terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 021


Capítulo 021/01 –FELICIDADE SE PERMITE ENGANAR?

Edward – PVD

03 meses depois

Felicidade era uma palavra que pequena para descrever o momento  o qual estava vivendo em minha vida.  Falar que eu nunca havia estado mais próximo dos meus pais, era uma realidade. Eu poderia dizer pela primeira vez, que eu realmente entendia o significado da palavra família.  E tudo graças á mulher que dormia tranquilamente em meus braços.  Há quinze dias estávamos morando juntos, e eu nunca poderia imaginar que as coisas pudessem sair tão bem.

Meus pais estavam em êxtase com Bella. Após o impacto inicial com a notícia de que eu estava namorando sério e querendo morar com ela, Esme simplesmente não se continha de alegria.  Como ela mesma havia nos confidenciado durante o jantar, não era uma surpresa para ela que eu tomasse uma iniciativa como essa, porque em seu ponto de vista, eu era muito parecido com Carlisle, e por isso sabia que um dia eu poderia vir a tomar uma iniciativa como essa. Escusado dizer, que eu somente soube que meus pais, também haviam morado juntos antes de se casar, durante esse jantar.

Flasback ON

- Edward... será que sua mãe vai gostar de mim? – pediu minha menina aflita assim que entramos no carro.

- Você está com medo Swan? – provoquei, piscando e sorrindo torto.

- Deixa de ser idiota Cullen! – ralhou, fazendo-me gargalhar. Eu sabia exatamente qual seria sua reação – Eu não estou com medo! Estou com receio de ter que impor com ela, da mesma maneira que fiz com seu pai. Eu não queria que eles fossem contra nosso relacionamento – disse apreensiva – Eu queria que eles gostassem de mim – completou me desarmando.

- Eles vão amar você baby! Não tenho dúvidas disso! Você já passou pela prova inicial, já enfrentou o todo poderoso Carlisle Cullen, minha mãe vai ser mais fácil – brinquei, acariciando seu rosto.

- Edward estou falando sério. Eu... eu tenho medo que eles insistam que você termine comigo.. Eu sou tão diferente do que eles querem para você! Eu não tenho nada para te oferecer, eu...

- Isabella Pare! – cortei, puxando seu queixo, para que eu encarasse seus olhos – Eu nunca vou deixar você! Principalmente por um pedido dos meus pais. Eles podem ameaçar-me, deserdar, ou, seja lá o que for; eu jamais vou terminar com você. Eu te amo minha gata selvagem, isso – apontei entre nós dois – É para sempre!

- Eu também amo você! – respondeu, acariciando minha mandíbula. Eu havia escutado muitas vezes essa frase, mas a emoção que sentia a cada vez, deixava-me sorrindo como um tolo.

- Vamos? – sorri, beijando seus lábios e apertando sua mão.

- Vamos – respondeu sorrindo lindamente.

...............................



- UAU! Caramba... eu já imaginava que sua casa fosse imensa, mas isso..... é fora de proporção! – comentou de olhos arregalados, enquanto digitava a senha do portão e acenava para os seguranças – Vocês devem possuir um ZIP Code somente para vocês!

- Quase isso! – comentei sem graça. Era estranho comentar com alguém que sua residência era tão imensa que precisava de seu próprio código postal.

- Você está falando sério?- me perguntou de olhos arregalados, e gargalhou quando respondi dando de ombros.

- Edward! Meu filho... que bom que chegaram! – foi á voz alegre de minha mãe entusiasmada nos esperando na porta, deixando-me surpreso. Nunca em minha vida, minha mãe esteve esperando por mim na porta, era realmente no mínimo intrigante.

- Essa é sua mãe? – perguntou Bella, encarando a figura saltitando na frente da porta através do vidro do carro.

- Até onde sei é... Mas confesso que estou com medo que ela tenha sofrido algum tipo de lobotomia, porque eu nunca a vi dessa maneira. – confessei.

