terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 013


Capítulo 013/01 – PODER - SEU NOME TAMBÉM  É INVEJA!

Bella – PVD

- Te pego ás dez! Vamos sair para jantar. Esteja pronta Swan.. Eu odeio esperar! – declarou Edward saindo sem esperar por minha resposta, deixando-me completamente confusa.

- Mas que diabos aconteceu aqui? – sussurrei comigo mesma, caindo sentada na cadeira, tentando fazer com que minha mente registrasse os acontecimentos dos últimos quarenta minutos. Eu não podia mais negar. Não havia maneira de enganar mais meu coração; Eu Isabella Swan, estava apaixonada. Irrevogavelmente apaixonada pelo arrogante, imbecil e idiota Edward Cullen.

Se me perguntassem em que momento isso aconteceu, eu não saberia responder. Porque eu mesma não conseguia registrar esse fato em minha mente. Edward Cullen e Isabella Swan, duas pessoas tão diferentes, de realidades tão distantes, personalidades tão distintas. Mas que se encaixavam perfeitamente como peças de um quebra-cabeça – sorri, colocando levemente os dedos em meus lábios, onde sua boca havia tocado a minha. Meu corpo ainda podia sentir o toque de suas mãos, minha boca podia sentir o gosto de seus lábios. Edward... – chamei seu nome em voz baixa, sentindo o efeito dele em meus ouvidos, palpitando meu coração, e realmente constatei que estava apaixonada.

- Mas isso não muda o fato de que são diferentes Bella! – falei comigo mesma reconhecendo o quanto amissível era a situação. Eu e Edward simplesmente não éramos para ser;  - Opostos não se atraem!! – resmunguei, jogando minha bolsa no ombro, saindo e trancando a sala.

- Srta. Isabella! Como foram seus estudos? – perguntou Char, assim que passei pela recepção, para entregar a chave.

- Foi tudo bem Charlotte – sorri – Eu vim te devolver a chave – respondi estendendo a mão.

- Oh! Não querida, pode ficar com você! Essa sala é exclusiva para você é o senhor Cullen até o final da tutoria, pode guardá-la, se precisarmos entrar lá por qualquer motivo, temos reserva – sorriu ajeitando o óculos – A propósito; Leve mais uma para o seu parceiro, quando ele passou por aqui, esqueci de dar sua cópia – terminou me entregando outra chave.

- O Cullen passou por aqui? – perguntei curiosa. A saída era por outra porta. Só passava por aqui, alguém que de alguma forma necessitasse de contato com a recepção.

- Ah...  sim!  Bem... eu preciso fazer um ronda agora. Cuide-se querida! – disfarçou, saindo em disparada, discando furiosamente em seu celular.

- Okay! – respondi sacudindo á cabeça. Charlotte era meio pirada com certeza!.

No meu caminho de volta para a fraternidade, todos meus pensamentos voltaram para os acontecimentos na sala 806. Mil perguntas me atormentavam, eu me sentia próxima a uma batalha entre meu coração e minha razão, fato que me deixava ainda mais atordoada e com raiva, porque nunca em minha vida, havia me sentindo tão perdida.

- Cullen Maldito! – rosnei, atravessando a rua, quando vi, um carro preto, com vidros escuros, andando muito devagar. Isso não teria me chamado atenção ou assustado, se não fosse pelo fato, de que esse mesmo veículo, seguia a mesma rota, até a porta da fraternidade, fazendo com que eu entrasse correndo e completamente assustada, dando de cara com Rosalie.

- Bella? – chamou preocupada – Meu Deus!! O que aconteceu? Você está branca! – pediu preocupada, vindo ao meu encontro, enquanto eu muito desesperadamente procurava minha bombinha na bolsa. Minha respiração ofegante.

- Tem.. tem um carro me seguindo – respondi entre as inalações apontando para á porta.

- Um carro seguindo você? – perguntou se dirigindo á porta.

- NÃO! – gritei, puxando seu corpo – Não abra essa porta, pode ser um bandido! – pedi apavorada, fazendo-me olhar com os olhos arregalados.
Acho que Eu não havia contato para minha amiga, o quanto eu era medrosa.

- Deixa de ser medrosa Bella! Se existe algum carro seguindo você, vamos ter que anotar a placa e avisar a segurança do campus. Fique aqui está bem? – explicou sentando-me no sofá, abrindo á porta e saindo. – Bella! Fique aqui eu já volto! – gritou do lado de fora.

- Rose? – chamei, vendo-a fechar a porta. – O que aquela louca vai fazer? – resmunguei inalando mais uma vez, fazendo com que minha respiração aos poucos voltasse ao normal. Joguei minha cabeça para trás, fechando os olhos por alguns segundos, quando senti uma presença ao meu lado.

