terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 012


Capítulo 012/01 – PODER - SEU NOME TAMBÉM  É PREGUIÇA!

Edward – PVD

- Eu Te amo. Me dê uma chance! – sussurrei rouco, em sua boca, minhas mãos segurando seu rosto.

- Me solta Cullen! – ela sussurrou de volta, tentando se desvencilhar do meu aperto.

- Não! Isabella! – rosnei – Abra esses olhos! Converse comigo! – pedi, segurando seu rosto pelo queixo, fazendo com que ela me olha-se profundamente. Seus olhos vermelhos, brilhantes, como se estivesse fazendo um grande esforço, para não deixar algumas lágrimas caírem.

- Me. Solta. Agora. Cullen! – ela pontuou pausadamente, seu corpo tremia levemente, suas mãos em meu pulso, praticamente o furando com as unhas.

- Do que você tem medo? Eu nunca vou machucar você! – falei sério ainda olhando em seus olhos.

- Você acha sinceramente que eu tenho medo de você? Deixe de ser prepotente Cullen – falou me empurrando, fazendo que eu desse um passo para trás, e ela andasse para longe de mim -  Qual o seu jogo? Todo poderoso Edward Cullen!. Não! Não me diga, eu faço isso por você! – disse colocando as mãos em pausa, quando ia me manifestar – Conquistar a estudante pobretona? Desfilar com ela, para mostrar aos amigos a grande caridade que é capaz de fazer? E aí o que? Faz com ela se apaixone por você e depois da um pé em sua bunda? A humilha desfilando em sua frente com alguma loira peituda em uma festa de fraternidade, zombando e fazendo com que todos rissem? – riu com escárnio, me deixando furioso – Sinto muito Cullen, está pobre aqui – disse apontando pra si mesmo – Não vai cair nesse seu joguinho.

Em dois passos eu estava em sua frente, colando seu corpo na porta. Meu corpo tremia de raiva.

- Você está assistindo muito filme Swan. A cena que pintou agora é bem típico filminho de adolescente, achei que fosse mais criativa que isso – falei, fazendo-a entrecerrar os olhos.- Sou homem, não sou moleque porra! Quando eu quero alguma coisa, vou até o fim para conseguir. Não vou ficar repetindo que quero você o tempo todo. Já disse isso uma vez, e minha palavra vale do que qualquer joguinho que você acha que estou fazendo. Você não me conhece! – rosnei, sendo interrompido por ela.

- Não conheço mesmo!! – retrucou empinando o nariz.

- Eu deveria pegar você, pelos cabelos e acabar com essa sua arrogância. Você diz que sou arrogante, presunçoso, metido. Mas você – sorri torto – É igualzinha a mim. Fica se escondendo atrás dessas suas garras afiadas, dessa máscara de “ sou pobre, e não suporte gente rica”, sabendo que no fundo é tão ambiciosa quanto Eu, ou se não estaria frequentando outra faculdade qualquer, medíocre lá no final do mundo onde você morava! – segurei seu corpo quando tentava novamente fugir de mim.

- Me solta seu cretino! Não sabe o que está falando! –falava alto tentando me bater.

- NÃO! Você vai me escutar! Cadê aquela mulher que se diz tão durona? Sabe o que eu acho? Que no fundo, você não passa de uma gatinha assustada, com medo de se entregar ao mundo! – provoquei.

- SEU IDIOTA! VOCÊ NÃO SABE PORRA NENHUMA SOBRE MINHA VIDA! - gritou enfurecida, exatamente como eu queria. Isabella estava com medo. E eu precisava fazer com que ela liberasse todo esse sentimento que a deixava travada, ou eu nunca conseguiria, me aproximar dela. Sempre estando na defensiva, seria impossível ela aceitar o fato de que a amava, e a queria para mim, sempre.

- Não grite! – rosnei – Abaixe seu tom de voz para falar comigo!