- Vamos! Vamos! Desçam do carro, Seu pai está aguardando na sala de jantar! – chamou mais uma vez, acenando com as mãos.

- É muito animada sua mãe! – sorriu, soltando o cinto de segurança.

- Essa não é minha mãe Bella. É um clone! – respondi também me soltando, realmente preocupado com sua reação.

- Oh.. Querido! Quanto tempo sem nos ver – disse Esme puxando-me para um abraço, deixando-me estático.

- Oi Mãe.. – cumprimentei sem graça – A senhora está bem? – perguntei, desde quando ela me recebia com abraços ou se importava com minha ausência? Estava acontecendo alguma coisa, e eu não sabia?

- Claro que não meu filho – sorriu, beliscando minha bochecha – Mas não posso negar o fato de que estou realmente empolgada depois que seu pai me deu a feliz noticia de que estava namorando sério e com uma mulher surpreendente.

Meu pai havia se referido á Bella como uma Mulher Surpreendente? Wow.. não era de se admirar que minha mãe estava tão empolgada. Carlisle nunca, em hipótese alguma, achava outro ser humano surpreendente.  – Ele achou Bella surpreendente? Usou mesmo esse termo? – pedi surpreso.

- Sim! Não é admirável? – perguntou sorrindo e levando seu olhar para Bella, que observava nossa troca calada – Olá Isabella, é um prazer conhecê-la. – cumprimentou puxando-a para um abraço.

- Oi.. o prazer é todo meu dona Esme – respondeu sem graça, sua mão ainda segurando á minha em um aperto de morte – Sua casa é linda!

- Oh..Minha querida obrigado! Vem.. vamos entrar o jantar logo estará sendo servido, vamos tomar um vinho – chamou, enroscando o braço com o seu.

- Isso é uma Tacca Chantrieri? – perguntou Bella apontando para um vaso enorme na entrada que exibia uma egocêntrica planta com flores quase negras.

  
– Você gosta de plantas? – perguntou Esme surpresa, parando de caminhar.

- Eu adoro, eu cuidava do jardim de minha casa em Forks, era um dos meus passatempos favoritos.

- E você as estuda também? – continuou curiosa.

- Oh.. não..não..- sorriu Bella – É uma espécie de passatempo mesmo, quando estou tentando descansar minha mente dos estudos, ou quando encontro alguma espécime que realmente chame minha atenção, como é o caso dessa maravilha rara quase negra vinda da África. -  respondeu deixando minha mãe de olhos brilhantes. Se eu tinha alguma duvida de Bella não seria aprovada, ela tinha acabado de ser eliminada. Se havia alguma coisa que minha mãe amava demais era seu jardim, por muitas vezes acreditei que o amava até mais do que a mim mesmo.



- Ohhh.. Carlisle!! Ela é realmente encantadora! – sorriu, quando percebeu o mesmo se aproximando do nosso pequeno grupo, em toda sua altivez. E pela segunda vez na noite eu me surpreendia, ao observar meu pai trajado com roupas casuais. Uma calça Jeans, uma camisa branca e sapatênis. Roupas que raramente utilizava, muito menos quando sabia que iria receber visitas para jantar. Fazendo-me observar depois de muito tempo, quanto jovem ele ainda era. Seus traços estavam leves, e um sorriso estampava seu rosto.

- Eu não disse querida! Ao que parece nosso filho acertou desta vez – espetou, fazendo-me revirar os olhos – Boa Noite Isabella – cumprimentou estendendo á mão.

- Boa noite Sr. Carlisle – respondeu Bella, um pouco seca, todo o sorriso dispensado anteriormente para minha mãe, sumindo de sua face.

- Pode me chamar somente de Carlisle nessas ocasiões – provocou meu pai.

- E em outras vou ter que chamar como? Poderoso Chefão? – cutucou minha esquentada, fazendo-me segurar o riso. Enquanto minha mãe não se preocupava nada em esconder sua diversão.