- Você está se sentindo bem Isabella?

- Agora estou melhor Tanya,, obrigado! – sorri abrindo meus olhos, para ver a loira me examinando com seus lindos olhos azuis.

- Fiquei sabendo que foi seu aniversário? Parabéns! Porque não contou assim poderíamos ter comemorado! – perguntou gentilmente.

- Eu mesma não me lembrei do meu aniversário Tanya – sorri – Se não fossem por meus pais, eu acho que inda continuaria com dezessete anos por muito tempo – brinquei fazendo-a rir.

- Isso não seria nada mal heim? – brincou de volta, seu olhar me analisando, o que eu havia percebido, fazia muito - Dezoito aninhos! Que inveja! Com essa idade que já me divertia muito, tinha mais festas para ir do que poderia contar nos dedos. Tinha os homens que quisesse em minhas mãos. Rastejando – sorriu perdida em pensamentos – Bons tempos. Você é virgem Bella? – perguntou curiosa.

- Bem... humm.. Não vejo como isso possa ser importante para você Tanya! – retruquei nervosa. Não era como que ser virgem fosse uma vergonha para mim, mas sua pergunta por um motivo desconhecido havia me deixado irritada.

- Calma querida! – sorriu sem graça, pegando minha mão na sua – Isso não tem importância, mas sabe, homens não curtem muito as virgenzinhas inocentes Bella. Eles gostam de mulheres experientes, fogosas, que sabem o que querem... Homens como o Cullen por exemplo; - disparou deixando-me curiosa.

- O que tem o Cullen?

- Bem.. digamos que ... – começou a falar, mas foi cortada pela alegre voz de Rose que entrava na sala com um imenso buquê de rosas vermelhas, maior do que ela.

- OMG! Rosalie o que é isso? – gritei pulando do sofá!

- OMG! Bella, isso chegou para você! Deus! são as flores mais lindas que eu já vi! – sorriu entregando-me – Tem um cartão e mais essa sacolinha! – terminou entregando-me o imenso ramalhete e uma sacolinha minúscula azul com um laço prata.

- Isso é... isso é Tiffany´s? – gaguejei reconhecendo a embalagem de longe!

- Claro que sim! OMG! Bella veja logo quem foi o homem apaixonado que enviou isso pra você! – pedia eufórica.

- Apaixonado? – sussurrei ainda atordoada.

- Cristo Bella! Olhe só as cores dessas Rosas! Vermelho paixão! Deveria pesquisar no google o significado delas. Tenho uma boa idéia de quem as enviou... – sorria safada, sendo cortada por Tanya limpando a garganta, fazendo com que Rose pela primeira vez, notasse sua presença na sala. – Algum problema Denalli?

- Não! Só que em vez de você ficar falando, porque não deixa Isabella abrir seu presente e cartão, para nos deixar saber quem é o apaixonado misterioso. O que acha Bella? – pediu sorrindo apertado. – Ou isso é segredo? – provocou.

- Claro porque não? – retruquei desconfortável. Eu não via nenhum problema, já que eu não tinha nada para esconder.

- Bella talvez queira abrir isso sozinha – comentou Rose, notando meu desconforto.

- Tudo bem Rose! Não tenho nada á esconder mesmo – dei de ombros, colocando o arranjo em cima da mesa, e sentando-me em outro sofá com a sacolinha e o cartão nas mãos. Percebendo Rose sentando-se ao lado de Tanya. Ambas de frente para mim.

Suspirando fundo, abri o cartão, revelando o lindo garrancho de Edward.



“ Isabella..

Sei que não começamos bem. Mas sei ainda mais que são as coisas que começam erradas, é que se tornam perfeitas.

Você é minha Perfeita! Deixe-me mostrar que sou o seu!

Aceite com carinho o meu presente de aniversário, e use-o hoje como sinal de que está baixando a guarda de seu coração, assim como o meu está totalmente exposto para você.!

“A medida do amor é amar sem medida”.

Deixe-me te amar!

Edward “.


Não sei por quantas vezes li o pequeno cartão em minhas mãos tremendo, só dando-me conta de chorava, quando uma lágrima o molhou e um pequeno soluço escapava por meus lábios.

- O que foi Bella? – pediu Rose carinhosamente.

- Ele... ele citou Victor Hugo o maldito! – respondi entre os soluços, beijando o cartão e o guardando – Eu odeio ele! – resmunguei brava.

- Odeia? É mesmo? – brincou me provocando, fazendo-me encontrar seu olhar.
- Odeio muito – respondi, fazendo bico, dando a entender que o sentimento era simplesmente o contrário, sem entrar em detalhes.

