terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CNY- Capítulo 008


Capítulo 008/01 – PODER - SEU NOME TAMBÉM  É VAIDADE!

Edward - PVD


 
- EMMETT! – gritei chamando seu nome assim que cheguei á fraternidade, ainda sorrindo do meu encontro com Bella. – Gata Selvagem! – murmurei rindo jogando-me no sofá, ela me chamava de arrogante, e com razão, porque eu sabia que era, mas Ela era selvagem, e porra se eu não estava louco para domá-la. Só o pensamento me deixava duro. Estava louco para sentir até onde as unhas afiadas poderiam arranhar. Estava louco por Ela. – PORRA EMETT! – gritei novamente, o chamando, fazendo com que outros alunos, saíssem de seus quartos para verificar a gritaria. – O que? – perguntei cínico jogando os pés em cima da mesinha, quando Mike Newton e Eric York desciam ás escadas correndo.


- Que gritaria é essa Edward? Não são nem dez horas da manhã ainda porra! – reclamou Newton, me encarando.

Primeiro Erro.


- Respeito quando fala comigo Newton! – rosnei tirando os pés da mesa, sentando-me ereto – Em primeiro lugar; Não sou seu amigo. Somente pessoas ligadas á mim me chamam pelo primeiro nome, e você não está incluso nesta lista. Segundo lugar; Nunca me encare! A não ser que eu mande, muito menos levante a voz para mim a não ser que esteja procurando por problemas. Terceiro lugar; Nova regra: Ninguém dorme aqui depois que eu acordei, eu mando nessa fraternidade, eu comando essa merda, e quero todos á minha disposição assim que eu abrir meus olhos – falava pontuando com os dedos. A sala já repleta de estudantes, olhando a cena. Emmett observava á troca de braços cruzados, no alto da escada. Ao seu lado James Sanders.


- Você se acha Cullen! Chegou aqui não faz dias, e só porque sua família tem dinheiro, assim como a nossa pensa que é o gostosão, dono do mundo? – zombou rindo, ganhando incentivo de alguns pequenos idiotas – James está aqui  muito mais tempo do que você! Ele é uma lenda! Nós estamos com ele. – concluiu cruzando os braços á frente do peito protetoramente.


Segundo Erro.

Fechei os olhos, respirando fundo. Jogando a cabeça para trás, passando várias vezes a mão pelo cabelo e apertando a ponta do meu nariz.

- Foda-se! – escutei o gemido de Emmett da ponta da escada. Somente pessoas muito íntimas a mim, assim como ele, sabiam o que esse meu pequeno ritual significava.

Uma tentativa frustrada de controlar a fúria cega dentro de mim.

- James! – rosnei o chamando, abrindo meus olhos encarando Mike Newton, que dava um passo para trás a medida que Eu me levantava do sofá – Quer explicar quem é o novo líder dessa merda, ou faço isso por você? – pedi sem desviar meu olhar de Mike, que recuava cada vez mais, seguido por seus infelizes seguidores, que haviam rido anteriormente.
Eu nunca sequer havia conversado com James sobre a presidência da fraternidade. Tanto quanto eu estava preocupado, ele deveria saber que isso nunca aconteceria, e se fosse esperto, e acredito que era, não ficaria em meu caminho.

- Sem problemas Cullen! Acredito que todos aqui, já estão mais que avisados, de sua posse. Mike Newton e seus meninos, já devem ter entendido o recado... Certo Newton? – riu James, descendo ás escadas ao lado de Emmett.

- Mas... mas..James..- balbuciava Mike, olhando-o com desespero.

- Mas nada Newton! Edward é o novo presidente dessa fraternidade. O mesmo respeito e fidelidade que depositavam á mim, devem á Ele. E se forem inteligentes não ficarão em seu caminho. – concluiu James, chamando minha atenção para si pela primeira vez. Cumprimentando-o e agradecendo com apenas um gesto com a cabeça.
Palavras não eram necessárias. Uma pessoa inteligente sabia quem detinha o poder. E James Sanders não era burro.