- Ahh Carlisle meu bem, até que enfim encontramos alguém além de mim, que pode enfrentar essa sua arrogância e seu humor sombrio, é um deleite. – sorriu, tomando Bella pelos braços – Homens vão para a sala, enquanto vou apresentar meu jardim a Isabella – informou puxando-a pelos braços, fazendo com que minha menina sorrisse empolgada.


As duas não se desgrudaram mais, após aquele dia.

Flashback OFF


- Baby! Acorda.. vamos nos atrasar – sussurrei beijando sua orelha.

- Ainda não... – resmungou, se aconchegando ainda mais em meus braços.

- Você tem prova na primeira aula hoje esqueceu? – lembrei acariciando sua cintura e cheirando seu cabelo. Seu perfume me embriagava.

- Hummm.... está tão bom aqui – gemeu, se esfregando em meu pau duro da manhã.

- Não me provoque.. a não ser que queria perder a primeira aula – avisei, moendo minha ereção em sua bunda. Mesmo após termos feito sexo por todo nosso apartamento na noite anterior, eu ainda tinha fome de seu corpo. Bella tinha o poder de me deixar duro, em questão de segundos.

- O convite é tentador baby, mas eu realmente não posso faltar. – respondeu com sua voz de sono, se desvencilhando dos meus braços  - Bom dia! – sorriu beijando-me suavemente nos lábios.

- Bom dia! – respondi também sorrindo. Estávamos vivendo praticamente uma vida de casados, tínhamos uma rotina doméstica, e apesar de minha birra por ela se recusar em termos uma empregada para cuidar das tarefas, eu estava amando cada minuto de nossa vida juntos.



Nosso apartamento era pequeno, comparado aos padrões em que eu estava acostumado, mas para Bella já era imenso de mais. Sua recusa em aceitar o tríplex que gentilmente meus pais queriam nos emprestar, tinha sido o motivo de nossa primeira discussão como um casal, e somente depois de muita luta por domínio, que terminou com um gostoso sexo em sua cama na fraternidade, é que chegamos a um acordo. Mas até hoje eu acreditava que seu aceite, tinha mais a ver com o ciúmes que ela sentiu das meninas da fraternidade, que me secavam, após provavelmente terem escutado os gritos de Bella, enquanto eu a estocava com força.

Até hoje ela negava isso!.

Com muita relutância eu concordei em comprar um apartamento mais próximo ao campus, era pequeno mais convencional para nós dois. E a condição foi que Isabella aceitasse o carro que eu havia comprado para ela.  O que gerou mais brigas, mais sexo de reconciliação, e dois dias depois ela ligava para Esme, pedindo ajuda para decorar o lugar. Que eu tinha que admitir, estava lindo.


- Hoje eu vou ter que ficar até mais tarde na biblioteca, você vai me esperar? – pediu, enquanto ambos nos trocávamos.

- Claro baby! Você não acha que vou te deixar sozinha certo? – perguntei arqueando a sobrancelha. Porque apesar de dar um carro para ela, nós ainda íamos e voltamos juntos da universidade na maioria das vezes. Eu confiava muito em minha menina, mas o fascínio que ela causava nos homens não passava despercebido por mim, e a sua falta de conhecimento disso, despertava em mim, uma fúria animalesca. Se não fosse por Jacob, e sua vigilância constante sobre ela, sem que percebesse, eu provavelmente já teria mudado de curso, ou plantado uma mesa em sua sala de aula. Mas eu sabia que se fizesse isso, não haveria sexo make-up, que livraria minha bunda gorda da miséria.

Minha gata selvagem jogava duro, quando mostrava as garras.

- Não sei porque ainda pergunto Edward – bufou – Você realmente não confia em mim não é? – perguntou chateada.

- Eu confio muito em você baby! Eu não confio é naqueles putos que ficam cercando minha mulher! Você é muito ingênua! – ralhei, sabendo que ficaria brava com meu comentário.

- Você é absurdo Cullen! Como ousa me chamar de ingênua? – rosnou, colocando os braços na cintura.