- Abra o presente! – pediu animada, fazendo-me sorrir, para logo em seguida fazer-me engasgar novamente quando observava, uma linda, maravilhosa e caríssima pulseira de ouro branco, com vários charmes de cadeados pendurados e mais uma pequena nota de Edward.


“Vou abri-los um por um. E quando todos eles se forem, será minha para sempre.”

-OH.MEU.DEUS!! – sussurrei encarando Rose que á essa altura já estava sentada ao meu lado.

- Isso é lindo Bella! Meu Deus! – sussurrou também.

- Quem te enviou esses presentes? – perguntou Tanya, fazendo com que nós nos lembrássemos de sua presença, pegando a nota que estava com a pulseira, mas sem nome.

- Não é dá sua conta! – respondeu Rosalie grosseiramente, puxando o cartão de suas mãos. – Vem Bella, vamos subir, eu preciso conversar com você.. em Particular! – frisou, deixando Tanya com uma cara raivosa e eu completamente perdida, sem entender á troca de olhares das duas, mas muito radiante, para querer pensar sobre isso agora.

- Com licença Tanya! – pedi sorrindo, subindo ás escadas correndo com os cartões e o presente em uma mão as flores na outra – TRAGA UM VASO ROSE! – gritei feliz, entrando em meu quarto e jogando-me na cama.

-*-*-*-*-*-*-*-*

- Você está apaixonada! – afirmou Rose, colocando um vaso da cômoda, e não era uma pergunta.

- Eu apaixonada? Está louca! – menti, levantando-me e começando arrumar as flores dentro dele.

- Do quem tem medo Bella? – pediu carinhosamente. – Quanto tempo vai tentar se enganar e lutar contra isso?

- Do que estou sentindo – confessei, suspirando, arrumando as Rosas, olhando-as como se estivesse falando com o próprio Edward. – Tenho medo de me machucar, nós dois somos tão diferentes, e ao mesmo tempo tão iguais. O que estou sentindo, não é uma simples paixão, admiração, atração, é amor! – confessei. Minha voz embargada. Pela primeira vez eu admitia em voz alta que amava Edward.

- Ohhh Bells – disse Rose, vindo ao meu lado, acolhendo-me em seus braços – O amor é o sentimento mais lindo que existe querida. Edward pode ter esse jeito mandão, arrogante, mas no fundo, ele é uma boa pessoa.

- Ele é um metido de merda! – resmunguei em seu ombro, fungando.

- Sim querida! Ele é um metido de merda. Mas está louco para ser o SEU metido de merda Bells – pontuou puxando meu rosto, para olhar em meus olhos – Eu conheço há muito tempo e escuto histórias sobre Edward há anos, e Eu nunca, nunca escutei que algum dia ele tivesse se apaixonado por alguém Bella. Diabos! Eu nem acredito que ele ame sua família – sorriu sem graça – Isso que ele fez hoje, deve ter sido uma grande quebra de barreira para ele mesmo, Eu nem sei o que ele te escreveu no cartão, mas para ter citado Victor Hugo, deve ser alguma coisa apaixonante – completou fazendo-me sorrir e confirmar com a cabeça, como uma garotinha boba apaixonada.

- Eu vou ficar igual aquelas garotinhas apaixonadas, sorrindo o tempo todo quando vê o namorado! – resmunguei novamente.

- Tem coisa melhor? – perguntou sorrindo – Queria Eu estar vivendo isso com Emmett -  confessou triste – Mas a esperança é a última que morre certo? Mas agora, você vai tomar um banho delicioso, ficar linda, cheirosa, porque em breve um lindo homem apaixonado virá aqui para te buscar para jantar.

- Como sabe disso? – perguntei curiosa

- Digamos que Edward é bem persuasivo quando quer! – respondeu misteriosa – Bella! Só por favor! Não fique brava comigo, pelo que vai acontecer hoje á noite okay?

- O que vai acontecer hoje á noite? – perguntei apavorada – O que ele está aprontando?

- Nada de tão absurdo, não se preocupe. Como ele deixou as coisas em minhas mãos, eu consegui controlar sua euforia – revelou sem graça.

- Ele está fazendo uma festa surpresa para mim não é? – perguntei suspeita, e pelo seu olhar sabendo que eu estava correta – Vou matar o Cullen! – declarei irritada.

- Calma Bella! É apenas uma reunião íntima, com algumas pessoas amigas dele. Edward tem uma presença imponente na Universidade, esse tipo de coisa, apesar de parecer idiota, é muito importante para essas pessoas.

- Que tipo de coisa? – perguntei sem entender.

- Bem... hum.. mostrar a namorada...sabe? Meio que marcar território!  - respondeu sem graça.

