terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 010


Capítulo 010/01 – PODER - SEU NOME TAMBÉM  É IRA!

Edward – PVD


- Falar com Isabella, antes que Rose estrague tudo! – conclui entrando no veículo e dando partida.

Isabella iria me escutar! Por bem ou por Mal.

*-*-*-*-*-*-

- Rosalie não vai chegar á lugar algum antes de você! – alertou travando meus passos – Antes de tudo isso acontecer, eu a havia visto, na festa, e, bem... Eu queria conversar com ela..

- O que você fez Emmett? – pedi confuso

- Furei seu pneu? – saiu como uma pergunta.

Eu poderia ter gargalhado se não estivesse tão irritado, apenas sorri fracamente, em concordância.

Falaria sobre isso com ele mais tarde.


- EDWARD! – chamava Emmett mais uma vez enquanto dava a partida – Espere! Você.... você acha mesmo necessário fazer isso com Tanya? – perguntou encostado á janela.

Desviei meu olhar e foquei meus olhos para frente, á um ponto fixo na rua. Minhas mãos apertavam o volante com força. E tentava, tomando respirações profundas, me concentrar nos acontecimentos dos últimos minutos.

Se eu fosse honesto comigo mesmo, e eu sempre era, devia reconhecer que apesar de não tolerar traição, armações e desrespeito, eu havia passado dos limites. O problema era que, desde que minha obsessão por Isabella havia surgido, o sentimento consumia grande parte dos meus pensamentos, meu discernimento andava meio nublado.

Eu nunca, em momento algum em minha vida, havia me deixado levar por ninguém. Não por um ato inconsequente, não por uma provocação. Mesmo porque, as pessoas simplesmente não se aproximavam de mim o bastante para que isso acontecesse. Eu nunca deixava qualquer pessoa quebrar uma barreira de minha personalidade, que pudesse fazer-me agir com emoção, pelo simples fato de ser educado a agir sempre com a razão.

Sempre, desde minha infância, fui talhado para um mundo que não permite que suas ações sejam baseadas em sentimentos. Fui moldado e educado para assumir um império de trilhões de dólares. E nunca havia passado pela situação de desejar algo e não obter.

Até Isabella Swann.       

Suas ações despertavam em mim, sentimentos novos. Sentimentos desconhecidos, e confusos. Um extinto de proteção feroz corria por minhas veias em relação a Ela. Eu nunca havia sentido isso em por membros de minha família sequer. A mera hipótese de feri-la, magoá-la, seja por meus atos, ou por outrem, despertavam em mim, uma fúria cega, assassina. Nublando minha mente, do que era certo e errado.

Independente de Isabella ou não, eu sabia que traidores, deviam ser punidos. Em meu mundo, os inimigos estavam á espreita para qualquer momento de falha ou fraqueza. Esperando o golpe final. Eu não podia deixar minha guarda baixa. Mas ao mesmo tempo, as palavras de Rosalie martelavam em minha mente. Eu nunca me aproximaria de Isabella, nunca a conheceria como queria ou a teria para mim, se Ela pudesse ter o mínimo vislumbre do monstro dentro de mim que espreitava, sempre á borda.

- Fiquem andando de carro com ela pelo campus – falei após um momento, olhando em seus olhos – Eu ainda vou decidir o que vamos fazer com Ela. Deixe claro para Tanya, que seu futuro está na mão de Isabella, que torça para que Ela me escute Emmett, porque se suas ações deixarem-me de mãos atadas e me afastarem daquilo que mais quero, não haverá clemência. – rosnei.

- Nunca te vi assim cara! O quê está acontecendo com você? – pediu preocupado, encarando meus olhos.

- Eu nunca quis nada tanto na minha vida Emmett! Eu nunca precisei lutar tanto para ter algo, e serei maldito, se vou deixar algum filho da puta ficar de armação pra cima de mim. Estou a ponto de romper, e deixar um novo Edward assumir. O esperado novo-velho Edward, frio sem sentimentos que tanto Carllisle Cullen almejava que surgisse. Ele está batendo á porta Emmett, e somente uma pessoa, vai trancar essa passagem. Caso contrário – sorri com escárnio – Não será uma visão agradável de ver. – terminei usando a metáfora muito conhecida por nós dois, e pelo olhar de pânico de Emmett, ele havia entendido o recado.