- Porque você é Swan! Não venha me dizer que não percebe aquele idiota de quatro olhos dando em cima de você! – rosnei de volta, lembrando-me do babaca que carregava seus livros na outra semana.

- Oh...Meu Deus! Não acredito que está com ciúmes de Jared! – zombou.

- Jared ô caralho! Quatro olhos do inferno! Ele não sabe que você é minha namorada porra! Como ele ousa bancar o gentil, e querer carregar seus livros? – perguntei irritado. Eu estava segurando esse assunto durante uma semana, e havia jurado a mim mesmo que não abriria a maldita boca, mas ás vezes um cara só tem que falar.

- Estávamos indo para a biblioteca Edward. Eu tive que levar um monte de livros para a sala de aula, para podermos fazer um trabalho em dupla, ou você se esqueceu que proibiu qualquer um de se aproximar de nossa sala de estudo – retrucou – Você sabia que a sala 806 está ficando apelidada de câmara de gás do Cullen, pelos estudantes de direito? – zombou tirando um sorriso torto dos meus lábios.

- Porque câmara de gás? – pedi curioso.

- Entre e morra! – respondeu, fazendo-me gargalhar – Isso não tem graça, eles acham que você é algum tipo de nazista!

- E sou mesmo! No que se diz em respeito a você, devo ser a encarnação de Hitler. – respondi dando de ombros, colocando a jaqueta.

- Você é sem noção Edward! Não pode ficar assustando as pessoas dessa maneira – comentou, encarando meu rosto.

- Posso e vou Bella. Você é minha e pronto! Não gosto de ninguém no meu caminho, nunca gostei e não é agora que estamos juntos que vou baixar á guarda. Minha segurança é importante, mas a sua é ainda mais.

- O que segurança tem a ver com o fato de eu estudar com um amigo na biblioteca Edward? Você sempre está preocupado com isso, mas  nunca me diz o porque de tudo isso! – pediu nervosa. Há semanas, eu andava ainda mais alerta com sua proteção, algumas coisas estavam acontecendo e minha atenção estava redobrada, assim como de Jacob, mas eu não poderia discutir o assunto com ela.  Isabella ainda não entendia e não aceitava algumas partes de minha vida. Como por exemplo; minha constante necessidade de me fazer ser reconhecido, e de colocar ordem no submundo da universidade. Era um mundo que ela desconhecia, não completamente e profundamente ainda, e eu não fazia a mínima questão de que tivesse conhecimento.

Bella era meu viço, meu frescor, meu sétimo céu. Ela representava o lado cálido do meu mundo. Pura, meiga, sem maldade. Tudo o que eu não era. Ela era o alicerce que segurava uma estrutura fodida, e não tinha mínima noção disso.

Eu odiava omitir as coisas dela, mas quanto menos ela soubesse das coisas que aconteciam, quanto mais fosse insciente da situação, melhor seria para sua proteção. Eu amava viver em uma bolha com ela, e por mais que estivesse consciente de que isso estava errado, eu não conseguia me refrear. Eu simplesmente me negava a deixar com que Isabella fosse contaminada por esse mundo, mesmo sabendo que ela nunca se permitiria. Seria mais fácil ela me deixar, abrir mão de nossa relação do que compactuar com alguma ação ou atitude incorreta. E eu não tinha a mínima vergonha de assumir para mim mesmo, que no fundo eu morria de medo de que um dia ela realmente enxergasse meus defeitos, e pudesse ver o monstro dentro de mim.

A ideia de morar juntos vinha a reforçar a sensação de conforto que eu só sentia ao seu lado. Eu sabia que dentro das estruturas da universidade, fora das salas de aula, nossa vida seria afetada. A jogatina, o tráfico, as bebidas, as putas, os jogadores e tudo isso de uma certa forma iria acabar batendo de frente e manchando nossa relação, e eu não podia deixar isso acontecer.