- Quer saber de uma coisa? – disse irritada. Seus lábios em uma linha dura – Dane-se você! Não devo satisfação da minha vida! Você não é nada meu!! – deu de ombros fugindo do assunto, empurrando meus ombros, afastando-se novamente. Ficando de costas e tomando respirações profundas.

Ambos controlando suas emoções!

- Você vai ou não querer a Tutoria? – perguntou, claramente mudando de assunto, pouco tempo depois.

- Esse assunto ainda não terminou! – declarei, cruzando os braços no peito.

- Pois para mim, ele nem deveria ter começado! Se quiser posso ir conversar com Marcus, e explicar nossa situação! – deu de ombros - Posso falar que você é um preguiçoso! – empinou o nariz e me enfrentando.

Isabella seria minha morte.

- Não sabe o que está falando! – rosnei puto. Isabella sabia apertar todas as minhas teclas como ninguém antes, era frustrante e sexy como o inferno.

- Sei sim; Você é preguiçoso, negligente e sua falta de vontade em fazer o que lhe é devido é exacerbante.  Fica zombando das minhas escolhas, mas eu pelo menos cheguei aqui com muito sacrifício...

- E seus pais hipotecaram á sua única casa para financiar seus estudos; você trabalhava para ajudar nas despesas do lar...blá..blá..blá..Swan. Poupe-me do seu discurso que citou na entrevista de admissão – cortei-a falando mais que devia.

- Você andou me INVESTIGANDO? – gritou avançando para cima de mim, suas bochechas vermelhas.

- Eu investigo todos que estão ao meu lado. Porque diabos eu não iria querer saber sobre a vida da minha mulher porra? Você não me conta NADA! – gritei de volta, parando pela primeira vez para realmente olhar em sua roupa. – QUE MERDA QUE ESTÁ USANDO? – apontei, mudando de assunto. Encarando suas pernas deliciosamente á mostra em um curto shorts Jeans.



- O que? – perguntou perdida com minha súbita mudança de assunto – Como assim o que estou vestindo?

- Essa porra de shorts está muito curto! – rosnei imaginando quantos filhos da puta devem a ter secado no campus. – Minha mulher não sai por aí vestindo isso, a não se que eu esteja junto porra! – avisei ciumento. Minhas mãos em punho.

- Eu. Não. Sou. Sua. Mulher!  - pontuou irritada – Por Deus você é louco?

- Sim sou louco! Louco por você! – afirmei, deixando-a sem palavras!

Eu queria beijá-la de novo.

- Edward – respirou fundo, chamando meu nome pela primeira vez – Olha! Eu realmente, realmente, preciso estudar. Por favor! Vamos levar isso a sério. Se você gosta realmente de mim, vai entender que minha bolsa depende disso – pediu entregue. Suas forças esmaecendo. Do jeito que eu queria.

- Eu pago sua faculdade! – declarei metido.

- Não quero que você nem ninguém pague nada para mim, quero vencer sozinha na vida, é tão difícil assim você entender o conceito? – perguntou com a voz mais triste, quebrando minha soberba.

- Uma trégua! – suspirei, me aproximando - Eu só peço uma chance de demonstrar que eu não sou esse canalha insensível que você acha que sou! – pedi acariciando sua bochecha com o polegar – Você não tem nada a perder Isabella.

- Eu tenho muito á perder Edward – sussurrou olhando nos meus olhos, sem fugir do meu toque.

Progresso!

- Eu prometo que não vai perder nada. Só ganhar! – prometi com sinceridade.

- Okay! – sussurrou baixinho, pegando a minha mão que estava em seu rosto. – Podemos estudar agora?

- Sim, podemos. Se me prometer que vamos conversar sobre nós dois depois  - insisti.

- Não existe nós dois. Isso é impossível! – tentava negar.

- A palavra impossível não existe no meu vocabulário! Droga! – respirei fundo apertando a ponta do meu nariz.

Sua teimosia, quase superava a minha.