Meu pai Carlisle Cullen, era o maior Filho da Puta na face da terra. Não media esforços, para conseguir o que queria. Agindo com punhos de ferro na presidência da empresa da família. Sua grande façanha na vida era tornar-me como ele. Por anos educava-me para seguir seus passos. Perdi a conta, de quantas vezes durante minha infância e adolescência, ele me levava em reuniões, onde me “ensinava” a melhor forma de punir o que chamava de traidores. Por anos observei homens serem surrados por seus capangas. Homens, pais de família que choravam aos seus pés pedindo clemência, quando ele destruía suas empresas, os deixando sem nada.  Pelo simples fato de terem tentado burlar algum negócio, ou o passarem para trás.

“Traição não pode ser perdoada Edward. Aprenda isso. Não deixe sentimentos misericordiosos nublarem seu critério do que é certo e errado. Essas pessoas cometeram atos desleais, uma vez que você permitir que esse tipo de pessoa, esteja em sua roda de convivência, eles irão contaminar tudo ao seu redor.“ – era seu discurso.

- Os fins justificam os meios – sussurrei para mim mesmo uma frase muito usada por ele, mas que foi escutado por Emmett.

- Você falou como seu pai agora – lamentou cabisbaixo. Assim como eu, Emmett se recusava a viver a sombra de Brian McCarty. Esse havia sido o ponto chave que havia nos unido tanto anos atrás.

Não sermos iguais a Eles.

- E por isso que não posso perder Isabella, ela é a minha Esme! – conclui, falando o nome de minha mãe. A única pessoa no mundo que controlava Carlisle Cullen. Era seu calcanhar de Aquiles.

- Não permita que ela seja o seu! – alertou-me Emmett lendo meus pensamentos, falando de Isabella.

Sorri sem graça, sacudindo á cabeça, dando novamente a partida no carro – Ela já é meu amigo! – finalizei saindo.

*-*-*-*-*-*--*-*-*-**-*-*-*-*-

Dez minutos depois estacionava em frente á Porcellian , constatando o fato de que o carro de Rosalie realmente não se encontrava.

A Fraternidade estava toda escura, somente as luzes suaves dos abajures iluminavam o ambiente. Isabella não se encontrava em nenhum lugar em torno da sala. Mas um pequeno som de algo caindo e um gemido alertava-me de que Ela estava no andar de cima, provavelmente em seu quarto.

Subi ás escadas, pulando os degraus de dois em dois, a cada passo seus lamentos de dor ficando mais alto, mandando-me a outro estado de frenesi; preocupação. Fazendo-me entrar em seu quarto subitamente, sem bater á porta.


Meu lado gentleman deveria ter feito-me fechá-la com um pedido de desculpas, no mesmo instante. Mas esse cara, á muito estava adormecido. Dando assim espaço, para o atual Edward, o que desejava ardentemente á mulher de costas e completamente nua á sua frente.

Maravilhosa. Deliciosa. Concordava meu pau, que ficou completamente duro, diante da visão. Enviando-me a outro estado de frenesi; desejo.

Isabella conseguia enviar-me a um Mix de emoções, que se Eu não tomasse cuidado, poderia virar uma massa de modelar em suas mãos.

- Maldita cadeira! – ela gemeu com dor, inclinando seu corpo, pegando o pé, me dando uma visão perfeita de sua bunda.

- Se continuar empinando essa bunda maravilhosa em minha direção, não respondo por meus atos – alertei, informando minha presença, já me encostando de lado, prevendo a rota de um possível objeto que voaria em minha direção.

Mas sua reação, mais uma vez me deixava surpreso.

- Cullenzinhoooooo.... que bom que alguém me escutou.... – falava grogue, virando-se de frente, me contemplando com a visão de seus seios duros e rosados e sua vulva nua.

-Foda-se! – gemi apertando meu pau!

-Owww.... você é muito boca suja! Sua mãe devia ter lavado com sabão! – apontou com o dedo, tropeçando mais uma vez na cama. – OUCH!.. Quer parar de rodar o quarto? Você faz isso de propósito.. Eu te conheço Cullenzinhoooooo – continuou e começou a rir.

- Isabella você está bêbada? – perguntei preocupado.

- Nãooooooooooooooo sei – respondeu rindo – Mas isso e tãooooooo legal!!  - gargalhou se jogando na cama – Deita aqui vemmm – chamou batendo ao seu lado – Olha como o teto está girandoooooo.- apontava para cima girando as mãos em circulo.

Respirei fundo, suplicando para meu lado Gentleman assumir o comando, e esquecer que a responsável por meu recente estado de insanidade, meu objeto de desejo, estava completamente nua, e agora com os joelhos dobrados,  brincando com o bico dos seios, em cima da cama me chamando.

- Isabella – gemi – Que porra está fazendo?

- Olhando.......... Eu não tenho peitõessss.... Você gosta de peitõesssssss? Rosalie tem peitõessss... e a Tanya..e a Lauren............... você acha que peitõessssssss é coisa de loira? Vou tingir meu cabeloooooooo.... Você gosta do meu cabelo?