- Mijar em minha perna em público você quer dizer? – respondi incrédula – Você vê? É por essas atitudes que simplesmente não podemos funcionar juntos, eu odeio esse tipo de atitude.

- Bella! Esse tipo de situação infelizmente existe em nosso mundo! Mas isso não define Edward. Você tem que conhecê-lo direito, não o julgue, nem seus sentimentos antes de dar uma chance a você mesma! – explicou, fazendo-me ver que estava certa.

Eu precisava dar uma chance á Edward, e a esse sentimento que surgia entre nós. Eu nuca fui covarde em minha vida, e não seria agora.

 – Okay!  Vou dar uma chance á Ele e a mim também. – respondi suspirando, algum tempo depois, fazendo-a sorrir grande e me abraçar.

- Você vai ser muito feliz Bella! Eu tenho certeza disso! Porque se não eu mesma arranco as bolas do Cullen, nem que seja a última coisa que eu faça – disse brava, encarando-me nos olhos. 

- Eu te amo Rose, obrigado por ser minha melhor amiga – confessei a abraçando.

- Também amo você Bells! Obrigado por ser minha irmã! – respondeu me abraçando de volta – Agora vamos lá! Me ajude a te deixar ainda mais deslumbrante, e dar um recado sútil para as vagabundas de plantão que dão em cima do seu namorado! – piscou provocando, deixando-me enciumada.

- Vamos lá! Quero detonar essas putas que estão de olho no meu homem! – respondi, deixando minha vadia de espartilho falar por mim.

- Opa!! Amei essa mulher vivaz dentro de você! Deixe-a aparecer mais vezes – brincou me cutucando enquanto entrava no closet.

- Pelo jeito ela vai aparecer mais vezes do que eu imagino! – respondi entrando no banheiro, escutando-a gargalhar de dentro do armário.

*-*-*-*-*-*-*-*

Duas horas depois, quem me olhava de volta no espelho, era a vadia de espartilho.



- Rosalie! Não posso sair assim! – reclamava pela quinta vez, puxando a barra do meu vestido.

- Bella não só pode como vai! Esse vestido está lindo em você! Eu nunca comprei um presente mais perfeito para alguém – declarou satisfeita.

- É muito caro! Muito curto! – resmunguei, girando-me no espelho. Eu não podia negar que me sentia apetitosa!

- Você está linda Bella. Por Deus! Cale essa boca! – ralhou, querendo por o último grampo em meu cabelo, quando seu celular tocou.

- Vem vamos, seu príncipe encantado chegou – brincou apontando seu celular – Acabou de mandar uma mensagem, está te esperando na entrada. Aposto com você que seu próximo presente vai ser um celular – brincou, fazendo-me revirar os olhos. – A propósito a pulseira está linda, ela vai pirar de felicidade quando ver que você a está usando. – comentou, sabendo o significado de ela estar no meu pulso. – Vai ser feliz Bells! – completou feliz, me empurrando pela porta.

Descemos ás escadas juntas, rindo das caras e bocas que Rose me incentivava a fazer durante o jantar para deixar Edward excitado, quando nos deparamos com Tanya e Lauren, olhando pela janela.

- Deus! Esse homem é muito gostoso! – comentava Lauren.

- Mas não é para o bico de vocês! – rosnou Rose, cortando a resposta de Tanya, que me olhou de olhos entrecerrados, me medindo por inteiro.

- Está linda Isabella – comentou após a análise minuciosa.

- Ainda não posso acreditar que está saindo com o Cullen! – bufou Lauren – Esse é a pulseira que comentou? – perguntou para Tanya, ganhando uma cotovelada da loira.

- Cala a boca Lauren! – rosnou – Vá Isabella, não se deixa um homem como Edward esperando! – sorriu gélida, saindo da sala, sendo seguida por Lauren que era encarada por Rose de olhos cerrados.

- O que foi isso? – perguntei sem entender todas as trocas de olhares.

- Nada que tenha importância! Agora vai! Nos vemos mais tarde! – piscou me empurrando porta á fora!


Edward – POV


Linda! Maravilhosa! Minha!

Eram meus pensamentos enquanto eu observava Isabella caminhar em minha direção, fazendo-me ir ao seu encontro.

- Você está linda! – sorri pegando suas mãos, encontrando seu olhar; admirado quando percebi que usava sua pulseira – Você está usando! – sussurrei olhando em seus olhos – Isso significa um sim? – perguntei feliz como nunca estive antes.

- Essa é uma resposta muito subjuntiva Edward! Não sou uma mulher que vai dizendo sim tão facilmente – provocou, dando um sorriso lindo.

- Você não sabe como fico feliz em ouvir isso Isabella - sorri ainda mais, escutando eu nome sair de seus lábios. – Vamos? – pedi dando meu braço, para ela se encaixar.