- Espero que todos aqui estejam cientes disso agora! As coisas irão mudar! – Eu falava  encarando todos ao redor da sala, que a essa altura, estava lotada. – Não haverá tolerância para transgressões e desobediência. Não tolero ignorância, e qualquer tipo de mal trato a qualquer estudante dessa universidade. Somos superiores, mas sabemos que dependemos das outras fraternidades para acobertar e abafar o que acontece aqui, não chamando atenção para nós mesmos. Viemos de famílias de renome, de muitos segmentos do mercado interno e externo, devemos honrar o nome dessas famílias. Não queremos ver nossos pais, sendo julgados pela mídia ou chamar a atenção da reitoria por algum comportamento negligente. Tudo o que acontece dentro da Alpha Epsilon Pi permanece aqui.  Nosso espaço será nosso tribunal e todos os erros aqui serão julgados. NADA E NINGUÉM – frisei aumentando á voz – Entra ou sai desse lugar sem meu conhecimento. Eu sou os olhos, ouvidos e voz desse lugar. Não me subestimem, posso garantir á vocês, que não sou a pessoa mais tolerante que existe. Nem generosa. Tenho poder, e não tenho vergonha e nem medo de usá-lo da maneira que me convir. Façam o que ordeno, e nossa convivência será pacífica. Durante quatro anos, eu serei a lei. Não sou amigo de ninguém. Sou Cullen, simples como isso! Não cruzem meu caminho. Nunca, Jamais toquem no que me pertence – rosnei quando a face de Isabella surgia em minha mente – E nossa convivência será pacífica – terminei, encarando todos diretamente nos olhos. Gestos de concordância e “sim” sussurrados, indicavam-me que o recado havia sido compreendido. 


– Estão dispensados – gesticulei com a mão, pois tinha alguns assuntos á tratar com Emmett.


- Newton! – chamei quando o mesmo se afastava contrariado, de cabeça baixa – Você e seus amigos podem ir lavar todos os banheiros e quando terminarem, forneçam de bom grado seus serviços ao vestiário dos jogadores de Rugbi, lavando seus uniformes. AAlpha Epsilon Pi precisa dar boas vindas aos atletas. – terminei ordenando que executassem os dois piores castigos. Que somente era acometido como trote aos novatos. Seu olhar de ódio em minha direção advertia-me que Mike Newton, era o primeiro da lista “Odeio Cullen” que estava prestes á surgir.
Sorri com o pensamento, vendo-o sair batendo a porta, acompanhado por seus meninos.


- Seja Bem Vindo Cullen! – cumprimentou-me James, andando em minha direção – Parece que sua auto apresentação foi bem recebida – ironizou rindo.


 - Edward tem esse efeito sobre ás pessoas –  acompanhou Emmett que se jogava no sofá, atrás de mim, jogando um envelope amarelo em cima de mesa.


O envelope no qual Eu estava muito interessado.


- Existe alguma coisa que você queira acrescentar Sanders? – pedi sério.


- Não! De forma alguma – encarou-me – Só quero que saiba que se precisar de mim para esse mandato, estou á disposição. Conheço nomes, lugares, e todo tipo de informação que possa precisar.  Se necessitar qualquer tipo de serviço, á qualquer hora, posso providenciar para você... Desde uma buceta até uma viagem... Não importa á hora, basta estralar os dedos. – terminou sorrindo sacana.


- Esse é o cara! – gargalhou Emmett, com certeza com os pensamentos em solicitações não muito futuras!


- Não será necessário Sanders – cortei ambos que riam – Essas viagens, não são meu negócio. E á partir de hoje, elas deverão ser feitas fora dessa ambiente. E quando eu quiser uma buceta eu mesmo posso me virar, posso garantir pra você, que não preciso de ajuda para conseguir uma.


- OWWW!! – levantou os braços na defensiva – Não foi isso que quis dizer Cullen, relaxa cara! Sei perfeitamente que tem tudo nas mãos quando e como precisar. Só estava querendo dar uma mão. Pode ficar tranquilo, que estou com outro local, para fornecer meus “pacotes de turismo”  e tenho certeza que a lista de bucetas deve estar grande pro seu lado. Se quiser... bem... Victória ficaria honrada de entrar nessa lista. – riu sacana piscando para Emmett.


- Porra! James! Sua vadia sabe chupar um pau como ninguém – comentou Emmett rindo, e gemendo.


- Quando a conheci era virgem! Tudo que sabe aprendeu com o papaizinho aqui – gargalhou – Moldei do jeitinho que gosto!- riu. – Se quiserem posso programar uma festinha com ela e suas amigas para hoje á noite. – perguntou, olhando de mim para Emmett, que já concordava com a cabeça.