Bella não sabia, mas as cobranças que vinham quando se detinha o poder já haviam começado. Minha presença era constantemente solicitada e necessária nas fraternidades sedes dos negócios inescrupulosos. Eu contava muito com a ajuda de Emmett, James, Victória e até Tanya, que estava se revelando uma excelente bookmaker. A vadia quase não olhava em minha cara, mas estava se mostrando muito prestativa na ajuda com a segurança de Bella, sempre atenta aos comentários sobre a sua pessoa, sempre de forma  sucinta oferecendo sua compania para ajuda-la com algumas ações beneficentes que Bella tinha que realizar por conta de sua bolsa de estudos. Causando até um pouco de ciúmes em Rose, que andava um pouco afastada por conta de problemas com seu pai e um novo escândalo causado em seu nome.

Eu me sentia mal, por mentir quando me atrasava para buscá-la. Inventando desculpas que estava preso em algum tipo de trabalho, quando na verdade, estava resolvendo problemas de entrega com James, ou evitando que Emmett se envolvesse em alguma overdose. Eu era hipócrita, em fazer cobranças injustas, quando era eu que estava sendo falaz.  Eu era cínico o suficiente para lhe dar um carro, justificando que era para sua proteção, quando na verdade era para me livrar da preocupação de ter que deixá-la esperando quando cuidava dos meus negócios, sendo que Jacob, sempre que estava fora das aulas, vivia praticamente de olho em suas ações.

- Okay! Já que você não me diz nada, apenas me responda; Nós vamos juntos hoje, ou ver ter que dirigir aquele tanque de guerra? – perguntou me provocando mais uma vez por seu carro ser blindado.


- Hum.. deixa eu pensar..- brinquei, puxando-a pela cintura, prendendo seu corpo junto ao meu – Não tenho nenhum trabalho hoje, podemos ir juntos – sussurrei beijando sua garganta – Que tal se formos jantar fora mais tarde?

- Eu adoraria.. faz tempo que não saímos á noite, você anda com tantas coisas para fazer com seu grupo, não imaginava que seu curso fosse mais complicado que o meu – comentou, deixando-me com remorso.

- Desculpe-me baby! Eu prometo que vou me dedicar mais em sala de aula, para evitar de ficar até mais tarde. – disse sério, empurrando um fio solto de cabelo atrás de sua orelha.

- Eu entendo Edward. Não precisa se prejudicar por minha causa, haverá dias que eu também vou ter que me dedicar menos á você e mais aos estudos – respondeu compreensiva como sempre, fazendo-me sentir ainda mais culpado.

- Nunca vou permitir que você dê menos atenção á mim! Eu sou prioridade na sua vida, assim como você é na minha – reclamei ciumento. Porque eu sabia que quando Bella se dedicava aos estudos, ela literalmente era fiel á sua palavra, enquanto eu mentia pateticamente, para ter um momento longe, que me afastava por motivos nada nobres. Eu era egoísta de mais, para deixar que ela fizesse o mesmo.

- Você é um arrogante de merda! – reclamou como sempre.

- Seu arrogante de merda! – respondi sem mais me importar da forma que ela me chamava. Ela estava completamente com a razão.

- Eu vou terminar de arrumar minha mochila, faz um sucrilhos para mim? – pediu fazendo bico.

- Com banana e mel? – sorri. Eu adorava quando ela me pedia as coisas, me sentia importante em sua vida.

- E leite desnatado – completou me beijando, quando meu celular vibrou dentro do bolso – Deve ser importante para estar tocando tão cedo – gemeu em minha boca.

- Seja o que for não é mais importante que você! – respondi atacando sua boca, quando o aparelho parou de tocar, para recomeçar novamente, deixando-me irritado.

- É melhor atender baby! – disse se soltando dos meus braços – Se for o sogrinho manda um beijo e um dedo – provocou mostrando o dedo do meio, fazendo-me gargalhar. Bella e meu pai estavam se dando bem, mais ela ainda o mantinha a distância de um braço. Sempre respondendo á suas provocações, ou iniciando-as.

Eu ainda imaginava qual seria a reação do seu, quando soubesse de fato, que estávamos morando juntos. O que aconteceria no final de semana.