- Você é sempre tão cavalheiro assim, ou isso faz parte do seu plano de sedução? – provocou novamente enquanto abria sua porta.

- Está funcionando? – retruquei, fazendo-a cerrar os olhos, fingindo-se brava.

 – Porque não tenta mais um pouco? – piscou sorrindo, e entrando no carro, mostrando suas lindas pernas.

- Você vai ser minha morte mulher! – resmunguei rindo batendo sua porta

Como eu amava minha gata selvagem provocadora.

- Onde estamos indo? – pediu assim que liguei o motor do carro.

- Jantar, conversar, quero te conhecer melhor – confessei, pegando sua mão, e colocando-a em meu colo.

- Também quero conhecer você Edward. O verdadeiro você! – pediu encarando meus olhos com um olhar cheio de medo e dúvidas.

- Você vai me conhecer Bella. O verdadeiro Eu, uma pessoa que ninguém mais conhece. – disse sinceramente – Espero muito, que goste do que vai ver, porque depois dessa noite, acho impossível ficar longe de você novamente.

Ela apenas acenou com a cabeça em concordância, e em silêncio seguimos para o restaurante.

*-*-*-*-**-**-*-**-*

- Você fechou um restaurante somente para nós dois? – perguntou incrédula quando chegamos e nos sentamos há mesa.

- Isabella, em meu mundo esse tipo de coisa acontece muito. Meu pai faz isso tantas vezes para minha mãe, que confesso que é uma coisa natural para mim.-  expliquei.

- Mas isso é justamente o que nos diferencia Edward. Esse gigante muro social, entre nós dois. Viemos de mundos tão diferentes, que é praticamente impossível, que qualquer relacionamento entre nós dois dê certo. – disse triste, mexendo em seu guardanapo.

- Bella, olhe para mim – pedi, erguendo seu queixo, e o que vi me cortava o coração, e pela primeira vez que eu me entendia por gente, odiei o fato de ter tanto em minha vida – Eu sei que somos diferentes nesse sentido. Não vou ser hipócrita aqui e falar que isso não vai nos afetar, porque já está. Mas eu não vou desistir de você porque minha conta bancária é maior que a sua, ou porque tenho coisas que você nunca sonhou em ter. Porque á partir do dia que te conheci, tudo isso perdeu o significado pra mim. Sei que sou uma pessoa difícil, muitas vezes minha arrogância toma o melhor de mim, mas Bella eu te amo. Eu me apaixonei por você!

- Como pode ter tanta certeza Edward? Como pode saber se isso não é mais do que um desafio pra você? – perguntou olhando em meus olhos séria, me enfrentando.

- Justamente por isso – apontei para seu rosto – Porque você me enfrenta! Você não tem medo de mim, das coisas que eu falo. Você me desafia? Sim.. muito! – confirmei quando ela rolou os olhos – Mas é esse desafio constante que me faz ficar cada vez mais louco por você. E por Deus! Espero que você me desafie o resto da minha vida!

- Você me irrita! – sorriu tímida.

- Você também me irrita! Mas á vontade que tenho de te beijar depois, supera tudo! – confessei vendo seu rosto corar – Por favor! Dê uma chance para nós dois! – pedi novamente, dando meu melhor sorriso torto.

- Você se acha não? – perguntou, fazendo-me gargalhar – Depois da festa “surpresa” te darei minha resposta – respondeu fazendo aspas com os dedos, deixando-me de boca aberta.

Maldita Rosalie!

- Essa Rosalie é uma fofoqueira! – rosnei

- Ela não mente para mim Edward. Se existe uma coisa que abomino em um ser-humano é a mentira. Aprenda isso! – foi seu aviso mudo.

- Eu também odeio mentira e traição Isabella – respondi demonstrando que tinha entendido o nada sútil recado e dando o meu – São duas coisas que eu não perdôo.

- Então nós combinamos em uma coisa pelo que vejo! – comentou, bebericando seu vinho.

- Nós combinamos em muitas coisas, com o tempo você vai perceber isso – sussurrei rouco, tomando de minha própria taça.

 O resto do jantar foi excepcional. Debaixo de toda uma faixada séria e petulante, Isabella era a pessoa mais meiga, carinhosa, inteligente, altruísta e engraçada que eu conhecia. Cada revelação me deixava extasiado. Seus olhos brilhavam quando falava de seus pais, demonstrando seu amor; Suas mãos mexiam nervosas quando falava do sistema social do país; Suas bochechas coravam quando se sentia tímida e mordia os lábios quando ficava envergonhada.  Ela me olhava com admiração, nunca com inveja, quando eu contava sobre minhas viagens ao redor do mundo; sobre as pessoas importantes e famosas que jantavam em minha casa, tendo somente um momento de tietagem quando contei que o Coldplay havia tocado em meu aniversário no ano anterior, deixando-me completamente enciumado.