- Quero distância de sua vadia James. E qualquer outra, amiga ou não dela. Faça o que tiver que fazer, mas longe de mim e de minha garota – alertei.


- Garota? Que garota? Você tem uma namorada? – pediu surpreso sem entender.


- Ele está fascinado por uma pobretona metida á besta! Isabella Swann – respondeu Emmett, tirando-me do sério!


- EMMETT! – alertei – O que eu disse sobre se envolver com minha vida pessoal? Será que preciso ser mais claro?


- Isabella Swann? A ganhadora do SAT? – pediu James surpreso, ignorando o mal estar entre Eu e Emmett – Caralho! Ela é linda! Muito gostosa – gargalhou – Vários caras tentaram entrar em contato com ela depois do exame, muitos ainda sonham com o início das aulas para se aproximarem dela. – comentou ainda rindo.


O que fez meu sangue ferver!


- E você James? Você também se inclui nesta lista? – perguntei me aproximando do seu corpo – sentindo Emmett ficar de pé atrás de mim.


- Porra! Cullen! A mulher é gostosa pra caralho! Uma das mais lindas da Universidade. Os comentários que circulam é que é arredia como uma gatinha selvagem ...


Ele mal terminou seu comentário, quando meu corpo com rapidez prensava o seu contra a parede. Minhas mãos na gola de sua camisa.


- Não termine seu pensamento James – cuspia em seu rosto – Ele á MINHA gata selvagem. Minha Mulher! Você quer ser meu braço esquerdo ao lado de Emmett nesse comando? – ele acenou com a cabeça em concordância – Então essa é sua primeira missão; Deixe claro pra todos, que Isabella é meu limite rígido. Não falem, não se dirijam á Ela e fiquem fora de seu caminho, se não quiserem conhecer cedo demais o que sou capaz de fazer, quando mexem com o que me pertence! 
– rosnei o soltando.


James me encarava sério, trocando breves olhares com Emmett que estava bem ao meu lado.


- Você não acha que vai perder muitas oportunidades se amarrando dessa maneira Cullen? Uma mulher pode ser a derrota de um homem! – salientou arrumando a gola de sua camisa.


- Isabella não nunca será minha derrota Sanders. Ela é minha vitória! Minha Rainha! E  será respeitada como tal. – afirmei, olhando em seus olhos.


Ele me encarava céptico.


- Estou imaginando á fila de lágrimas, quando suas fãs souberem que o grande Cullen está com o coração tomado! - provocou segundos depois, quando notou que eu falava sério, quebrando  á tensão.


- Eles terão você e Emmett para consolá-las James, não estou preocupado. – respondi fazendo os dois rirem e baterem os punhos em concordância.


Após algumas piadinhas entre ele e Emmett sobre como “consolar” as viúvas, James saiu, para encontrar-se com Victória e planejar alguma festa que aconteceria mais tarde.


- As informações que pedi, estão prontas Emmett? – pedi, logo que Sanders fechava á porta.


- Sim. Jenks entregou-me á algumas horas atrás – respondeu-me entregando o envelope – Mandou lhe dizer que foi o trabalho mais fácil que você já solicitou. Assim como Eu, ficou curioso, como uma pessoa tão simples, pode fazer como que você desperdiçasse seu precioso tempo.


- Cuidado Emmett! – alertei - Assim como Jenks, você não está aqui para dar sua opinião, a não ser que eu a solicite – terminei o deixando sem palavras, subindo para meu quarto.

Algumas horas depois

- TYLER CROWLER – repeti em voz alta  o nome pelo que parecia ser a milésima vez, com um gosto amargo em minha boca, jogando o dossiê que tinha lido e relido pelas últimas no chão, ao lado de minha cama.  Isabella Swann era o sinônimo da perfeição. Bem criada, excelente aluna, formando-se com honras em todos os graus de ensino.  Como já imaginava, vinha de uma família sem recursos. Seu pai era um mecânico, sua mãe uma cabelereira. Seus pais haviam dedicado á vida, chegando a penhorar sua única casa, para custear seus estudos. Já havia trabalhado como balconista aos fins de semana em um pequeno supermercado, para ajudar nas despesas da casa. Local onde conheceu Tyler Crowler, seu primeiro e único namorado no colegial, já que seus pais eram dono do estabelecimento.


Meu mais novo inimigo.


