(Edward
20 anos - Bella 17 anos)
Capítulo 002/01 –
IMPRESSÕES ARROGANTES.
Harvard
University – 2004
Fraternidade Alpha
Epsilon Pi
EdwardPVD
- Edward cara! Esses
anos serão nossos “Anos Dourados” – gritava Emmett jogando os pulsos no ar,
enquanto terminava de pendurar minha última camisa no armário.
- Deixa de idiotice
cara, você escutou tão bem quanto eu o sermão que nossos pais nos deram antes
de sair de casa “ Por favor, não joguem o
nome e nossas famílias na lama, gerações
e gerações de Cullens e McCartys frequentaram as salas de aulas de Harvard, e
contribuem anualmente milhares de dólares para continuemos sendo prestigiados”
– imitei muito grosseiramente a voz de meu avô Edward Mansen no sermão que nos
deu em nossa festa de despedida, causando um acesso de risadas em Emmett.
- Pô Edward! Nem
fala – riu – Mas na lama mesmo, quero é me enrolar com essas gatas selvagens,
cara – suspirou - Tem muita mulher gostosa por aqui! – gemeu indo para a janela
– Não vejo a hora de começar a festa de confraternização.
- Emmett de boa, se
começar assim logo no primeiro dia, vai se ferrar! – alertei.
- Edward Porra!
Estamos em Harvard imbecil, na fraternidade mais importante, mais badalada, não
me venha com essa seu papinho de “eu penso no meu futuro” pra cima de mim –
reclamou.
- Mas eu penso no
meu futuro! Meu pai vai me capar se eu sair dessa universidade sem ser pelo
menos o melhor da turma, e você sabe disso! Afinal assim que me formar todas as
empresas e milhões de dólares em patrimônio serão de minha responsabilidade,
não vou ser motivo de chacotas Emmett – avisei serio – Você deveria pensar
assim também.
Cullen Mobil Corporation é a maior empresa do mundo no ramo
de petróleo e gás com sede em diversos países, tornando-se ainda mais poderosa
após a fusão com ExxonMcCarty, a maior empresa de exportação das américas. Com
a fusão das duas empresas, nossas famílias ficaram muito unidas, tornando
assim, Emmett e eu amigos inseparáveis, pois nossa vida sempre foi muito
parecida. Inclusive a cobrança da família em nossas costas, em nossa preparação
para assumir os negócios, já que ambos somos filhos únicos. Deixando de lado
pequenas diferenças pessoais, como por exemplo, o fato de Emmett sempre ter
sido mais aventureiro e ter quebrado as regras por diversas vezes, em festas e
badalações, causando entre nós algumas discussões ás vezes.
-
Porra Edward! Não estou falando pra você deixar estudar e ficar só na gandaia,
como se eu não soubesse como CDF é você, e esse seu sendo de responsabilidade
com a família que não te larga, só para de ser tão chato meu! Com tanta buceta
andante por aqui, não acredito que você vai ficar enfiado com a cara dentro de
um livro – sorriu sacana, cheio de segundas intenções - Vamos só relaxar, beber alguma coisa, se
divertir – pediu!
-
Não sei Emmett – falei duvidoso – Não quero dar motivos para meu pai encher o
saco! – Deus sabia como Carlisle poderia ficar furioso se alguma coisa saísse
errado.
-
Cara! O que mais tem nessa Universidade é filhinho de gente rica. Nessa
fraternidade então, pufff – zombou – Tem que estar os filhos das maiores
fortunas desse planeta. Jamais alguém, mesmo dessa universidade viria aqui,
fazer alguma coisa contra nós. Afinal fomos escolhidos a dedo meu amigo –
esnobou.
Emmett
era meu melhor amigo, um cara de coração imenso, mais seu maior defeito era
saber que tinha muito, muito dinheiro e usufruir sem culpa desse fato, chegando
muitas vezes a ser um esnobe, arrogante.
-
Tão a dedo, que nem precisamos fazer teste algum para entrar, como as milhares
de pessoas fizeram. Só bastou um telefone de nossa família – argumentei amargo.