- Você conhece mesmo o Chris Martin? – perguntou de olhos arregalados.

- Conheço – rosnei – Mas acho que já estou me arrependendo! – completei baixinho lembrando-me da ligação que havia feito essa tarde.

- Você é muito ciumento Edward! – ralhou me provocando.

- Com você! Sou ciumento em relação á você Bella. Todos esses sentimentos são novos para mim, e confesso que não sei lidar com eles ainda – confirmei, Eu não iria mentir para ela, jamais.

- Obrigado por sua honestidade Edward. Eu aprecio muito isso! – sorriu pegando minha mão em cima da mesa, o que era um grande passo, porque todos os avanços da noite haviam sidos tomados por mim.

- Vamos para sua festa? Acho que está tudo pronto agora

- Você sabe que odeio surpresas certo? – perguntou arqueando uma sobrancelha. Sinal que estava chateada.

- Você sabe que eu adoro fazer surpresas certo? – retruquei, fazendo-a bufar. Eu iria mimá-la ela que se acostumasse com isso.


- Me beija! – pedi momentos depois, quando a ajudava com sua cadeira

- Edward.. Eu...

- Me beija Bella! Sempre sou Eu que roubo seus beijos, se você está mesmo me dando uma chance prove isso! – instiguei a provocando, sentindo meus lábios serem esmagados pelo seu.

- Você me deixa louco! – sussurrei tomando mais uma vez sua boca, mordendo seus lábios – Quero tanto você! Como jamais quis algo na minha vida! Diz pra mim que você me quer também Bella... fala.... – eu quase implorava.

Pela primeira vez em minha vida, eu sentia a necessidade de ser amado, de escutar palavras melosas, carinhosas. De me sentir desejado, querido. Isabella havia liberado um lado em mim tão fraco, que se viesse á tona, eu seria facilmente derrotado por meus inimigos. Na verdade, Isabella poderia me destruir com um piscar de olhos, e o pensamento me aterrorizava.

- Bella...Deus!! – sussurrei a abraçando com força.

- Eu nunca vou te machucar Edward. Eu nunca vou trair você! – respondeu lendo meus pensamentos, como minha perfeita que era.

- Eu te amo! – sussurrei em seu cabelo. Sabendo que sua declaração, era tudo o que eu escutaria dela por agora. Eu sabia que Bella me amava de volta, mas seu medo de se entregar, ainda a fazia recuar.

- Edward eu...

- Shhhhh... está tudo bem meu amor – sussurrei olhando em seus olhos marejados – Eu sei que você não está pronta ainda para me  falar em voz alta, porque isso seria admitir á você mesmo. Mas eu sei que você sente o mesmo por mim, além do que – provoquei, mordendo seu lóbulo – Eu disse que você gritaria isso quando eu estivesse com meu pau enterrado em você! – rosnei apertando meu pau dolorido em sua barriga, ganhando um gemido delicioso de volta. – Vamos... vamos para a festa! – pisquei soltando seu corpo, deixando-a excitada e com a respiração ofegante.

- Em seus sonhos Cullen! – rosnou brava por minha parada súbita.

- Voltamos a Cullen e Swan? Adoro isso, me deixa cheio de tesão!! – provoquei ganhando uma beliscada, fazendo ambos sorrirmos.

Saímos do restaurante de mãos dadas sorrindo, brincando, quando parei, pressionando seu corpo na lateral do carro – Seja minha namorada! – pedi olhando em seus olhos.

- Namorada Cullen? Isso é tão brega! – brincou dando um sorrisinho sacana, eu estava amando esse seu lado brincalhão, que despertava o meu.

- Sim minha namorada, minha amiga, minha confidente, minha mulher, futura mãe dos meus filhos, meu tudo! – pedia beijando seu rosto e pescoço.

- Oh..Deus Edward! Que jogo baixo esse! – sussurrou, suas mãozinhas segurando minha camisa com força.

- Eu nunca disse que jogo limpo Swan – respondi arrogante – Ainda mais quando eu quero alguma coisa. E eu quero você, mais que tudo!. Aceita!! – ordenei, passando a mão em sua coxa exposta.

- Simmm... aceito.. – gemeu baixinho, entregue, fazendo-me sorrir mais uma vez.

- Você parece aquelas gatinhas ronronando – provoquei soltando sua perna e bicando seus lábios.

- Idiota! – bufou, abrindo a porta do carro, fazendo-me gargalhar.

- Seu idiota, minha bravinha! – completei fechando a porta como um tolo apaixonado.