- Pode deixar senhorita Swan! – provoquei imitando a voz de Carlisle e dando um tapa em sua bunda, enquanto ela saia sorrindo, trazendo um sorriso em meu rosto, que logo foi aniquilado pela mensagem em meu celular.

Hoje á noite festa de iniciação de Kappa Tau Gama, Emmett já providenciou o micro ônibus. Os caras da Omegga Chi Delta, já providenciaram as bebidas, a noite vai bombar. Sua presença é imprescindível, já que como presidente você é quem inicia a noite. É nessas horas que sinto inveja de você brother! – James.

Foda-se minha vida!

- Porra! Porra! – xinguei abafado, desligando o celular com força. – Foda-se! O que vou fazer? – pensei comigo mesmo, passando a mão nervosamente pelo cabelo enquanto ainda tentava assimilar a mensagem de James.

Kappa Tau Gama era uma fraternidade exclusivamente feminina, todos os caras sabiam inclusive alguns reitores mais antigos, que se tratava simplesmente de prostituas de luxo, amantes de muitos empresários e altos executivos da sociedade, que enviavam suas putas universitárias para estudarem na melhor universidade em troca
de sexo e silêncio.  Omegga Chi Delta, era uma fraternidade só de caras, entre sua maioria jogadores que ganharam bolsa de estudos, ou seja os caras que mal entravam em uma sala de aula, pois já possuíam algum tipo de contrato milionário com NBA, e só precisavam cumprir grade. Resumindo, dois mundos que nada tinham a perder. A festa secreta mais esperada de Harvard, que era inclusive frequentada por reitores de renome, em busca de sexo fácil.

-FODA-SE! – gritei, querendo quebrar alguma coisa.

- Edward? Está tudo bem amor? – pediu meu anjo, olhando preocupada me minha direção.

Deus! o que eu faria? Ela nunca iria entender que eu precisava ir nesse lugar. Que eu precisaria me fazer presente, porque pela tradição o presidente das fraternidades de Harvard, era quem pegava a primeira puta da noite. Que sem isso, eu poderia estar assinando um atestado de fraqueza, perante aqueles que queriam tomar o meu lugar.

Eles nunca poderiam saber que ela era minha fraqueza. Por sua própria segurança.

Isabella nunca entenderia. Ela diria que eu não precisava provar nada á ninguém e que deveria mandar todos á merda.  Minha menina doce e inocente, não tinha absoluta ideia das coisas que eu deveria fazer, e já estava deixando de lado por sua causa.

- Você vai ter que ir de carro amor, eu me esqueci que tenho um trabalho de política mundial para entregar amanhã, Paul acabou de me avisar – menti.

- Ohh... tudo bem... – sussurrou triste – Eu entendo, podemos ir outro dia certo? Vou aproveitar e adiantar meu trabalho de direito de consumo então.

- Desculpe-me baby! – sussurrei puxando-a para um abração. Eu me sentia um lixo.

- Não tem problemas Edward – sussurrou, acariciando minha nuca – Eu vou ficar na biblioteca.

Eu não merecia essa mulher.

- Eu prometo que não vou demorar – menti mais uma vez, sabendo que a festa se iniciava muito tarde da noite.

- Vou te esperar acordada e com um jantar delicioso! – sorriu olhando-me nos olhos – Hey! Não fica com essa carinha, não é o fim do mundo. – brincou, acariciando meu rosto.

“Será o fim do meu mundo se você me deixar por minhas mentiras” – pensei, com vontade de falar.
– Eu te amo!

- Eu também amo você! – respondeu, beijando-me suavemente – Fez o meu sucrilhos?

- Humm... não! – respondi sem graça, eu nem lembrava mais da porra do seu café da manhã.

- Vou te demitir dessa função Cullen! Venha! Estamos atrasados, no caminho eu compro um suco! – ralhou puxando minha mão.

Eu era um idiota! E não tinha noção de onde estava me metendo.

Ou tinha?


2 comentários:

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