- Política e direito; - disparei depois de alguns segundos - Stephen Kanitz, Henry Thoreau, Theodore Roosevelt, Franklin Roosevelt, John Kennedy e Barack Obama.
- O que é isso? – pediu confusa.
- Preciso estudar esses nomes, para um trabalho de Política e Direito. – expliquei cansado. Queria fazer tudo com minha gata selvagem, e estudar com certeza era a opção final da lista.
- Certo! Não conseguiu informações diretamente com Obama? – zombou – Aposto que ele ficaria honrado de atender sua ligação em pleno domingo!
- Aos domingos ele joga golfe com meu pai. Não acredito que eu seja tão descarado assim! – dei de ombros, vendo seus olhos arregalarem.
- Seu pai joga Golfe com Barack Obama? – perguntou incrédula.
- Sim! Eles estudaram juntos! Meu pai financiou sua candidatura – respondi simplesmente.
- Não sei porque ainda me espanto! – sussurrou pra si mesma, sacudindo á cabeça – Vou pegar alguns livros – respondeu sem graça se dirigindo á estante, dando–me mais uma vez uma visão magnífica da sua bunda maravilhosa e as pernas cremosas e torneadas.
- Vou comprar calças para ela! – sussurrei comigo mesmo, coçando minha nuca. – Foda-se! O que está fazendo? – resmunguei apertando meu pau, quando ela se empinou, na ponta dos pés, para pegar um livro.
- Tentando pegar um livro o que acha? – olhou-me por cima do ombro, com cara de que “ você é cego?”
- Deixe que eu pego! Ou não respondo por mim mesmo – retruquei me aproximando e pegando o maldito livro.
- Você é muito estranho Cullen!
- E você é muito gostosa Swan – repliquei deixando-a sem fala.
Isabella sentou-se de forma que estávamos de frente um para o outro, separados pela mesa. Abriu os livros e sua bolsa, tirando de lá seus óculos de leitura. Amarrou os cabelos em um coque frouxo, prendendo-o com um lápis. A perfeita bibliotecária sexy. A fantasia de todo homem. Fazendo-me contorcer na cadeira.
- Por onde quer começar? – disse baixinho mordendo os lábios. Fazendo com que cada movimento do seu corpo agisse como um combustível para o meu, que já estava chamas, desde a nossa discussão.
Mulher maldita! Eu nunca iria estudar desse jeito.
- Isabella! – chamei com a voz rouca – Você não tem a mínima ideia do efeito que você tem sobre mim não é? Como cada coisa que faz, ou fala me incendeia. – sussurrei, afastando minha cadeira e olhando novamente suas pernas que estavam cruzadas.
- O que pensa que está fazendo Cullen? – me perguntou enfurecida, por cima do livro, seguindo meu olhar.

- Estou olhando. Olhando essas pernas maravilhosas e imaginado elas enroladas em minha cintura, enquanto eu soco meu pau em você – respondi olhando profundamente em seus olhos, vendo-o se arregalarem e seu rosto corar, deixando-me ainda mais faminto.

- Definitivamente você é louco! Primeiro diz que me ama, agora fica delirando! Está com febre Cullen? Bebeu, usou drogas? Se quiser podemos deixar a Tutoria para outro dia...

- Não! Nenhuma das opções! – sussurrei rouco, levantando da cadeira, e jogando com uma braçada todos os livros no chão, praticamente me debruçando sobre ela, fazendo com que se afastasse um pouco – O que eu quero na verdade, e tirar sua roupa e foder você bem aqui nessa mesa secular. Quero que você grite meu nome, fazendo com Sheakspeare, Baudelaire, Goethe, Walt Whitman, Camões e todos os famosos escritores escutem sua voz dizendo que me ama também, Porque acredite em mim Isabella Swann, você vai ser minha, e vai me amar, nem que seja a última coisa que eu escute. E nesse dia minha gata selvagem – sussurrei rouco me aproximando de seu rosto atordoado com minha explosão – Você vai implorar para ter meu pau enterrado em você! – rosnei, lambendo sua bochecha como um cão sedento. – Te pego ás dez! Vamos sair para jantar. Esteja pronta Swan.. Eu odeio esperar! – conclui saindo da sala sem esperar por sua resposta.