Cristo!

Olhei em volta do quarto, procurando um maldito cobertor, para que o restante de minha sanidade fosse poupada, encontrando-o jogado em cima do sofá.

- Vem Bella, deite aqui – chamei arrumando os travesseiros, e a cobrindo como um cásulo, fazendo um esforço sobre humano, evitando olhar em seu corpo nu, ou sentir seu perfume que me deixava louco.

- O que você tomou amor? – pedi carinhosamente, passando a mão em seus cabelos macios. Paralisando minha mão, quando a realidade do que eu havia acabado de dizer me batia como um trem de cargas.

Eu á havia chamado de Amor. Eu porra amava Isabella Swann!!

- Eu adoro seu cafunéeee – gemeu baixinho de olhos fechados, tirando-me do meu estado de epifania. – Deita aqui comigo Cullenzinhoooo... – sussurrou caindo no sono.

Sorri baixinho, tirando meus sapatos, e deitando ao seu lado. O mais provável, era que Isabella me mataria quando acordasse. Mas por hora, eu iria me satisfazer, tendo a mulher que eu amava em meus braços.

*-*-*-**--*-***-*-*-*---*-*-**-**-

Um líquido gelado e amargo, escorria por minha face, acordando-me de um sonho maravilhoso onde eu tinha minha gata selvagem ao meu lado. Dando um pulo assustado, meio perdido, constatei a realidade do sonho, observando que estava realmente no quarto de Bella, com uma Rosalie munida de uma garrafa de vinho como arma, apontada para mim e me olhando com fúria.

- Seu maldito! O que fez com ela? - sussurrou alto, fazendo Isabella se mexer na cama.

Rosalie não iria estragar meus planos. Não depois de descobrir meus reais sentimentos. E com a resolução tomada, calcei meus sapatos, puxando-a ferozmente pelos braços e para fora do quarto, escutando seus protestos até a sala.

- Eu não fiz merda nenhuma com ela Hale. – falei firme, tomando a garrafa de sua mão, empurrando seu corpo no sofá – Cheguei á algumas horas para conversar com ela antes que você estragasse tudo, encontrando-a bêbada.

- Foi você que a embriagou! Queria se aproveitar dela! – acusou se levantando do sofá.

Ira!

Em segundo eu estava com minha face colada com a sua – Cuidado com o que você fala Rosalie. Eu posso ser o que você quiser, mas não sou o tipo de homem que embriaga uma mulher para se deitar com ela. Reveja seus conceitos sobre minha pessoa, pois você pode se arrepender de alguma coisa.

- Está me ameaçando Cullen? – tentou esconder seu temor.

- Não! Estou avisando Rosalie, e sinta-se privilegiada, porque não faço isso para qualquer um. Mas por algum motivo, sinto-me grato por ser tão defensora da mulher que eu amo, admiro sua lealdade.

- Ama? – sussurrou com espanto, fazendo-me dar conta do que havia dito.

Parecia que essas palavras deslizariam fácil por meus lábios. Minha única preocupação era a reação da pessoa á quem se destinava.

- Eu a Amo Rosalie – confirmei, dando alguns passos para trás.

- Você é um cínico Cullen, como pode amá-la se sua boca estava presa na de Tanya horas atrás? – zombou.

- Acredita mesmo que se eu estivesse interessado nessa vadia, estaria aqui perdendo meu tempo com você? – retruquei, vendo seu semblante cair. – Eu quero Isabella, e vou fazer de tudo para tê-la, confie em mim, você não vai querer ficar em meu caminho. Nem você, nem ninguém.! – completei.

- Porque a embebedou então? – voltou á perguntar.

- Você escuta alguma maldita coisa do que digo? – rosnei – Eu cheguei aqui e ela estava em seu quarto tropeçando, completamente nua, a única coisa que fiz, foi colocá-la na cama, e cobrir seu corpo, e ela pediu-me para deitar com ela – conclui vendo seus olhos se arregalarem pelo fato de revelar que estava nua.

- Ela fez esse pedido porque não estava ciente do que falava – argumentou.

- Eu sei – sorri – E corria o risco de ela me acordar á tapas – dei de ombros - Mas teria sido gratificante.

Rosalie em encarava em silêncio, buscando talvez, algum indício de mentira. E suspirou não encontrando nada.

- Eu a adoro Edward, ela é como uma irmã pra mim – disse séria.

- E eu a Amo Rose, como nunca amei mulher alguma. – respondi direto, dando a dica que não falaria mais nesse assunto. – Como disse, aprecio sua amizade, Isabella vai precisar – alertei, quando alguns novos pensamentos invadiam minha mente.