Eu sabia que estava sendo irracional. Que não sabia da existência de Isabella, e que eu mesmo já havia tido minha cota razoavelmente grande de mulheres, que entraram e saiam de minha vida e minha cama. Mas o pensamento de algum homem, mesmo que remotamente, tê-la tocado, envia-me a um espiral de raiva, impossível de controlar. Tanto que minha ligação para James, assim que li seu nome pela primeira vez, exigindo saber sobre sua vida, havia causado surpresa á mim mesmo.


Pensando novamente no relatório, sorri, relembrando de como realmente era comprovado que minha gata selvagem era uma guerreira. Digna do posto que estava querendo-a. Em minha vida, como minha mulher, ao meu lado. Isabella era diferente de qualquer pessoa que havia passado por minha vida. Qualquer pessoa que Eu conhecia. Depois de minha mãe; Dona Esme, não havia sem sombra de dúvidas, que Isabella estava destinada á ser uma Cullen.


Ela seria perfeita! – Eu sorria com o pensamento, que nada me assustava.


Mas como nada no mundo é perfeito! Minha pequena selvagem, também tinha segredos, ou sua família nesse caso. Porque eu duvidava e apostava minhas preciosas bolas, que Ela não tinha o conhecimento de que seu amoroso pai passava grandes dificuldades com a oficina nos últimos anos, envolvendo-se com negócios inescrupulosos para continuar bancando seus estudos e como provedor do lar; Agindo como cúmplice de ladrões de carros, recebendo peças roubadas e vendendo-as em sua oficina.


- Espero não ter que usar essa informação algum dia! – comentei comigo mesmo, virando-me de lado e pegando novamente o dossiê em minha mão, pronto para reler novamente. Não que fosse necessário, pois meu QI 134 (cinco menos que Isabella que foi avaliada em seus testes em 139) e minha memória fotográfica, não deixava dúvidas de nada ali. Mas sim, pelo simples fato sentir ela mais próxima, sabendo coisas tão pessoais sobre sua vida.


Uma batida na porta, tirava minha concentração, fazendo-me fechar os olhos e bufar contra a interrupção.


- Edward! – chamou Emmett, abrindo um pouco á porta e colocando sua cabeça para dentro – Você vai á inauguração da Zetta?  


- Não! – respondi simplesmente, voltando á leitura, achando que com a dica, Emmett simplesmente fosse embora.


Ledo engano!


- Porra! Edward! Faz horas que você está lendo esse relatório. – entrou no quarto fechando á porta – Por acaso descobriu alguma coisa interessante? Algum pecado cometido pela “Madre Thereza” que vale tanto assim seu tempo? – perguntou com escárnio.


Suspirei profundamente, segurando o ar, por alguns segundos. Estava ficando sinceramente zangado com Emmett, e antes que explodisse, precisava saber qual era sua preocupação.


- Qual o seu maldito problema Emmett? – perguntei encostando-me na cabeceira da cama, o dossiê em meu colo – Você acha que todo mundo para ser “legal” tem que ser um idiota como você? Um viciado como James? Uma Puta como Victória? Ou frio e arrogante como Eu? – zombei – Você sinceramente acha, que se a pessoa não viver nesse mundinho fútil em que vivemos de dinheiro, festas, farra... Ela não pode ser realmente interessante? Pois deixe-me iluminar sua mente – continuei quando tentou me interromper – Isabella Swann, poderia nos dar uma aula de humanidade, de família, de amizade. Coisas que você remotamente deve se lembrar á partir do momento em que decidiu viver sua vida de forma desenfreada para ganhar atenção dos seus pais. Você se lembra Emmett? Lembra-se de como era ser amigo? De como no clube de tênis, anos atrás, você ajudou o “Caddie” do seu pai, porque ele havia entregado o taco errado para seu pai em uma jogada, o deixando furioso, á ponto de agredi-lo fisicamente. Cadê aquele Emmett, que levou uma surra de taco em seu lugar? – provoquei tocando em sua ferida. Pois Eu sabia assim como ele, que sua mudança de personalidade, havia acontecido alguns meses depois do incidente.


- Não.Toque.Nesse.Assunto – pontuou ameaçadoramente.


- Porque Emmett? A Verdade dói? Ou você acha sinceramente que não vi seu olhar de reconhecimento em Rosalie Hale, quando a encontrou aqui na festa? – continuei, ignorando seu alerta.


- Rosalie Hale é meu limite rígido! – rosnou, socando a porta.


