara com Emmett se esfregando em uma morena, que de longe me lembrava minha gata selvagem, fazendo com que a culpa me dominasse mais uma vez.

- Foda-se! – exclamei nervoso, passando as mãos pelo cabelo.

- O que foi cara? – perguntou James curioso.

- Nada! Preciso ir ao banheiro – desculpei me levantando.

- Quando voltar, vai iniciar a noite? – perguntou de olhos cerrados.

Será que o filho da puta estava percebendo minha hesitação? Eu não podia fraquejar.

- Mande todas ficarem em fila! Quando voltar, vou escolher uma – ordenei sério, com o coração palpitando, sem esperar por sua resposta. Mas escutando os gritos de louvor quando fazia o anúncio no microfone.

Eu nunca havia me sentido tão nervoso, irritado e amedrontado. Eu encarava minha figura no espelho, e não reconhecia ali, o cara que eu tentava demonstrar. Os olhos verdes que me encaravam de volta, nada tinham de poderosos, eles estavam tristes e nublados. A sensação que eu tinha, era que meu coração estava tentando falar comigo através deles.

- Não posso fazer isso! – falei comigo mesmo, baixando o rosto – Não posso fazer isso com a minha menina porra!

- Edward? – chamou a voz feminina, tirando-me dos meus devaneios.

- O que você quer aqui porra! – rosnei, vendo a figura de Tanya, cabisbaixa na porta.

- Eles.. estão chamando... – disse baixo.

- Eles que me esperem porra! Eu mando nessa merda! Se me irritarem muito eu acabo com essa festa do caralho! – respondi enfurecido.

- Você sabe que não pode fazer isso! E eu sei porque você está relutante em começar á noite! Eu quero te ajudar! – disparou corajosamente.

- Você. Não. Sabe. Nada da minha vida! SOME DAQUI! – rosnei, avançando em sua direção.

- Você está com receio por causa de Bella – continuou, como se eu não tivesse falado.

- NÃO FALE O NOME DELA PORRA! – gritei, sentindo ainda mais o coração apertado.

- Edward eu posso te ajudar. Falei com Rosalie á pouco tempo, ela e Bella iriam sair juntas, você acha realmente que a Hale não vai contar para Isabella dessa festa? – disparou me deixando atônito.

-Do que está falando? Minha menina está casa! – avancei apertando seu pulso – O que mais você sabe porra?

- Rose chamou Bella para irem ao Paddy´s para se encontrarem antes de sua viagem amanhã para LA, eu estava na fraternidade quando elas estavam combinando por telefone. – explicou, fazendo-me dar um passo para trás.

- Foda-se! Foda-se! – gemi, passando as mãos pelo cabelo. Minha menina tinha saído para um bar sozinha. Um maldito bar filho da puta que tinham vários homens caçando. – Foda-se! Chame Jacob! – ordenei. Minha menina estava sozinha, e não tinha uma maldita proteção, já que Jake também estava na festa. – CHAME-O PORRA! – gritei, puxando meu celular que estava desligado, observando-a ainda parada na porta.

- Chamar Jacob, não vai adiantar. Se ela já sabe que você mentiu, ele não pode fazer nada. Você tem que sair daqui e se encontrar com ela, antes que fiquei pior – comentou chamando minha atenção.

- Você sabe que não posso sair daqui! – rosnei encarando-a.

- Ninguém precisa saber que você vai embora Edward. Eu vou te ajudar. Você só tem que fingir que está indo para o quarto comigo, e depois pode ir – ofereceu fazendo-me cerrar os olhos.

- Deixe-me eu ver se entendi! Você quer que eu finja que estou indo transar com você, e assim que chegarmos no quarto posso ir embora que você vai me encobrir? – perguntei cruzando os braços no peito.

-Você tem ideia melhor? E isso ou transar com uma puta qualquer e perder Bella. Ou ir embora e perder sua reputação.

- Porque está fazendo isso? Você não passa de uma vadia dissimulada Tanya. Ou pensa que minha memória é tão fodia ao ponto de esquecer o que você fez conosco á um tempo atrás. – retruquei.

- Eu errei e já paguei por isso Edward. Eu comecei a conhecer Isabella mais profundamente, e me tornei afeiçoada á ela. Eu não tenho a mínima intenção de separar você dela. – respondeu baixo – Hoje eu sei que nunca tive uma chance com você.

- Sim, nunca. Ela é a única mulher no mundo pra mim, espero que isso tenha ficado bem claro na sua mente deturpada! Eu a amo.

- Mas está disposto a perder isso por causa de uma tradição idiota! Vamos lá Edward! Não deixe isso acontecer, vamos? – pediu, estendendo sua mão em minha direção. – Me leve para o quarto e acabe logo com isso.

Eu encarava sua mão á minha frente, estendia oferecendo-me uma saída, para toda a situação. E esperava sinceramente que estivesse fazendo a coisa certa.

“O amigo é-me querido, o inimigo é-me necessário. O amigo mostra-me o que posso fazer, o inimigo, o que tenho de fazer.”



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