*-*-*-*--***-*-**-*-*-*

- OMG! Edward! Rosalie disse que era apenas uma reuniãozinha!  Não a universidade toda! – gritou me fuzilando com o olhar, por cima da música alta.

Fiz uma careta dando de ombros, olhando para a imensa quantidade de pessoas que entravam e saiam da sua fraternidade, e outras tantas ao lado de fora, parando á rua.

- Relaxa amor! São apenas pessoas conhecidas! – dei de ombros, sem me importar. Eu queria é que todos nos vissem juntos mesmo, para que assim ninguém mexesse com que me pertence!  - Quero que todos saibam que estamos juntos – disse simplesmente abrindo sua porta do carro, notando como todas as pessoas literalmente paravam de andar e conversar nos observando caminhar pela entrada com minha mão possessivamente em sua cintura.

- Quer mijar em mim Cullen? – rosnou olhando para mim, tentando se desvencilhar.

- Posso? – retruquei de volta, irritado com alguns olhares cobiçosos em sua direção.

-ROSE! – gritou antes de me responder quando avistou a loira – Primeiro vou cuidar dela! Depois me entendo com você! – disse cutucando meu peito com os dedos magros com força.

- Vou ficar ansioso esperando minha gata selvagem! Quer que eu esteja nu?

- Vai se ferrar Cullen! – resmungou, saindo rebolando, deixando-me babando em suas curvas.

Eu adorava provocar essa mulher! -  Foda-se! – gemi apertando meu pau, imaginando essa gata selvagem na cama, saindo para me arranhar. E ela iria... ahhh se iria.


Bella - POV


- ROSALIE! – gritei mais uma vez, quando ela tentava fugir de mim, pegando em seu braço e a levando para dentro do banheiro. – Você pode me explicar que bando de gente é essa? – pedi respirando nervosa.

- Desculpe Bella! Eu juro que chamei poucas pessoas, mas aí Tanya ficou sabendo, e espalhou para todo mundo e...

- Edward conhece muitas pessoas Isabella – cortou a loira saindo do banheiro, fazendo-me dar um pulo – Se pretende assumir seu romancezinho, tem que saber, o quão poderoso ele é! – comentou ajeitando sua roupa no espelho.

- Não comece Tanya! – cortou Rose, mas eu estava farta dessas insinuações.

- Não Rose! – disparei, cortando-a – Quero saber o que tanto Tanya tem para me falar. Porque anda fazendo muitos comentários incompletos, e realmente isso esta me enchendo o saco! -  retruquei deixando-a de olhos arregalados.

- Ora, ora! Isabella Swan, soltando suas garras – zombou Tanya, lavando as mãos. -  Não estou com meios assuntos Isabella, talvez se Rose deixasse você fora da redoma de vidro, você poderia saber os fatos antes de se enganar mais.

- Fatos? Que fatos? – perguntei confusa

- Tanya! – alertou Rose mais uma vez

- O fato de Edward Cullen, é uma pessoa muito poderosa, e que precisa do seu lado uma mulher igualmente á ele. Ou se não queridinha, quando ele estiver insatisfeito, vai procurar, digamos... satisfazer seus desejos em outros lugares, como na outra noite quando estava me beijando-me na festa da Zetha.

- TANYA! – gritou Rose, fazendo-a calar, mas a loira continuou.

- Estou te contando isso porque sou sua amiga Isabella! Não quero que quebre sua cara, por ficar apaixonada por um cara desse tipo. Você é uma virgem, pura, meiga, merece melhor que isso – terminou jogando o papel no cesto e saindo, deixando-me completamente atordoada, e tonta.

Era tudo uma mentira!

- Isso é verdade Rosalie? – sussurrei com lágrimas nos olhos. Porque se Rose soubesse ela também havia me enganado, incentivando a sair com Edward.

- Bella.. Não liga para o que Tanya disse.. ela..

- É VERDADE!! – gritei assustando-a.

- Sim.. é verdade! – sussurrou também com a voz embargada.

- Você mentiu pra mim? Como pode? – perguntei magoada com sua atitude.

- Bella, não é bem assim. Não foi dessa maneira que aconteceu, e...

- Eu preciso ir! – declarei correndo para a porta, abrindo-a com força, para me deparar com Edward e Tanya cochichando no corredor. As mãos dela, segurando em seu braço.

- BELLA! – ele gritou quando passei por ambos correndo, minhas pernas trêmulas e tropeçando por conta do salto e esbarrando entre as pessoas, em direção ás escadas para o meu quarto. Estava quase o alcançando, quando senti as fortes mãos de Edward segurarem minha cintura.

- Não escutou eu te chamando? Porque está fugindo de mim? – rosnou girando meu corpo de frente para o seu.