- Assim como Isabella Swann é o meu! – disse levantando-me da cama – Não se coloque em meu caminho Emmett, porque diferente de você que se afastou de Rose por medo do que sentia, eu quero me afogar nesse novo sentimento que está crescendo furiosamente dentro de mim. Não me faça fazer escolhas Emmett! Por muito menos, acabei com pessoas que considerava mais que um amigo. É meu último aviso – alertei novamente.


Ele ficou parado, encarando-me, sua expressão séria, respiração ofegante. – Eu..Eu não sabia que Rose ainda estudava 
aqui – confessou baixando a guarda.


- Pois agora sabe! Ela é melhor amiga de Isabella! Quem sabe não esteja aí, sua chance? – falei calmo, apertando seu ombro. Apesar de tudo, Emmett era meu melhor amigo. Quase um irmão, e presenciei seu inútil esforço em tentar esquecer Rosalie durante anos.


- Não posso! – sussurrou – Não da maneira como me comporto agora – confessou.


- Então acho que está na hora de você rever seus valores amigo! – confessei, alertando-o.


- Você...você pode me ajudar? – pediu constrangido. Assim como Eu, ele era orgulhoso.


- Sou seu amigo, Eu vou te ajudar. Só não confunda as coisas, e se envolva em minha vida pessoal, que estaremos bem. Eu sempre estive ao seu lado, você sabe disso! – brinquei dando um soco em seu ombro – Afinal quem te tira da cadeia, mais vezes do que você sabe contar?


Ele gargalhou alto, socando meu ombro. – Então...Vamos á festa?


- Emmett – gemi esfregando o rosto com as mãos.


- Eu sei... Eu sei... Mas não quero ir sozinho. Se estiver lá vai me impedir de fazer uma burrada. Mas preciso ir. Aliás precisamos. James vai nos apresentar a sala de apostas, e precisamos contratar um novo bookmaker , parece que o anterior andava desviando o dinheiros das apostas para seu próprio consumo de drogas.


- Viciados filhos da puta! – gemi bufando – Eu vou com você, mas á partir do momento que eu chamar para irmos, não quero desculpas entendeu? – alertei de má vontade. Não querendo realmente ter que ir a essa maldita festas de viciados em poker e drogados. Mas sabendo que assumindo a presidência da fraternidade, com ela vinham algumas responsabilidades, e os jogos de azar era uma delas.


O dinheiro arrecadado era muito alto, e financiava toda uma rede de festas, aumentando a popularidade da fraternidade, consequentemente aumentando nossas regalias com a reitoria e inevitavelmente aumentando generosamente a contribuição de nossas famílias com a Universidade.


Exatamente como a máquina do poder funcionava.


Duas horas depois, eu me encontrava na Fraternidade Zetta, em uma sala fechada, com James, Emmett e Victória.


- Onde estão os candidatos a bookmaker James? – perguntava terminando meu segundo copo de whisky.


- Estão chegando –respondeu Victória em seu lugar – Pedi para Lauren ir buscá-los – completou sorrindo maliciosamente.
Segundos depois de ter mencionado, uma batida na porta indicava a chegada de alguém, fazendo com que a ruiva levantasse, rebolando com seu vestido colado ao corpo e extremamente curto. Fazendo Emmett babar e James mexer a sobrancelhas em minha direção. – A Vadia com certeza não se vestiu assim para mim hoje Edward! – insinuou, fazendo Emmett rir alto, fazendo-me revirar os olhos.


- Passo James! Faça bom proveito – retruquei – Olhando a porta sendo aberta e por ela entrar dois rapazes e duas mulheres. Reconhecendo-os de imediato.


- Jacob Black, Embry Garcia, Lauren Mallory e Tanya Denalli – apontei um á um, causando espanto nos rapazes e sorrisos nas mulheres – Pensei que você houvesse me dito que eram os melhores que tinha James! - desviei meu olhar o encarando, enquanto os recém-chegados sentavam-se em um sofá em minha frente.


- Eles são os melhores! Não posso apontar qualquer tipo de problemas com eles – tentava me convencer.


Sorri com escárnio, colocando meu copo de bebida em cima da mesa, inclinando meu corpo para frente. Encarando cada um dos candidatos á minha frente.