-
Cruzes Edward, quando você começa com essa sua síndrome de Madre Thereza, me dá
náuseas. Porra! qual o problema? Temos dinheiro, nossos pais doam muita grana
pra essa universidade, entramos sem exame pela porta da frente, e se quiser
podemos nos formar, sair com o diploma debaixo do braço sem nunca pisar em uma
sala de aula, afinal é isso que pessoas com dinheiro e poder fazem, você vai
assumir os negócios da família, acostume-se a isso camarada. O dinheiro compra
tudo! – ralhou sério.
-
Você sabe o que eu penso Emmett – disse sério – Tenho princípios e alguns
valores morais para mim, não estão á venda. Posso ter entrado aqui de uma forma
não-tão-nobre, mas me recuso a sair dessa mesma maneira – falei mais sério,
essa era uma dos motivos que sempre discutíamos, entre outras coisas.
-
Ok! Não vamos discutir. Já entendi! Você veio aqui para estudar, ser melhor da
sua turma, orgulhar sua família, blá..blá...blá.. já escutei esse discurso mil
vezes. Mas enquanto faz tudo isso, pelo menos dá pra tentar ser social,
conhecer pessoas, lamber algumas tetas?
-
Foda-se Emmett, você só pensa em transar!
- rosnei
- E
você deve estar virando viado porra! – rosnou de volta – Quanto tempo não fica
com alguém?
-
Você sabe muito bem que desde que terminei com Jéssica – apertei os olhos.
-
Ahhhhh... faça-me o favor! Aquela mulher só queria dinheiro e status – zombou
- Sim..claro!
E você fez um favor enorme me mostrando isso! – torci o nariz
-
Claro! Você era um idiota cego! Só comendo ela na sua frente você iria perceber
que a vadia interesseira, você não acreditava quando as pessoas te falavam.
-
Mas você é meu amigo. Precisava comer minha namorada? – rosnei ainda com raiva
por sua traição.
-
Sou tão seu amigo, que te livrei de uma vida. A propósito ela nem era boa de
cama assim, nem tão gostosa – zombou.
-
Emmett – alertei – Eu te perdoei porque ela mesma confessou que nunca gostou de
mim, mas se algum dia você encostar um dedo em alguma mulher que eu esteja
interessado, seja interesseira ou não, eu acabo com você! – alertei sério. Eu
podia ser quieto na minha, mas quando me tiravam do sério, eu não respondia por
mim, e Emmett sabia disso.
-
Edward cara! Já conversamos sobre isso. Nunca mais intrometo na sua vida. Se eu
achar alguma coisa errado, eu te dou um alerta, mas nunca mais vou me envolver
assim..ok? – respondeu, seu semblante sério! – Agora vamos descer e relaxar um
pouco, me promete que pelo menos vai tentar se distrair e conhecer pessoas –
pediu.
-
Vamos logo Emmett, senão desisto e fico por aqui mesmo.- respondi seco, sem
vontade nenhuma de descer, louco apenas para ficar no meu quarto escutando
música ou lendo um bom livro.
Ele
apenas riu sacudindo cabeça e saímos do quarto, seguindo pelo corredor, onde já
podia ouvir o som de uma música bem alta e várias vozes falando ao mesmo tempo.
Assim
que descemos as escadas, a multidão de pessoas que lotavam as salas era imenso.
Muitas, muitas mulheres, algumas já só de sutiã, correndo de caras sem camisa,
outras dançando loucamente, no meio de uma roda de outros caras. Vários grupos
de estudantes bebendo, e se drogando em uma fileira de cocaína espalhada em uma
mesa de canto. Eu olhava tudo petrificado, enquanto Emmett já longe de mim
gargalhava alto, com os braços em volta de uma ruiva escultural.
Sacudi
a cabeça, já lamentando, e prevendo como seria sobreviver há quatro anos dessa
loucura, quando esbarrei em uma pessoa, quando girava o corpo para subir as
escadas novamente.
-
Ops! Desculpe-me – pediu a voz angelical, quando derrubou a cerveja em minha
camisa – Meu Deus! Como sou desastrada, eu...eu sinto muito.. estava procurando
a saída – suplicou olhando nos meus olhos.