-Você é um cretino Cullen! Acha que com essa “surpresinha arrogante” iria me conquistar? – sorri com escárnio, minhas lágrimas querendo escorrendo livres por meu rosto – Pois saiba que até funcionou nas primeiras horas. Por algumas horas eu realmente acreditei que poderia sentir algo por mim, até eu descobrir que até outra noite estava com sua boca grudada em Tanya – cutuquei seu peito com força. O ciúmes me consumia. Eu odiava Edward. E odiava os sentimentos que ele estava trazendo á tona.

- Confessa Swan, você está louca de ciúmes – sussurrou se aproximando de mim – Está louca só de imaginar que outra mulher me tocou – sorriu torto, me prendendo entre seu corpo e a parede do corredor.

- Você está louco! Idiota! Nunca. Jamais sentiria ciúmes de você! – esnobei, minha respiração ofegante.

- Então estou livre para ficar com quem eu quiser? – perguntou me olhando de olhos entrecerrados, fazendo meu ciúmes transbordar.

- Sim vá! Transe com quiser, farei o mesmo! – declarei o enfrenando.

- Coloque sua boca em alguém que não seja na minha, toque outro homem que não seja Eu, e vou mostrar pra você alguém que vive dentro de mim! Nenhuma mulher tem importância para mim, só você! Você é Minha Swan, e está na hora de entender isso – rosnou, beijando-me com paixão, abrindo a porta do meu quarto, nos empurrando para dentro, trancando-a com a chave e guardando-a em seu bolso. – Agora me conte que merda aconteceu na porra daquele banheiro.

- Saia do meu quarto – apontei me afastando, sufocando outro soluço que ameaçava escapar.

- Não saio porra nenhuma! Quero saber e quero agora! – exigiu se aproximando.

- Porque não vai perguntar para sua amante seu filho da puta! – gritei jogando nele o vaso com suas flores, acertando com força a parede e se estraçalhando em mil pedaços, criando uma confusão de água, cacos de vidro e pétalas de rosas no chão.

- QUE MERDA FOI ESSA? – gritou aturdido, seus olhos em fendas, sua respiração pesada.

- NÃO SE APROXIME SEU CRETINO! ORDINÁRIO! FALSO! – ameacei tirando a pulseira.

-SE TIRAR ESSA PULSEIRA SWAN, VAI SE ARREPENDER PARA O RESTO DE  SUA VIDA! – ameaçou, seu corpo mais próximo do meu.

- Você não me assusta Cullen – esnobei com escárnio, jogando a pulseira em seus pés!

- Foi você quem pediu – rosnou rouco, e a próxima coisa que eu sabia, era que meu corpo estava deitado na cama, com um Edward quase desnudo em cima de mim, dando-me uma linda visão do seu peito nu.

- Dia que me ama! – exigia pressionando sua ereção de aço em meu centro, coberto apenas por minha minúscula calcinha de renda preta, pois meu vestido estava enrolado em minha cintura.

-Não! – sussurrei gemendo

- Fala Porra! Confessa que me ama, e vamos acabar com essa merda de jogo!

- Não!

- Merda Bella, diz que me ama Baby!! – sussurrou afastando minha calcinha de lado, e tocando-me com seu dedo.

- Olha como você está molhada para mim, olha como você me quer..

- Edward... Eu...quero... eu.. Não posso..– gemi rebolando em sua mão..

- Sim ... baby! Você pode.. Fala que me ama, que te dou o universo, minha gata selvagem. Olha como você me deixa duro, brigando comigo... Foda-se! – gemeu se esfregando ainda mais, quase fazendo me render.

- Edward? Bella? – chamou Rose, tirando-me da neblina sexual que estava induzida.

- Saia de cima de mim Cullen! Agora! – sussurrei, as lágrimas escorrendo por minha face novamente – Vá embora! Por favor! – implorei.

- Não! Não posso sair assim! Temos que conversar Bella. – disse teimoso.

- Não temos nada para conversar! Não quero ser um jogo para você!  - disse baixinho, com a voz entrecortada.

- Você nunca vai ser um jogo pra mim! Deixe-me explicar o que viu, por favor! – pediu novamente.

- Eu só ... só preciso de um minuto sozinha por favor!  Eu prometo que vamos conversar – concordei de olhos fechados, não querendo que ele me visse mais devastada do que estava.

- Tudo bem! – concordou levantando-se - Dez minutos Bella. Não me faça vir te buscar! – declarou abrindo a porta, saindo através de Rose com passos pesados e determinados.

O poderoso, arrogante e insensível Edward Cullen estava de volta! E saia a procura de sua vingança.

E essa pessoa me assustava.! Eu poderia confiar nele?

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