- Bem então vamos lá – bati as palmas das mãos, uma na outra, meus cotovelos apoiados no joelho – Embry Garcia, conhecido por voar mais alto que uma pipa. Provavelmente está louco por essa vaga, pois terá acesso fácil ao dinheiro para sustentar seu vício, já que seu padrasto se recusa a enviar mais do que o necessário, depois de ser informado que o enteado não frequentou ás aulas por seis meses no ano passado.  Lauren Mallory, a julgar pela forma desesperada com que está abrindo as pernas para que eu possa observar sua calcinha, acredito que aceitará apostas gratuitamente em troca de uma foda. Tanya Denalli, qual o plano em envolver suas amantes em nosso trabalho Sanders?– observava com alegria seus corpos se contorcerem no sofá, diante de minhas afirmações. – Mande-os daqui, saiam com  eles, quero ficar á sós com Jacob Black – ordenei, levantando-me para buscar mais whisky, causando surpresa, mas sentindo-os saírem por minhas costas. Não antes de observar o olhar surpreso e de mais alguma coisa de Tanya Denalli em minha direção.


- O que tem a me dizer Black? – perguntei assim que a porta foi fechada.


- Nada Cullen! Não estou aqui por vontade própria, assim como Eu, você sabe que não temos muitas escolhas quando entramos para a fraternidade. Mas vou cumprir o papel que me for designado com honestidade, em relação á isso você pode ficar tranquilo – confessou com sinceridade, enquanto o observava com o copo nos lábios.


Assim como todos os outros, eu conhecia a família de Black. E ele não estava sendo nada menos que honesto. E encarava meus olhos enquanto respondia minha pergunta. Eu admirava isso!


Cruzei a sala a passos largos – Seja Bem vindo! – cumprimentei apertando sua mão! – Não me decepcione – alertei com calma.


- Não o farei – foi sua resposta curta, devolvendo meu aperto.


Acenei em entendimento e me dirigi a porta, na pura intenção de chamar Emmett e leva-lo embora como combinado. Só para ter meu corpo empurrado para um corredor escuro por ninguém menos que Tanya Denalli.


- O que pensa que está fazendo? – parei-a abruptamente empurrando seu corpo junto á parede.


- Eu quero você! O que você acha que estou fazendo? – sussurrou lambendo os lábios, puxando o cós de minha calça.


- Como pode dizer isso? Não sabe que estou afim de Isabella? Você não é sua amiga? – questionei meio zonzo pela bebida, pela escuridão, pela música alta e a fumaça que inundava o ar.


- Você não pode estar falando sério que está afim daquela sonsa – ronronou puxando minha camisa, seus lábios tocando o lóbulo de minha orelha, mordiscando, fazendo-me gemer. – Impossível você não me querer!!


Tanya era uma mulher bonita, e meu pau, que algum tempo não via alguma ação, estava concordando com isso, fazendo-me esfregar á ela. Mas quando minha mente nublada terminava de registrar a maneira que havia se referido a Isabella, meu instinto protetor assumia o comando do meu corpo, fazendo-me sentir raiva da situação e de mim mesmo.


Com força acima da necessária, prendi suas mãos acima de sua cabeça, prendendo-a pelos punhos, pressionando ainda mais seu corpo com o meu, fazendo-a gemer.


- Sabe o porquê eu não quero você – rosnei rouco em sua orelha, mordendo com força seu lóbulo – Porque você se veste como Puta, cheira como Puta, se oferece como uma Puta. Seu cabelo não é da cor que eu sonho. Você é burra! Sua voz é irritante e acima de tudo, você é uma pessoa desleal, que não sabe o valor da palavra amizade, e está dando em cima do namorado de sua amiga...


- Ela não é sua namorada – gemeu com dor, tanto pelo meu aperto em seu pulso como por minha mordida que havia tirado sangue de sua orelha, tentando ainda se desvencilhar de mim, com os lábios tremendo e os olhos com lágrimas.


- Ela é Minha! Completamente e inteiramente Minha! E qualquer pessoa que tente ficar entre nós dois, irá se arrepender amargamente de ter nascido. Fui claro Denalli – conclui apertando seu queixo com força quando tentou desviar o olhar. ENTENDEU? – gritei quase a sacudindo – Faça mal á Isabella e acabo com sua vidinha fútil. – alertei, sendo interrompido por um grito abafado chamando minha atenção.


Virei meu rosto rapidamente á tempo de ver Rosalie Hale encarando-me com um olhar furioso, distraindo-me ao ponto de Tanya tomar minha boca em um beijo inesperado.

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