Bella.
Ela
era a mulher mais linda que eu havia vista na vida. Branquinha, com o rosto
fino, angulado, bochechas coradas, sobrancelhas esculpidas, a boca carnuda,
vermelha e os olhos..Deus! seus olhos teriam que ser o mais lindo tom de
caramelo que eu nunca havia visto, misturado com verde. Seus cabelos eram um
tom delicioso de chocolate, comprido...
Ainda
mudo e atordoado pelo súbito encontrão, dei um passo para trás para clarear as ideias
quando olhei para se corpo. Doce Jesus! Ela era a perfeição. Exalava inocência
com pecado. E diante dessa constatação, disparei sem pensar - Quantos anos você tem? – perguntei, sentindo-me zangado, sem saber porque.
-
Hummm..er... 18 – sussurrou baixinho, claramente mentindo
-
Mentira! Vamos fale a verdade! – pressionei sem sentido, mas só o fato de
imaginar ela, tão inocente no meio dessas pessoas, bebidas e drogas, me deixava
com uma raiva irracional...
-
Ok..está bem.. tenho 17, mas vou fazer 18 em poucos dias..então se me der
licença... – empinou o nariz e tentou passar por mim..
-Ohhh
Não!... Aonde pensa que vai?.. Se alguma coisa acontece com você aqui, pode
criar muitos problemas, você é menor de idade. Como entrou aqui?
-
Minha colega de quarto foi convidada e insistiu que viesse com ela. Pode ficar
despreocupado, não vou trazer problemas nenhum pra você ou pra sua “preciosa fraternidade”, afinal quem sou
eu para prejudicar os "playboyzinhos" do planeta, os papais ricos, me sugariam a
alma – respondeu empinando o nariz e me enfrentando – Pode ficar tranquilo
mauricinho, enquanto você fica aqui curtindo sua vidinha fútil e desenfreada,
sou muita mais ficar na minha escutando uma boa música em vez desse lixo e ler
um bom livro.
Eu
estava fascinado. Não poderia ser! Eu poderia ter encontrado uma mulher que
fosse como eu, que gostasse de mim pelo que sou e não pelo meu dinheiro. Uma
linda e doce mulher inocente que pudesse me amar, a mim, simplesmente Edward?
Eu precisava testar, antes de deixa-la ir.
-
Bem que você gosta de um "playboyzinho" não é? Afinal você está aqui? Qual sua
intenção? Arrumar um bom partido? Um casamento? Uma fortuna? – zombei, a
devorando com os olhos – Qual seu sobrenome?
-
Você é um idiota arrogante, se acha que só porque tem dinheiro pode falar
comigo dessa forma. Eu já te disse que vim somente para acompanhar uma amiga,
que a propósito me arrependi amargamente assim que coloquei os pés nesse antro
de ... de... podridão, gente arrogante... E como ousa perguntar meu sobrenome
quando nem se quer meu nome você sabe – ela quase gritava. Estava linda, ofegante
com o rosto vermelho e praticamente apontando o dedo na minha cara.
- E
o seu sobrenome que importa nesse mundo querida. O meu é Cullen a propósito –
percebi quando arregalou os olhos em reconhecimento – Viu? e disso que estou falando, já vi cifras e cifras, rolarem por esses
lindos olhos, porque não acabamos com essa conversa fiada, e vamos para a minha
cama. Ambos sabemos que todo esse joguinho de jogar cerveja na minha camisa,
não passou de um teatro – joguei frio.
Por favor baby! Não
aceite...não aceite..seja diferente! Não seja como as outras. – implorava
mentalmente, quando senti meu rosto arder, pelo forte tapa.
- Você... você.. é um bastardo doente. Seu prepotente
nojento, idiota de merda – ela gritava, chamando a atenção de várias pessoas, inclusive
Emmett – Como se atreve a falar assim comigo? Pensa que sou uma de suas
vagabundas? Você é desprezível. Por mim você pode pegar seu dinheiro, nota por
nota enrolar e enfiar tudo no meio do seu ...! – gritou enfurecida, cutucando
meu peito.