Ela já era minha! Só não tinha se dado conta ainda!

*-*-*-*-*-*--

Saí da sala a passos largos, sem esperar pelo seu provável ataque. Eu estava prestes de cumprir minha ameaça.

- Charlotte! – chamei a bibliotecária que havia tentado me cantar no momento que havia chegado, atrás de Isabella.

Pobre coitada!


- Pois não Sr. Cullen – perguntou cheia de sorrisos, ajeitando os óculos, que nada pareciam os sexys da minha gata selvagem.

- Você gosta do seu trabalho? – perguntei me inclinando no balcão, fazendo-a prender o fôlego.

Sim! Eu sabia do meu efeito nas mulheres.

- Claro! Eu amo meu trabalho, mesmo quando os “moradores” daqui conversam comigo! – comentou olhando para os lados, como se contasse um grande segredo.

Minha vontade era de revirar os olhos, e perguntar se ela já tinha fumado sua cota de maconha, que provavelmente comprava de James.

- Minha namorada ainda está na sala 806. Eu não quero que seja incomodada – comentei, deixando-a atordoada - Aqui, esse é meu número de celular, quero ser avisado assim que ela sair desse prédio! Estou sendo claro?  - pedi entregando o papel com meu contato.

- Eu não posso fazer isso? – disse indignada.

- Charlotte! Não queremos que a reitoria saiba, que seus “amigos imaginários”  - citei fazendo aspas com os dedos – É fruto da maconha que compra diariamente e dos comprimidos alucinógenos que estão estocados em sua gaveta certo? – terminei olhando com prazer seus olhos se arregalarem, e seu corpo se contorcer em entendimento – Exatamente! Foi o que pensei! – concluiu me afastando. – Não se esqueça de me ligar! – disse uma última vez, saindo da biblioteca.

*-*-*-*-*-*-*-*-

- Rosalie como andam os preparativos para a festa de Isabella? – perguntei através do meu celular, assim que entrei em meu volvo.

- Ainda não acredito que está fazendo isso Edward! – suspirou cansada.

- Você não me respondeu!

- Está tudo quase pronto! Quando pretende contar á ela essa loucura? – pediu nervosa.

- Não vou contar! Será uma surpresa!

- DEUS! EDWARD! ELA VAI TE MATAR E ME MATAR! – gritou, fazendo-me afastar o telefone de minha orelha.

- Você está gritando comigo? – rosnei, deixando-a alguns segundos em silêncio. – Foi o que pensei! Avisei que vou buscá-la para jantar. Ela não desconfia de nada!

-Jura? – zombou

- Não estou aprovando seu tom Rose! Deveria saber melhor do que falar assim comigo! – alertei.

- Okay! Me desculpe! É que eu sei que Bella vai ficar louca de raiva! Eu.. eu não queria que ela ficasse chateada comigo! – explicou.

- Não se preocupe! Toda sua ira vai estar direcionada á mim! – gargalhei lembrando-me de como ela era uma gatinha enfurecida – E estou louco pra isso!

- Você é louco Cullen!

- Eu sei! Bella deixou muito claro isso hoje! Várias vezes -  sorri, sentindo o doce sabor do seu apelido saindo da minha boca.

Bella. Minha Bella de fato.!

- Que seja Cullen! Vou sentar de camarote e ver você quebrar sua cara – resmungou.

- Você verá de camarote meu sucesso Rosalie! Nunca duvide disso! – terminei encerrando a ligação.

Hora de me preparar para o golpe final!

Isabella seria minha está noite, ou eu não me chamava Edward Cullen!


“Quanto mais próximo o homem estiver de um desejo, mais o deseja; e se não consegue realizá-lo, maior dor sente.”

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