- Isabella havia bebido quando você saiu de casa?

- Sim, tomamos uma latinha de cerveja cada uma, quando comemos um lanche. Ela ficou um pouco alta, e estranhei a princípio, mas depois lembrei que ela não pode mesmo tomar nada forte por causa de seu remédio para Asma.

- Ela tem crises de Asma? – cortei interessado em cada coisa que pudesse saber dela.

- Sim, mas as crises acontecem quando fica muito ansiosa ou nervosa, então hoje ela estava bem, por isso deve ter concordado em tomar alguma coisa.

- E essa garrafa de vinho? – perguntei tentando encontrar uma lógica.

- As únicas pessoas que tomavam vinho eram.... – mal terminou me olhando com raiva

- Tanya e Lauren? – perguntei completando seu pensamento, mas já deduzindo que sim.

- Aquelas vadias! – gritou, pulando do sofá – Eu saí daqui antes delas, para colocar gasolina no meu carro, provavelmente, devem ter colocado a garrafa no quarto de Bella enquanto ela dormia.

- E Isabella resolveu tomar o restante quando ficou sozinha? – perguntei curioso, o porquê de sua atitude.

- Você não é uma pessoa muito agradável Edward – deu de ombros – E ultimamente anda consumindo muitos os pensamentos dela. Quem sabe ela não quis encher a cara para te esquecer – falou simplesmente.

- Nem toda a bebida do mundo, fará Bella me esquecer! – sorri convencido, em estase de saber que eu dominava seus pensamentos como Ela os meus.

- Tire esse sorriso idiota da cara Cullen! Isabella não está na sua ainda – brincou timidamente.

- Ela é Minha! Só não sabe ainda – terminei notando meu interior mais calmo.

Tudo por causa dela!

- O que vai fazer em relação á Tanya? Vou ser honesta Edward, não sei como vou agir em torno dela e temo por Bella. – confessou.

Diante de sua pergunta, peguei o telefone chamando Emmett, que respondeu ao primeiro toque, colocando a chamada no  viva-voz.

- Porra! Edward até que enfim, estamos quase ficando sem gasolina de tanto dar voltas pelo campus – reclamou fazendo-me girar os olhos por seu drama.

- Quando drama Emmett – bufei

- Que seja! – resmungou – O que vamos fazer com a loira? – pediu nervoso.

- Eu quero que ela seja punida Emmett, a forma como você vai fazer isso com James não me interessa. Mas não quero que ela seja enviada aos jogadores – olhei para Rose que arregalava os olhos assustada, no reconhecimento do que eu falava – Nenhuma mulher por mais vadia que seja, merece isso – completei vendo seu corpo relaxar – Mas quero á punição, fui claro!

- Pode deixar Edward – respondeu – Pela cara que James, está me dando, sabe muito bem como puni-la – gargalhou – Estamos indo para seu apartamento fora do campus – revelou me dando uma boa ideia da farra que iriam fazer com Tanya.

- Não faça nada que se arrependa Emmett! – alertei vendo Rosalie baixar os olhos tristemente.

- Só vamos nos divertir Edward, e pelo sorriso da vadia, ela está mais de acordo com isso – respondeu James rindo.

Desliguei o telefone, sem ter muito mais o que dizer, e sinceramente desconcertado e com pena de Rosalie.

- Tanya vai voltar a morar aqui? – perguntou-me cortando qualquer chance de que eu tocasse no nome de Emmett.

- Sim..

- Você está louco? Ela vai querer aprontar com Bella.... – aumentou a voz me cortando.

- Calma Rosalie – levantei a mão, fazendo-a calar – Você não conhece o ditado; Mantenha seus amigos perto. E os inimigos mais perto ainda? – argumentei me dirigindo á saída – Diga a Isabella que estarei aqui ás nove para irmos á Biblioteca – avisei abrindo a porta.

- O que faço com o que presenciei entre você e Tanya? – sussurrou nervosa.

- Não existe Eu e Tanya!. Você não viu nada, porque não existiu nada. Você quer sua amiga feliz Hale! Eu sou o único que pode dar isso á ela! – respondi arrogantemente.

Era impossível ser diferente. Eu tinha que conseguir.

- Se a machucar eu acabo com você Cullen! – avisou.

- Se Eu a machucar, lhe darei de bandeja todas ás armas para que faça isso Hale! – terminei saindo da fraternidade.

Era chegado a hora da conquista!


“””Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso"””

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem Girl´s..Boys...
Obrigado por estar aqui!
Beijos c/ carinho Lyyssa♥♥♥