Eu queria sorrir..Muito!
- Hey! Calma aí garota, olha como você fala com ele.
Ele é Edward Cullen você ficou louca? – gritou Emmett, segurando seu braço.
- Ele pode ser o papa, o rei, .o raio que o parta, mas
ele não é Deus! E você tire suas mãos de mim, seu ogro arrogante! – ela gritou,
chutando o calcanhar de Emmett.
- Você é MALUCA? SOU EMMETT McCARTY! – ele gritava
mais alto.
- FODA-SE VOCÊ TAMBÉM SEU IDIOTA! QUAL O PROBLEMA DE
VOCÊS COM ESSE LANCE DE SOBRENOME? É ALGUMA SÍNDROME 007? – EU SOU BOND!..JAMES
BOND! ..PORRA! – gritou ainda mais alto, causando uma onde de risadas por sua
imitação de 007, já que por conta da discussão a música havia parado e não
havíamos dado conta.
Emmett a olhava atordoado. Assim como eu. Ela era uma
coisa pequena, mas completamente valente. E deliciosamente furiosa.
- Bella vem.. Vamos embora – chamou uma loira, que
passou ao lado de Emmett o deixando de olhos arregalados.
- A qual é Rosalie, está de babá da fedelha pobretona
agora? – zombou a ruiva que estava agarrada a Emmett momentos atrás.
- Ela é minha colega de quarto Victória – respondeu
seca – Está aqui por minha causa. Você mais que ninguém deveria morder a língua
em julgar alguém de pobretona, afinal quem te sustenta é James não? – falou com
escárnio, puxando Bella pelos braços e a abraçando.
- Rose, pode ficar, eu estava mesmo procurando a
saída. – disse Bella com a voz embragada e cabeça baixa, saindo correndo.
Isso me irritou! Nunca! Jamais permitiria que a
humilhassem.
- Victória não é? – perguntei me dirigindo a ruiva que
desviou sua atenção para mim, e ronronou vulgar.
- Sim querido, o que você quiser sempre.
- Nunca mais se intrometa em meus assuntos. Você e
qualquer pessoa dessa fraternidade – falei em alto e bom som – Jamais se
interfiram nos meus assuntos. Garanto que as consequências não serão nada
agradáveis.
- Você não manda aqui Cullen. James Fox, e quem
preside essa fraternidade, bem como a faculdade – gritou alguém.
- Eu posso comprar James Fox, assim como a família
dele toda em um piscar de olhos, ou qualquer um de vocês!. Se forem espertos
não vão ficar no meu caminho. Esta festa está encerrada! Todos caiam fora
daqui!. – ordenei, subindo as escadas.
- Rosalie! – chamei me virando – Qual o nome de sua
amiga? Me conte tudo sobre ela.
- Cullen... ela é uma muito simples. Consegui vir para
Harvard como bolsista. Muito estudiosa e meiga. Uma moça de família. Por favor!
Deixe ela fora disso!
- Hale! Não foi isso que eu pedi pra você – exigi a
chamando pelo sobrenome, causando espanto. Ledo engano. Antes de vir para a
universidade sabia o nome de todos os herdeiros que estariam na fraternidade,
inclusive na feminina.
- Isabella.... Isabella Swann – respondeu baixinho.
- Ótimo!. Amanhã não esteja em seu quarto ás 19:00hs –
pedi, planejando algo.
- Ohh...Por favor..Não faça nada com ela.. as
coisas...que ela te disse..Deus!..Não faça perder a bolsa de estudos... –
suplicava com os olhos embargados.
Fiquei feliz. Isabella podia contar com uma amiga
verdadeira.
- Rose.. pode ficar tranquila. Somente quero conversar
com ela a sós ok? – a tranquilizei.
- Tudo bem. – respondeu com receito.
Sorri acenando, e observei a sala praticamente vazia,
ordenando aos retardatários que limpassem o lugar e organizassem a bagunça.
Nessa data começava a Era Cullen. E eu já havia escolhido
minha rainha.
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